quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Soja tem 5ª feira de novas e fortes baixas em Chicago com mais chuvas chegando aos EUA



Nesta quinta-feira (3), os futuros da oleaginosa, por volta das 7h20 (horário de Brasília)



As chuvas continuam chegando ao Meio-Oeste norte-americano e pesando severamente sobre os preços da soja na Bolsa de Chicago. Nesta quinta-feira (3), os futuros da oleaginosa, por volta das 7h20 (horário de Brasília), perdiam mais de 15 pontos entre os principais vencimentos. Com isso, o novembro/17 já valia US$ 9,60 por bushel.
Segundo o analista de mercado da Futures International, Terry Reilly, acredita que as condições da safra norte-american podem melhorar nas próximas duas semanas na medida em que elas continuem nesse que é um dos momentos mais importantes para a cultura.
As previsões para os próximos dias, até meados de agosto, seguem indicando precipitações com bons volumes acumulados no Corn Belt.
Ainda nesta quinta-feira, o mercado se atenta aos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que trazem a atualização das vendas semanais para exportação. As expectativas do mercado são de algo entre 100 mil e 300 mil toneladas para a safra velha e mais de 250 mil a 450 mil toneladas da safra nova.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja: Apesar das leves altas em Chicago, preços no interior do Brasil cedem até 4% nesta 4ª feira
Apesar da leve recuperação dos preços da soja na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (2), os preços da oleaginosa voltaram a recuar no mercado brasileiro diante de uma nova baixa do dólar frente ao real. A moeda brasileira encerrou o dia com 0,20% de queda e valendo R$ 3,1197 diante da possibilidade da retomada das reformas pelo governo Michel Temer.
"Que a denúncia seria barrada, já estava no preço. Agora, parece que vai ser muito rápido e com um bom placar. Isso é boa notícia para as reformas", disse o operador da corretora BGC Liquidez José Alexis Braga à agência de notícias Reuters.
No interior do Brasil, as baixas foram bastante intensas e chegaram, em alguns casos, a superar os 4%, como em Panambi/RS, onde a saca foi para R$ 58,50, ou em praças de Mato Grosso como Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, onde os prerços perderam mais de 3% para, respectivamente, R$ 54,00 e R$ 53,00 por saca, e no Oeste da Bahia, onde a última referência foi de R$ 57,50.
Nos portos, porém, a movimentação dos indicativos foi menos intensa e a maior parte das referências fechou a quarta-feira com estabilidade. Em Paranaguá, disponível e safra nova terminaram o dia com R$ 71,00 por saca, e com uma alta de 0,7% no segundo caso. Já em Rio Grande, Santos e Imbituba não foram registradas referências. Em São Francisco do Sul, 0,43% de alta para R$ 69,70 por saca.
Os negócios no Brasil permanecem caminhando de forma lenta nestes últimos dias, com os vendedores distantes de novas vendas frente aos atuais patamares, segundo explicam analistas e consultores de mercado. "O dia foi de negócios pontuais, com um leve avanço nos portos e os produtores 'correndo' para fazer caixa, temendo novas baixas à frente e assim, os negócios fluíram, mesmo em negócios pequenos", diz o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Ainda assim, as exportações brasileiras continuam apresentando números expressivamente positivos, com um acumulado no ano que passa de 50,9 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume indica um recorde histórico, com o total do mesmo período do ano passado em pouco mais de 44 milhões. recorde histórico até agora, no ano passado tinha neste mesmo período 44.355 mil toneladas acumuladas. "Tudo caminha para que cheguemos a marca das 62 a 64 milhões de toneladas, porque ainda temos fôlego para novos embarques", acredita Brandalizze. E a demanda pela soja norte-americana segue aquecida. Ao contabilizar o total do complexo soja, o volume é de 60,5 milhões de toneladas.
Mercado em Chicago
Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa fecharam a sessão desta quarta-feira em campo positivo, buscando uma recuperação depois das intensas e severas baixas do pregão anterior. Entre as posições mais negociadas, os ganhos ficaram entre 5,75 e 7 pontos, com o novembro/17 cotado a US$ 9,77 por bushel.
O mercado internacional ainda reage ao clima no Corn Belt, o qual será decisivo para a cultura nos próximos 15 a 20 dias e as perspectivas de melhores condições de chuvas e temperaturas mais amenas seguem pressionando as cotações. Para os próximos 7 dias, os mapas ainda mostram volumes bastante elevados para algumas partes do Meio-Oeste, com regiões recebendo mais de 50 mm.
No intervalo dos próximos 8 a 14 dias - de 9 a 15 de agosto - os mapas do NOAA - ilustrados na sequência - seguem indicando temperaturas abaixo da média para o período, e chuvas acima, o que também poderia favorecer o desenvolvimento das plantas em algumas áreas.
Os traders acompanham a reta final das lavouras nos Estados Unidos de olho na produtividade em que essa safra trará de resultado. No dia 10 de agosto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz um novo boletim mensal de oferta e demanda e a expectativa geral é de que a estimativa do rendimento venham menor do que o observado no reporte de julho.
Como explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa, "a soja ainda depende do clima nos próximos 15 a 20 dias". A expectativa de produtividade da empresa para a oleaginosa é de 47 bushels por acre. "Neste momento muitas áreas secas das Dakotas, norte de Iowa e Nebraska estão recebendo chuvas, o que melhora sensivelmente as condições das plantas", explica Sousa.


Data de Publicação: 03/08/2017 às 10:50hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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