terça-feira, 16 de agosto de 2016

Seca afeta produção de ovinos em Minas Gerais

Seca afeta produção de ovinos em Minas Gerais





Seca afeta produção de ovinos em Minas Gerais
16/08/16 - 17:26 


Nos municípios de Januária e Barbacena, os produtores registraram um aumento dos custos de produção


A forte seca que atinge Minas Gerais tem prejudicado a produção de ovinos nos últimos meses. Nos municípios de Januária e Barbacena, os produtores registraram um aumento dos custos de produção, devido aos investimentos em alternativas para alimentar os animais, como capim braquiária e Panicum e palma forrageira, para compensar a falta de chuva. 
Essas e outras informações foram coletadas, na última semana, pelos técnicos do Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), o projeto levantou os custos de produção e as principais características da cadeia produtiva da ovinocultura nos municípios mineiros de Januária e Barbacena. 
De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Ovinos e Caprinos da CNA, Rafael Linhares, em Barbacena, o principal produto da atividade é o cordeiro vivo, de até seis meses de idade, com peso de 40 quilos terminado em confinamento. “A produção de ovinos no município é demandada pelos compradores de animais vivos a serem consumidos em São Paulo e Rio de Janeiro. Essa procura tem estimulado a produção de cordeiros e incentivado o aproveitamento das ovelhas para melhoria genética dos rebanhos”, disse Rafael.
Em Januária, o produto destaque da cadeia é a carne de cordeiro, com carcaça de 15 quilos, sendo comercializada em ponto de venda local a R$ 15/kg. Segundo o assessor, os produtores desse município estão sendo prejudicados pela forte seca que atinge a região nos últimos quatro anos. “Essa situação tem forçado os produtores ao plantio anual de forrageira, diminuindo a rentabilidade”, afirmou Rafael. 
O Projeto Campo Futuro de ovinos já passou pelos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e por fim, Minas Gerais. Os painéis consistem em uma reunião entre pesquisadores, produtores, técnicos e representantes de revendas agropecuárias locais, para definição de uma propriedade modal e levantamento de custos de produção.


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