quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Previsão de veranico para janeiro já está presente em diferentes regiões de soja do país. Intensidade e risco ainda variam



Publicado em 05/12/2019 12:54 e atualizado em 05/12/2019 16:18


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Cristina Queiroz - Rural Tecnologia

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CropView - Entrevista com Cristina Queiroz - Rural Tecnologia
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Em entrevista ao Notécias Agrícolas sobre a ferramenta CropView, utilizada para simulação de condições para a lavoura, Cristina Queiroz da Rural Tecnologia explica que há previsão de veranico para janeiro, mas ainda não é possível afirmar qual será a intensidade do fenômeno e como as chuvas irão se distribuir.
Falando especificamente de soja, a especialista utilizou o programa para fazer simulações inserindo data de plantio, ciclo em dias da cultivar, tipo do solo e coordenadas geográficas da região. 
Pelo modelo, foi possível ver que em Figueirópolis, no Tocantins, uma lavoura plantada em 5 de novembro de uma cultivar de 120 dias, com solo com teor entre 16 e 35% de argila, as chuvas ocorridas entre dia 5 e 14 naquela região foi a quantidade exata para a necessidade da planta naquele momento. No balanço hídrico, neste exemplo, houve de um déficit de chuva normal para a regão, mas mais acentuado do que na média de 10 anos. 
"Nós já estamos ouvindo que temos veranico, parece que menos acentuado, e o quanto isso reflete, em que período isso acontece? Este momento é de bastante chuva, mas chega no final de dezembro, começo de janeiro, os volumes de chuva começam a cair, o que é preocupante, porque, neste ensaio, é justamente o momento em que a planta mais consome água", disse.
Alterando a data da simulação para o plantio em 25 de novembro como data de plantio, mostra que também não tem penanização, mas há previsão de chuva na colheita. Entretanto, com o plantio tardio, o florescimento será com mais chuva. 
Outro exepmplo mostrado por Cristina na Ferramenta foi de Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, para o qual ela mostrou que as chuvas demoraram a chegar e vieram de forma irregular. Em um plantio feito em 20 de outubro e ciclo de 130 dias, não tinha chuva suficiente, e novembro sofrido, com déficit e penalização. Se colcoar um ciclo de 120 dias, tem outro cenário. "Nesta condição, não tinha chuva quando plantou, então o produtor precisava confiar que a chuva se estabeleceria depois". 
Dezembro tem uma sinalização grande de chuva, e janeiro tem um consumo de água normal. Não chega a dar excedente, mas tem menos chuva que o normal para essa época do consumo da planta. Em janeiro o volume de chuva a tendência é diminuir de 100mm para 90mm, sem penalização, segundo o modelo.
Para Cascavel, no Paraná, plantio dia 30 de setembro, ciclo 120 dias, a lavoura teve boa condição. Saiu com dificuldade, pouca chuva, e por enquanto, pouca penalização. "Quando olhamos o balanço hídrico, vemos que não só a chuva atrasou, mas que entre a data de plantio e o momento atual o volume está bastante abaixo da média. Mas quando a gente vê a penalização, foi de 2% nesta situação. A chuva pega o embalo na hora da colheita", explicou.
A FERRAMENTA
O Cropview é uma ferramenta para auxiliar o produtor rural a checar as condições climáticas, aliadas à região de plantio, tipo de solo, cultivar e ciclo. Desta maneira, é possível ver em quais datas o plantio e a colheita são mais propícios, além de quando fazer as pulverizações. 
Inserindo os volumes de chuva coletados nas áreas plantadas no sistema, também é possível enriquecer a base de dados e ter informações mais assertivas para melhorar a produtividade e reduzir custos e perdas.
O Notícias Agrícolas e o CropView têm parceria para que o produtor que acompanha o site possa experimentar a ferramenta de forma gratuita por um mês. Para se cadastrar basta acessar o site www.cropview.com.br ou a página Realidades da Safra no Notícias Agrícolas, onde há um botão de link direto para o CropView.

Por: Aleksander Horta e Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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