Publicado em 13/11/2019 15:11 e atualizado em 13/11/2019 15:50
Durante a XI Cúpula do Brics realizada nesta quarta-feira (13), os presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping, da China, assinaram acordo de exportação do melão brasileiro ao país asiático. Será a primeira fruta exportada para a China que, em contrapartida, deverá exportar peras para o Brasil. Só este ano, de janeiro a outubro, as exportações de melão renderam um faturamento de US$ 103,4 milhões, 18% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), a China é grande consumidor de frutas e não produz frutas o ano inteiro devido ao frio em boa parte do seu território.
Atualmente, segundo dados do Ministério, de janeiro a outubro de 2019, os estados brasileiros que mais exportam a fruta são o Rio Grande do Norte, que representa 74,8% do total, e o Ceará, 24%. Os maiores compradores da fruta no exterior no período são os Países Baixos, que adquiriram 38% do volume exportado, Reino Unido, representando 30% do mercado, e Espanha, com 23% das compras.
A expectativa do presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, é de que toda a fruticultura brasileira saia ganhando com a negociação. “O Brasil estava fora desse mercado, com a entrada do melão acreditamos que as portas se abrirão para tantas outras frutas brasileiras, de maneira que fortaleça ainda mais a relação Brasil e China, principalmente, por meio do agro”, disse.
Barcelos afirma que, apesar da boa notícia, o mercado trará alguns desafios, tais como logística, variedades, clientes, entre outros. “Teremos muito trabalho pela frente, mas não o teríamos se não houvesse essa abertura. Este é um dia muito especial para a fruticultura brasileira e vamos comemorar muito, porém, trabalharmos ainda mais para que outras frutas sejam também exportadas”, disse.
Com informações da Abrafrutas e Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços
Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas
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