quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Atento ao clima no Corn Belt, milho volta a operar em campo negativo na manhã desta 5ª feira em Chicago



As principais posições da commodity testavam perdas entre 3,50 e 3,75 pontos, perto das 8h55 (horário de Brasília)



Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta quinta-feira (3) em campo negativo. As principais posições da commodity testavam perdas entre 3,50 e 3,75 pontos, perto das 8h55 (horário de Brasília). O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,75 por bushel.
O mercado voltou a cair após encerrar o dia anterior com ligeiros ganhos. O comportamento do clima no Meio-Oeste continua influenciando o andamento dos negócios no mercado internacional. E, por enquanto, as previsões climáticas ainda indicam chuvas para as regiões produtoras do cereal.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 92 mil toneladas da safra passada e 486,6 mil toneladas da temporada 2017/18.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Em Chicago, milho tem dia de recuperação técnica e fecha pregão desta 4ª feira com ligeiras valorizações
Após duas sessões seguidas de perdas, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (2) com ligeiros ganhos. As principais posições da commodity finalizaram o dia com valorizações de 2,50 pontos. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,65 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,79 por bushel. O março/18 fechou o dia a US$ 3,91 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado exibiu um movimento de correção técnica depois das perdas registradas recentemente. O comportamento do clima registrado no Meio-Oeste dos EUA permanece como o principal fator de influência aos preços do milho.
O NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta para chuvas em algumas localidades do Corn Belt nos próximos 8 a 14 dias. Outras áreas deverão ficar com precipitações abaixo da média. No mesmo período, todo o cinturão produtor do cereal terá temperaturas abaixo da normalidade, conforme indicado no mapa abaixo.
Nos próximos dias, as previsões climáticas ainda indicam chuvas para as regiões produtoras. "Em julho, houve uma quantidade significativa de variabilidade no clima observado em todo o Corn Belt", lembrou o MDA, conforme dados reportados pelo Agrimoney.com, especialmente no que diz respeito às precipitações.
"O estresse térmico durante a polinização da safra de milho foi provavelmente nas Dakotas, Nebraska, Iowa, oeste de Illinois, Missouri e Kansas", destacou o portal internacional. Nos EUA, as lavouras de milho estão finalizando o período crítico de polinização.
Há muita especulação sobre a safra americana e os impactos do clima adverso, registrado em algumas áreas, nas lavouras de milho. De acordo com levantamento da INTL FCStone, a produção dos EUA deverá somar 345,21 milhões de toneladas, com produtividade estimada em 172,3 sacas por hectare.
"Esses números são amigáveis para os futuros do milho", disse Terry Reilly na Futures International. As projeções estão abaixo das estimativas oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de uma safra próxima de 362,1 milhões de toneladas e um rendimento médio de 180,67 sacas do milho por hectare. O órgão atualiza as projeções na próxima semana.
Mercado doméstico
No mercado interno, a quarta-feira foi, mais uma vez, de ligeiras movimentações nos preços do milho. De acordo com levantamento diário realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, na região de Campo Novo do Parecis (MT), a queda foi de 3,45%, com a saca a R$ 14,00. Em Ponta Grossa (PR), a perda ficou em 2,08%, com a saca do cereal a R$ 23,50.
Em contrapartida, na localidade de Tangará da Serra (MT) a saca subiu 3,23% e finalizou o dia a R$ 16,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura registrou alta de 1,92%, com a saca a R$ 26,50.
Os analistas ainda reforçam que o foco do mercado interno é o andamento da colheita do cereal. Até o dia 28 de julho, a colheita já estava completa e, 87,94% da área plantada no maior estado produtor, Mato Grosso, segundo dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Já no Paraná, em torno de 57% da área plantada já foi colhida, de acordo com levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). 88% das lavouras apresentam boas condições.
Além disso, os participantes do mercado também acompanham as operações de apoio à comercialização do cereal, realizadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Nesta quinta-feira (3), a entidade oferta mais 692 mil toneladas de milho através do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e mais 60 mil toneladas de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto).
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações registraram leves movimentações ao longo do pregão desta quarta-feira. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 0,27% e 0,52%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,04 a saca e o novembro/17 era negociado a R$ 28,10 a saca.
As cotações acompanharam a alta registrada nos preços no mercado internacional. Enquanto isso, o dólar, outro importante componente na composição dos preços, finalizou o dia em queda. A moeda norte-americana terminou a sessão a R$ 3,1197 na venda, com perda de 0,20%.
Conforme dados da Reuters, a moeda caiu após sinais de que o presidente Michel Temer conseguirá barrar a denúncia por corrupção com boa vantagem na Câmara dos Deputados. O cenário trouxe mais confiança aos investidores de que as reformas econômicas voltem à pauta.


Data de Publicação: 03/08/2017 às 10:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas


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