quinta-feira, 13 de junho de 2019

Brasil é vítima de guerra cibernética e brasileiros ainda não se deram conta



Publicado em 13/06/2019 12:48 e atualizado em 13/06/2019 20:53


Estamos desprotegidos e arma contra hackers está no apoio popular que Bolsonaro tem angariado
Antônio Fernando Pinheiro Pedro - Advogado e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa

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Brasil está sofrendo ataques cibernéticos
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Nesta quinta-feira (13), o Notícias Agrícolas conversou com o advogado e vice-presidente da Associação Paulista de Imprensa, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, a respeito dos vazamentos das conversas entre Sérgio Moro e Daltan Dallagnol.
Pinheiro Pedro publicou um texto chamado "O Caso do Intercept vesus Lava-Jato", disponível aqui no site, no qual comenta que há um contexto mundial no qual está inserida a atuação dos hackers contra a operação Lava-Jato.
João Batista Olivi também comenta que a presença de Jair Bolsonaro ao lado de Sérgio Moro no jogo entre Flamengo e CSA, ocorrido na noite de ontem em Brasília, seria uma boa estratégia do Governo para mitigar a tensão gerada pelos vazamentos.
Acompanhe a entrevista completa no vídeo acima

Leia mais: Legado de Moro não tem preço, diz Bolsonaro em primeira declaração sobre vazamentos

Veja também: Senador Álvaro Dias confirma defesa intransigente a Sérgio Moro

“Moro presta um serviço incalculável na nossa história”

O general Santos Cruz defendeu mais uma vez Sergio Moro.
Ele disse:
“O juiz Sergio Moro é uma pessoa que está muito acima desse absurdo criminoso de invasão de privacidade de telefone. O ministro presta um serviço ao Brasil incalculável na nossa história.”
Os militares estão avisando: eles não vão aceitar o golpe contra a Lava Jato para soltar Lula

Gilmar, enfim, condena invasão de celulares

Depois de atacar duramente a Lava Jato nos últimos dias, o ministro Gilmar Mendes finalmente resolveu criticar o crime de invasão do celular de Deltan Dallagnol e roubo de mensagens privadas trocadas com Sergio Moro e integrantes da força-tarefa.
“Isso precisa [ser investigado], independentemente de quem se tratasse, são autoridades. E claro, acho que todos nós devemos nos preocupar com essa questão da segurança. De fato, é preciso tomar providências em relação a isso, isso é extremamente sério”, disse a O Antagonista.
O ministro parece ciente do risco de hackers invadirem também sistemas internos dos tribunais, nos quais juízes elaboram votos.
“Veja o tumulto que pode ocasionar uma invasão nessa área. Nós preparamos votos também no sistema, mas muitas vezes deixamos votos em elaboração e podemos mudar esse voto. Imagine o hackeamento ou a violação no meio da preparação de um voto. Isso pode ter resultados trágicos, passa a ter valor de mercado. Isso é muito grave.”
Em anos recentes, Gilmar foi flagrado em conversas com investigados da Justiça, como Aécio Neves e Silval Barbosa – conversas interceptadas legalmente. Em 2008, um grampo ilegal captou diálogo entre o ministro e o então senador Demóstenes Torres.

Moro afirma haver convergência absoluta entre intenções dele e de Bolsonaro (no ESTADÃO)

BRASÍLIA - O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta quinta-feira, 13, que a sua atuação no combate à criminalidade e à corrupção não é "uma espécie de justiça vingativa", mas uma forma de proteger as pessoas. Ele participou nesta manhã do lançamento do pacto nacional pela implementação do sistema de garantias de direitos da Criança e do Adolescente vítima de violência.
"Quando fui convidado pelo Jair Bolsonaro para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública, houve uma convergência absoluta no que se refere às minhas intenções e às dele, de que o objetivo seria sermos firmes contra o crime
organizado, corrupção e a criminalidade violenta. Para deixar tudo muito claro, tanto a minha visão quanto a do presidente, não é fazer isso por uma espécie de justiça vingativa, embora fazer justiça seja importante. Não evidentemente vingança", disse.
Sem citar diretamente as denúncias de que teria atuado junto aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, sugerindo que houvesse a inversão da ordem de operações e dando pistas de investigações, segundo publicação do site The Intercept Brasil, Moro afirmou que sua atuação tem o objetivo "de proteger as pessoas e melhorar a qualidade de vida delas". "E no âmbito dessas políticas o mais importante seja trabalhar com crianças e adolescentes que fazem parte dos extratos mais vulneráveis na nossa sociedade", completou.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, também participou do evento. Ao lado de Moro, ele afirmou que o ministro "participa ativamente desse trabalho tão importante de combater a violência em todas as esferas". O STF julgará no dia 25 de junho se Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex. A Corte decidirá se anula a decisão.
Participaram do evento também a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Educação, Abraham Weintraub, da Cidadania, Osmar Terra e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. De forma discreta, os ministros elogiaram e apoiaram a atuação de Moro à frente da pasta da Justiça.
Após a assinatura do pacto, eles ressaltaram a importância de se aprimorar o combate à violência contra crianças no país. O pacto tem por objetivo prevenir a revitimização de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violências física, psicológica, sexual ou institucional e estabelece o Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente, com a determinação de diretrizes concretas para a implantação da escuta especializada e o depoimento especial.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que foram registrados cerca de um milhão de casos de violência contra crianças e adolescentes entre 2011 e 2015. "Essa violência é mais frequente entre crianças de 9 a 11 anos e entre crianças negras. Mas esses resultados não devem servir de desalento, eles nos indicam os caminhos a seguir", disse.

“Glenn Greenwald mente e queria um cheque em branco da Globo. Não damos cheque em branco a ninguém, especialmente a Greenwald”, diz diretor de jornalismo da Globo

Glenn Greenwald atacou a Rede Globo em entrevista a um site. A emissora respondeu com uma nota que reproduzimos ontem (leia aqui), revelando que ele propôs divulgar as mensagens roubadas do celular de Deltan Dallagnol em parceria com a Globo — o que foi recusado pela emissora.
Hoje, em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, Greenwald voltou à carga, dizendo que ouviu do diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, que João Roberto Marinho proibiu que jornalistas da emissora trabalhassem com ele, depois que o seu marido, David Miranda, publicou um artigo no jornal inglês The Guardian, acusando a Globo de apoiar o “golpe” na época do impeachment de Dilma Rousseff.
O Antagonista procurou Ali Kamel e recebeu a seguinte nota do diretor de jornalismo da emissora:
“Glenn Greenwald mente quando diz que há seis meses ouviu de mim que João Roberto Marinho proibiu qualquer pessoa de trabalhar com ele. Não vejo Glenn Greenwald desde 2013. A mentira se desfaz por si: se fosse verdade que ele ouviu tal absurdo do próprio diretor de jornalismo da Globo, o que o faria procurar o Fantástico semana passada com nova proposta de trabalho? Tampouco se sustenta o motivo sobre o veto que nunca existiu. Se o motivo foi o artigo que o marido de Glenn, David Miranda, publicou no Guardian, como se explica que o próprio David tenha participado de programa de entrevista na GloboNews, por mim dirigida? Por fim, Glenn também mente quando diz que perguntou há uma semana se a Globo tem algo contra ele e não ouviu resposta. Por três vezes, ele ouviu do jornalista que o atendeu, na redação do Fantástico, que a Globo nada tinha contra ele. E justificou: ‘Se tivesse problema, eu o receberia em plena redação?’  Repito: Glenn exigiu que a Globo se comprometesse, de maneira irrevogável, a publicar a tal bomba sem que o assunto fosse revelado a ela antes. A isso se chama cheque em branco. A Globo não dá cheque em branco a ninguém, especialmente a Glenn Greenwald.
Ali Kamel”
.
Por: João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas/O Antagonista

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