Bioquerosene de cana se torna uma realidade e deve ajudar a aviação com suas metas de redução de CO2
O que até o ano passado era uma promessa, transformar o querosene, principal combustível usado pelas aeronaves, mais sustentável, tornou-seO bioquerosene, conhecido no Brasil pela sigla QAV, produzido a partir da cana-de-açúcar, segundo a certificadora internacional de padrões industriais ASTM, já pode ser adicionado na proporção de até 10% ao querosene de aviação de origem fóssil. A resolução favorece a indústria aeronáutica mundial, que agora poderá contar com os benefícios proporcionados pelo uso do combustível limpo para reduzir o impacto ambiental das viagens aéreas, e também o setor sucroenergético, que ao ampliar o seu portfólio de produtos derivados da cana, ganha novas perspectivas comerciais.
A norma D7566 da ASTM revisada e divulgada no dia 16 de junho inclui o uso de farnesano (diesel de cana), como um elemento de mistura que pode ser acrescentado ao querosene usado na aviação comercial. Esta decisão permitirá que bioquerosenes produzidos a partir de biomassa, como o de cana-de-açúcar produzido pela empresa Amyris em parceria com a multinacional francesa Total, possam ajudar a indústria na redução de suas emissões de gases de efeito estufa.
“A conformidade com a norma ASTM nos permite avançar nas discussões com várias das principais companhias aéreas do mundo, que planejam voos comerciais com combustíveis renováveis, reduzindo emissões ao mesmo tempo em que promovem ganhos de desempenho,” afirmou o presidente e CEO da Amyris, John Melo.
O bioquerosene, por enquanto, apenas poderá ser usado para o abastecimento no exterior e não por aqui. Para que o consumo no Brasil seja liberado, a certificação da ASTM precisa ser legitimada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), um procedimento que poderá levar até 90 dias.
Para o consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, a aprovação do uso comercial de 10% de bioquerosene com o combustível convencional, representa um marco na história da aviação moderna.
“Essa mistura diminuirá em cerca de 10% a emissão de gás carbônico, gerando grandes benfeitorias para a indústria aeronáutica e agregando novos benefícios para a atividade canavieira,” explicou o representante da UNICA. Szwarc acrescentou ainda que os ganhos seriam maiores se a ANP, seguindo o exemplo da ASTM, já tivesse aprovado o uso comercial no Brasil.
Rio+20
O primeiro teste com bioquerosene foi realizado em junho de 2012, em voo entre os aeroportos de Viracopos, em Campinas (SP), e Santos Dumont no Rio de Janeiro, cidade sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O voo experimental do jato Embraer 195 da Azul Linhas Aéreas contou com a presença de 60 pessoas, entre jornalistas, personalidades acadêmicas, autoridades políticas e executivos das empresas envolvidas no projeto.
O consultor da UNICA destacou na ocasião que além de reduzir as emissões, o biocombustível de aviação mostrou que possui desempenho similar ao querosene de origem fóssil e que pode ser competitivo comercialmente quando produzido em escala industrial.
Data de Publicação: 30/06/2014 às 10:50hs
Fonte: UNICA
MANDIOCA/CEPEA: Oferta de raiz aumenta, mas preço segue firme
Com a melhora das condições climáticas na última semana, a oferta de mandioca se elevou, com avanço de 13,4% na quantidade de raízeApesar disso, agentes apontam que a disponibilidade esteve abaixo da esperada para o período. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é resultado de menor volume de raízes de segundo ciclo, retração de produtores e avanço das atividades relacionadas ao plantio. De 23 a 27 de junho, o preço médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 243,08 (R$ 0,4228/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), ligeira queda de 0,5% frente ao período anterior.
Dados do Cepea apontam que no primeiro semestre deste ano a quantidade de mandioca processada nas fecularias foi de 1,15 milhão de toneladas, volume 22% maior que o do último semestre de 2013 e 14,6% superior aos primeiros seis meses de 2013. O volume atual só não supera o do primeiro semestre de 2011.
Data de Publicação: 30/06/2014 às 10:36hs
Fonte: Cepeas processada pela indústria de fécula
OVOS/CEPEA: Cotações recuam pelo terceiro mês consecutivo
Os preços Esse cenário contraria a expectativa inicial do setor de que a Copa do Mundo e as temperaturas mais amenas elevassem o consumo de alimentos que contêm o produto. Segundo colaboradores do Cepea, com a realização do evento no Brasil, escolas da rede pública anteciparam as férias escolares, o que reduziu o consumo de merenda. Além disso, os feriados deste mês e a redução do expediente de trabalho durante os dias de jogos diminuíram o tempo de negociação e prejudicaram a logística e o transporte.
Mesmo a tradicional demanda das festas juninas foi tímida neste ano. Como resultado, a oferta de ovos vem superando cada vez mais a quantidade demandada e, em algumas regiões, são registradas sobras do produto branco. A desvalorização chegou a 8,5% para o tipo extra, branco, para retirar em Bastos (SP), com a caixa com 30 dúzias cotada a R$ 56,00 na sexta-feira, 27.
Data de Publicação: 30/06/2014 às 10:33hs
Fonte: Cepea
Soja aguarda números do USDA e inicia semana sem força na CBOT
Nesta segunda-feira (30)Mais tarde, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga dois novos relatórios - um de estoques trimestrais em 1º de junho e outro de área de plantio da safra 2014/15 - e os investidores optam por atuar mais na defensiva à espera desses números. Assim, por volta das 7h35 (horário de Brasília), o mercado operava sem direção definida, com oscilações que não chegavam a 5 pontos nos principais contratos do momento.
Paralelamente, ainda hoje saem os números de embarques semanais norte-americanos, por volta de 12h, e mais tarde, às 17h, depois do encerramento do pregão, o USDA traz a atualização do relatório de acompanhamento de safras, com as condições das lavouras nas principais regiões produtoras.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Soja: mercado fecha semana com forte queda no longo prazo
Depois de uma semana de intensa volatilidade, o mercado internacional da soja fechou a sessão desta sexta-feira em campo negativo na Bolsa de Chicago. Os vencimentos mais distantes, referentes à nova safra dos Estados Unidos, lideraram as perdas, as quais superaram os 13 pontos. O contrato novembro/14 fechou o dia valendo US$ 12,27 por bushel, perdendo 16,60 pontos. No pior momento da sessão, a posição chegou a bater nos US$ 12,20.
Segundo informações da agência internacional de notícias Bloomberg, os futuros da oleaginosa caminham para as mais amargas perdas em um mês diante do clima favoravelmente quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras da safra 2014/15. De acordo com a última estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a colheita norte-americana deverá totalizar 98,93 milhões de toneladas.
Entretanto, nesta segunda-feira (30), o USDA traz seu primeiro relatório com números oficiais da área de plantio da nova safra e as expectativas do mercado já sinalizam um expressivo aumento para algo próximo dos 33,5 milhões de hectares. Na temporada 2013/14, a área plantada foi de 30,96 milhões de hectares. Caso essa área se concretize, e com a manutenção das boas condições climáticas nas principais regiões produtoras do Corn Belt, o potencial produtivo da safra americana sobe em cerca de 2 milhões de toneladas e poderia elevar as projeções a um volume superior a 100 milhões de toneladas.
Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, esse expressivo incremento nos números da colheita dos Estados Unidos, porém, não deve causar um impacto demasiadamente forte aos preços, uma vez que a demanda também apresenta um franco crescimento nos principais países importadores. No entanto, o consultor alerta para o impacto psicológivo qu os números causam ao mercado e sobre a reação do mercado até que essas informações sejam totalmente absorvidas.
"O problema é o fator psicológico que esses números podem gerar para o mercado, com um número americano podendo bater os 100 milhões de toneladas, ou um pouco acima. Isso pode trazer uma uma corrida dos grandes investidores para liquidar suas posições e realizar lucros em um período curto, até que esses números sejam absorvidos", disse o consultor.
Curto prazo
Por outro lado, os vencimentos de mais curto prazo na sessão desta sexta-feira fecharam os negócios com pequenas baixas. O mercado continua sustentado, segundo analistas, pelos fortes fundamentos de oferta e demanda e pela necessidade que o mercado ainda tem de racionar o consumo. A escassez de produto é bastante séria não só nos Estados Unidos, mas também na América do Sul. Os estoques finais norte-americanos, ainda de acordo com analistas, devem ser os menores da historia.
Em função das baixas recentes, os vendedores, principalmente os norte-americanos, brasileiros e argentinos, estão mais retraídos e aguardando por melhores oportunidades de comercialização do produto que ainda resta da safra 2013/14, frente ao ritmo da demanda que continua aquecido.
Assim, a espera do mercado por números dos estoques trimestrais que serão divulgados pelo USDA na próxima segunda-feira também é grande. O departamento norte-americano traz a posições dos estoques do país em 1º de junho e as expectativas do mercado são de números bem ajustados.
De acordo com um levantamento feito por agências e consultorias internacionais, aponta para algo entre 10,61 milhões de 10,34 milhões de toneladas e, caso esses números forem confirmados, os estoques norte-americanos seriam os menores em 37 anos. O banco Société Génerale, por sua vez, aposta em estoques ainda mais apertados, na casa das 9,55 milhões de toneladas.
Em março, os estoques trimestrais de soja foram reportados pelo departamento em 27 milhões de toneladas e, em junho do ano passado, esse número foi de 11,84 milhões de toneladas.
Data de Publicação: 30/06/2014 às 10:30hs
Fonte: Notícias Agrícola