quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Instituições monitoram cobertura vegetal e uso da terra


Geotecnologia

Instituições monitoram cobertura vegetal e uso da terra


Várias instituições governamentais e da sociedade civil estão desenvolvendo programas de monitoramento da cobertura vegetal e uso da terra no Brasil
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Publicado em 25/10/2018 às 09:49h.
Várias instituições governamentais e da sociedade civil estão desenvolvendo programas de monitoramento da cobertura vegetal e uso da terra no Brasil. Os mapeamentos de diversos biomas são fundamentais para melhor compreensão da dinâmica de ocupação e uso da terra, criação de estratégias de preservação e de políticas públicas, visando à sustentabilidade.
Os resultados, como mapas, gráficos e inúmeros dados sobre a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pampa e o Pantanal, já estão disponíveis na internet para acesso público. As iniciativas foram apresentadas durante o 7º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal - 7º GeoPantanal, realizado em Jardim, no Mato Grosso do Sul (MS), de 20 a 24 de outubro.
As transformações do território brasileiro nas últimas três décadas foram o tema da palestra do pesquisador Marcos Reis Rosa, do projeto MapBiomas. O objetivo da iniciativa é contribuir para o entendimento da dinâmica do uso da terra no Brasil e em outros países tropicais. Para isso, uma rede colaborativa de especialistas nos biomas brasileiros desenvolveu metodologia e criou uma plataforma para a disseminação das informações, permitindo análises históricas.
A pesquisadora Alessandra Rodrigues Gomes, chefe do Centro Regional da Amazônia (CRA), apresentou um pouco da história do projeto TerraClass Amazônia e desdobramentos para o TerraClass Cerrado, realizados em parceria com a Embrapa e outras instituições. O CRA, órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), coordena o projeto para a Amazônia com a Embrapa Amazônia Oriental e a Embrapa Informática Agropecuária. Estarão disponíveis em breve os dados produzidos em 1991, 2000, 2004, 2008, 2010, 2012 e 2014 e estão em fase de execução os de 2016 e de 2018 do bioma amazônico.
Além disso, os resultados do mapeamento de uso e cobertura da terra nas áreas desmatadas do Cerrado estão disponíveis para o ano de 2013, realizado pelo Inpe em parceria com a Embrapa, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e universidades públicas. A previsão é que os dados de 2016 e 2020 sejam divulgados a partir do próximo ano.
O monitoramento da cobertura e uso da terra no Brasil realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi abordado por Fernando Peres Dias, gerente da Unidade Estadual do IBGE em Santa Catarina. Todos os dados gerados também estão disponíveis no site da instituição. A Plataforma Geográfica Interativa permite consultas e análises geográficas a partir de mapas, gráficos e relatórios públicos.
O 7º GeoPantanal ainda promoveu uma oficina de mapeamento participativo dos atores da Bacia do Alto Paraguai para proposição de corredores ecológicos. A atividade foi coordenada pela analista de conservação da WWF Brasil Thaishi Leonardo da Silva. O objetivo foi dialogar com os atores envolvidos em ações e pesquisas no Pantanal, buscando entender o território com base nas relações do sujeito com o espaço para a construção de uma proposta de corredor ecológico para a bacia.
A proposta interativa da oficina atraiu mais de 60 participantes. Para a pesquisadora Luciana Temponi, do IBGE, a metodologia adotada foi bem interessante, inclusive propiciando ideias excelentes para aplicação nos trabalhos que desenvolve. “Os resultados foram bastante positivos porque as pessoas realmente interagiram, fizeram as fichas colocando projetos que já foram executados nessa linha e projetos em elaboração”, contou.
O simpósio é organizado pela Embrapa Informática Agropecuária, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Conta com apoio e patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), organização não governamental WWF, Calcário Bodoquena S.A. e Visiona Tecnologia Espacial. Além das instituições organizadoras, o 7º GeoPantanal tem apoio institucional da Revista Ra’Ega, Instituto Geoeduc e Associação de Especialistas Latinoamericanos em Sensoriamento Remoto (Selper).

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