domingo, 31 de agosto de 2014
Orquídeas e rosas do deserto serão vendidas a partir de R$ 5 em Cuiabá
Exposição poderá ser conferida nos dias 5, 6 e 7 de setembro.
Evento deve reunir cerca de 1,2 mil unidades dos dois tipos de plantas.
31/08/2014 09h51 - Atualizado em 31/08/2014 09h52
Do G1 MT
Mais de mil exemplares de rosas e orquídeas estarão em exposição em Cuiabá na próxima semana no 1º Festival de Orquídeas e Rosas do Deserto, na capital. As mudas e plantas adultas, além da exposição, também estarão à venda com preços que devem variar de R$ 5 a R$ 100. O evento é realizado pela Associação Amigos Orquidófilos e estará aberto à visitação gratuita no Cuiabá Lar Shopping, na avenida Miguel Sutil, nº 6.274, próximo ao viaduto sobre a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA).
As flores que estarão em exposição têm grande diversidade de cores, formatos e tamanhos. O público que comparecer ao local do evento poderá participar de oficinas gratuitas de cultivo para iniciantes, replante e pragas e doenças.
As orquídeas exóticas, como as com aromas de chocolate, erva cidreira e uva, fazem bastante sucesso entre os variados públicos. Já a rosa do deserto, originária do sul da África e da Península Arábica, se adapta e se desenvolve bem em países tropicais, já que é habituada ao clima do deserto. Ela pode alcançar até 4 metros de altura e um metro e meio de largura e apresenta flores diversificadas e exóticas.
“As duas plantas despertam grande interesse do público e de colecionadores. A enorme variedade de tamanhos das orquídeas, formas e cores atrai diferentes tipos de pessoas. As orquídeas estão entre as mais desejadas plantas para se cultivar em casa ou presentear alguém. Além de chamar atenção, cabem em qualquer lugar e podem durar muitos anos", explicou Renato Piquetti Louro, um dos organizadores do festival.
Ainda segundo Piquetti, a rosa do deserto chama a atenção por sua beleza exótica, não se parecendo com a tradicional rosa que muitas pessoas cultivam em casa.
O evento terá entrada gratuita, no período de 5 a 7 de setembro. Na sexta-feira (05), a exposição será das 8h às 20h; no sábado (06), das 8h às 18h; e no domingo (07), das 8h às 13h.
Produtores economizam e aumentam o volume de água em propriedades
Estudo monitora há dez anos a vazão de um rio próximo a Brasília.
Projeto orienta agricultores a economizar e otimizar o uso da água.
31/08/2014 09h00 - Atualizado em 31/08/2014 09h28
Do Globo Rural
Existem especialistas constantemente de olho no nível dos rios. Em uma bacia experimental da Embrapa, no Distrito Federal, 100 quilômetros quadrados de área são monitorados há 10 anos. A ideia é acompanhar como os ciclos d'água estão se comportando em uma região agrícola do Cerrado.
O pesquisador Jorge Furquim, da Embrapa, é responsável pelo monitoramento, feito no Rio Jardim, em Planaltina. O rio pertence à Bacia do São Francisco. Um pequeno aparelho com uma hélice, chamado de molinete hidrométrico, é colocado dentro da água pra medir a velocidade do rio em diferentes pontos. Outra aparelho registra o nível da água.
“Hoje estão passando 500 litros por segundo nesse curso de água. Há dez anos atrás, nessa mesma época do ano, estava passando em média, cerca de 700 litros por segundo. O que nos traz uma interrogação a respeito do que está acontecendo com esse rio, uma vez que a bacia também não está mudando suas características de uso. Mais de 90% da área dessa bacia é usada pra agricultura”, avalia.
O sinal de alerta está aceso e não para por aí. O pesquisador também instalou sessenta poços em propriedades rurais para acompanhar a profundidade do lençol freático, o reservatório subterrâneo de água.
Na época seca, em 2004, a água podia ser encontrada a uma profundidade em torno de oito metros. Este ano, só indo mais fundo, dez metros de profundidade.
Na Embrapa Cerrado está instalada a estação climatológica que vem monitorando as chuvas na região. “Os valores que na década de 70 giravam em torno de 1500mm de chuva por ano, hoje em dia estão na faixa de 1200, nos últimos 10 anos. A gente precisa de chuvas acima da média e por uns dois, três anos pra que a gente recupere o nível da água que está armazenada no solo e volte a ter uma vazão normal dentro dos nossos rios”, declara o pesquisador Jorge Furquim.
Em Brasília, na Agência Nacional de Águas – ANA é possível entender melhor essa crise. Tudo o que acontece nas bacias da União está registrado em grandes painéis. Patrick Thomas, superintendente adjunto de regulação da ANA, fala sobre as áreas críticas. “Em primeiro lugar o Nordeste, que vem atravessando o terceiro ano de seca consecutivo. Em segundo lugar a região sudeste, principalmente São Paulo e parte de Minas. As chuvas que deveriam ter vindo da região da Bolívia, Peru, pra região sudeste do Brasil não vieram. Nós tivemos uma falta de água na região sudeste, que levou a pior estiagem da história no Sistema Cantareira, por exemplo. E, ao mesmo tempo, nós tivemos as piores cheias na região norte, especialmente na região da Bacia do Rio Madeira”.
Patrick Thomas explica como a ANA atua em momentos de crise. “Ela pode restringir os usos, suspender os usos, alocar água entre usuários, ou seja, retirar de um uso, como a irrigação, para poder atender as cidades, que são uso prioritário, pode também restringir o uso industrial. Nós não
desejamos adotar essas medidas”.
No município de Cristalina, em Goiás, não falta água para a agricultura. Na região são 200 barragens que abastecem quase 700 pivôs. A área irrigada no município chega a 53 mil hectares. As barragens foram construídas com licença ambiental e devem garantir a vazão da água para manter os rios.
Luiz Carlos Figueiredo é um dos agricultores beneficiados pelas enormes "caixas d'água” da região. Apesar da facilidade pra obter água, ele sabe do seu valor. “A gente procura evitar irrigar durante o dia, irrigamos mais à noite. Ela custa caro. A água não vem de graça aqui, nós temos que usar motores, usa energia elétrica, se nós não soubermos administrar bem nós estamos jogando água fora, dinheiro fora”, afirma.
Na fazenda de Luiz Carlos, outra maneira de evitar o desperdício é o uso de um tipo de pivô, que joga a água bem em cima dos pés de café. Com a irrigação, o agricultor deixou de ser refém do clima. Nada de seis meses de chuva, seis de estiagem, como é o comum na região.
“Nós aumentamos uma safra na mesma área e na produtividade ganhamos mais uma safra. Isso para o meio ambiente é colossal, não vamos precisar abrir mais área para produzir estas duas safras”, diz Alécio Maróstica, presidente do Sindicato Rural de Cristalina.
Mas parece que economizar já não basta. Em Planaltina, no Distrito Federal, é desenvolvido um dos projetos coordenados pela Agência Nacional de Águas. O Projeto Produtor de Água vem funcionando há dois anos e meio. Ele surgiu de um conflito entre o abastecimento da cidade e o uso da água na agricultura.
A disputa é pela água do Ribeirão Pipiripau, como conta André Moura, da Agência Reguladora de Águas. “A vazao do ribeirão diminuiu nos últimos anos em razão da ocupação desordenada da bacia. A ANA autoriza retirar até 400 litros por segundo. A companhia de saneamento só tem tirado 250 litros por segundo pra não atrapalhar a produção de alimentos”.
Um canal que faz parte da Bacia do Ribeirão, atende 84 produtores, mas em seu percurso perde um terço da água disponível. “são problemas de infiltração, por ser um canal escavado no próprio solo. Há necessidade de se fazer um trabalho de revestimento ou então a parte de tubulação desse canal”, explica o agrônomo da Emater, Sulmar Ganem.
A recuperação do canal vai ajudar a evitar perdas de água, mas a ideia do projeto é que o agricultor faça a sua parte, aprendendo a conservar e produzir esse recurso tão importante. “Mantendo a cobertura vegetal sobre o solo. Que pode ser floresta, mas pode ser cultura também. E outra, criando estruturas como terraços, barraginhas, que ajudam a reduzir a velocidade da água e permitem melhor infiltração. Nós estamos trabalhando um conjunto de técnicas com diversos produtores, a origem disso é baseada no pagamento por serviços ambientais porque nós temos que entender que o produtor ao fazer isso, não gera benefícios só pra propriedade dele não, ele gera benefícios pra sociedade como um todo”, explica Devanir dos Santos, gerente de uso sustentável da água e solo da ANA. O pagamento varia de 200 a 250 reais por hectare ao ano, dependendo do uso da área.
Em uma reserva legal, em recuperação, na região, foram plantadas 18 mil mudas de espécies nativas. O agricultor Carlos Eduardo Sé, dono da área, já percebe diferença. “Há uma semana eu tirei uma mandioca e elea estava úmida em plena seca, então a água vai sendo preservada e vai mantendo essa umidade”, conta.
A ideia é a seguinte: quando a chuva cai, se o solo estiver descoberto, vai haver erosão e a água, junto com terra, vai pro rio. O leito do rio vai ficando mais raso e a água logo, logo estará no mar, sem ter sido aproveitada.
Se o solo estiver coberto com vegetação, a água ficará retida e terá mais tempo pra penetrar e chegar ao lençol freático, que aos poucos, vai abastecer o rio no período seco.
Em outra propriedade, Daniel Pires sentiu na pele a necessidade de cuidar do solo e virou produtor de água. “A água descia de forma desordenada, destruindo tudo que encontrava lá pra baixo. A estrada era precária. Eu não gosto nem de lembrar”, diz.
A estrada, antigamente, virava um caminho pra água, sofria erosão. Devanir dos Santos , gerente de uso sustentável da água e solo da ANA, explica as mudanças feitas no local. “Agora ela foi toda interrompida com os peitos de pomba, como a gente chama, que são estas estruturas de elevação, e a água é obrigada a entrar nos terraços”.
Os terraços são linhas no campo, barreiras de terra, que diminuem a velocidade de escoamento da água. “Vai terminar o período de chuva e essa água vai estar alimentando o rio. Então eu praticamente distribuo a chuva que caiu em seis meses no ano todo”, diz Devanir.
“Tô ansioso pra que chegue a chuva pra gente testar”, comenta o agricultor Daniel Pires.
Ainda não dá pra medir resultados, mas é uma semente de mudanças. E agricultor vive pra semear. Triste é quando nem isso consegue fazer.
Os meteorologistas têm um consenso. Não há sinais de que o início da estação de chuvas atrase nessas regiões que vimos na reportagem. Elas podem voltar no fim de setembro, começo de outubro. O que não se pode prever é a intensidade dessas chuvas.
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Agricultores do Cerrado desistem de plantar por causa da seca
Falta de chuva altera época de plantio e afeta formação das plantas.
Globo Rural percorreu São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal.
31/08/2014 08h45 - Atualizado em 31/08/2014 09h24
Do Globo Rural
Céu azul, sem nuvem, solo rachado. O cenário no Cerrado é de sertão nordestino. O Cerrado engloba vários estados, pouco mais de dois milhões de quilômetros quadrados. Como parte dele está em uma região alta, o Planalto Central, é onde a água se acumula, pra depois escoar, contribuindo para a formação de oito das doze bacias hidrográficas do país.
Atravessando a represa de Três Marias, no Rio São Francisco, chega-se a Morada Nova de Minas. Troncos e galhos não ficavam à mostra na região desde que o reservatório foi criado na década de 60. Em 2001, ano do apagão elétrico, a represa operou com 8,6% da capacidade. Nesta semana, o volume útil já chegou a 7,7%.
“Nós temos uma estimativa pessimista quanto a questão da recuperação do lago de pelo menos três anos para o limite máximo dele, desde que o índices venham a ser de média a regular”, declara Eduardo Moreira, extensionista - Emater/MG.
A região depende totalmente da irrigação: 60% das terras usadas na agricultura deixaram de ser cultivadas por causa da seca. A área da represa de Três Marias, passa pela propriedade do agricultor Renato Braga. Era dela que ele captava água para irrigação. “Está assim seca desde novembro do ano passado. Não consegui captar nada, nem com a balsa de captação do pivô”, afirma.
A propriedade de Renato Braga tem 38 hectares. Ele colheu milho em novembro do ano passado. Com medo da falta d'água, preferiu nem se arriscar a plantar feijão. Parou o pivô e alugou a área, ainda com a palhada do milho, para o pastejo do gado do vizinho. Investe agora num cultivo de melancia irrigada, mas por gotejamento. “Pra manter a alimentação, a minha vida, optei por isso. Agora a lavoura está florando, ainda tem 60 dias de lavoura. Preciso dessa água em 60 dias ainda”, diz.
O gerente de outra fazenda explica os custos de um pivô parado. “Tem um custo do investimento, porque foi investido no equipamento, bombeamento, preparo de solo, funcionário que depende dessa atividade, se não está faturando tem esses custos fixos. Os funcionários que estariam trabalhando estão sendo remanejados. Tem outras atividades na fazenda, então estamos conseguindo mantê-los por enquanto”, diz João Paulo de Souza, gerente da fazenda.
Em uma propriedade no interior de São Paulo, há cinco meses as colheitadeiras estão nos canaviais, mas agora que os reflexos da seca estão evidentes. A cana está menor e com menos teor de açúcar. “quando tinha umidade favorável para a cultura, os colmos, a distância entre dois nós era bem maior. Com a estiagem houve a diminuição dos entrenós”, explica Altair Marchi, agrônomo.
O agricultor Valter Souza tem 1.200 hectares de canaviais em Jaboticabal. A área plantada em abril não vingou até agora. “Eu perdi em torno de 18% da produção”, afirma.
Os dados sobre a seca são coletados em 150 estações meteorológicas. As informações de todo o estado chegam a cada 20 minutos. “Dois terços do estado estão em situação grave ou extremamente grave pela falta de chuva. Na estação chuvosa, que vai de outubro a março, esse foi o ano mais seco em 124 anos”, alerta Orivaldo Brunini, Agrônomo – IAC.
Outra cultura que sofreu muito com a seca foi a laranja. “Nós acréscimos que no final da colheita, o numero vai ser de 25 a 30% de quebra em decorrência do tamanho da fruta, do rendimento para o produtor”, declara Marco Antônio dos Santos, presidente da Câmara Setorial de Citricultura.
O produtor Nivaldo Davoglio tem um pomar em Taquaritinga. Para salvar a safra ele resolveu aproveitar a água de um poço da propriedade e implantou um sistema de irrigação na área plantada com a laranja pêra. “Do jeito que esta a situação, se não irrigar, fica pra trás”, diz.
Ter água é ter produção, ter renda. Por isso ela é artigo valioso e disputado. No município de Paracatu, em Minas Gerais, o rio Entre Ribeiros foi considerado área de conflito há cerca de 8 anos porque a quantidade de água utilizada na irrigação era maior do que a capacidade do rio. Então os agricultores foram obrigados a se organizar pra fazer um uso adequado.
Os agricultores formaram condomínios, grupos de irrigantes que têm autorização pra retirar água de um mesmo rio. Enrique Gual, engenheiro agrícola, é o responsável desde 2007 por monitorar a vazão em doze pontos do rio Entre Ribeiros.
Foi uma exigência do órgão ambiental pra que os agricultores continuassem a retirar água pra irrigação. “Agora a vazão está em 7 metros cúbicos por segundo. O normal seria 11. O mínimo é até 4 metros cúbicos por segundo, daí não pode mais retirar água”, explica.
A régua que aponta o nível do rio, nesta época, deveria estar em 90 centímetros, mas aponta 69. Bem próximo dos 50, o nível mínimo pra garantir a irrigação. Por isso, os agricultores estão enfrentando restrições.
“A gente vem reduzindo a época de plantio. O ano passado nós plantamos até 30 de junho, e esse ano até 30 de maio. A partir de 30 de maio ninguém mais plantou por isso estamos aí com estas áreas paradas, sem irrigação, deixando de produzir alimentos”, informa Luiz Noronha, presidente da Associação de Produtores do Entre Ribeiros.
O condomínio tem 41 propriedades com três mil hectares irrigados. Mil estão parados. “Antigamente a gente irrigava no bico da botina, a gente fala aqui. A gente molhava e com o bico da botina ia ver se tinha molhado o suficiente”, conta Gilberto Appelt, agricultor.
Appelt faz parte do condomínio. Ele diz que a tecnologia nas lavouras evoluiu muito. Hoje é possível monitorar a umidade do solo, o clima, e nem com tudo isso se podia prever uma seca como esta. “Nós íamos plantar feijão. A semente está no galpão, o adubo também.
Já perdeu o poder germinativo, o vigor. É uma semente que está perdida”, diz.
Norton Komagomi é agricultor do Paraná há 21 anos e nunca enfrentou tamanha restrição. “Já tivemos problemas, mas de não poder plantar é a primeira vez. Vão ser 90 mil reais que deixam de entrar”, avalia.
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Expansão no mercado do leite anima produtores e cooperativas do RS
Produção aumentou 16% nos últimos três anos no estado.
Mais de 130 mil famílias vivem do leite no Rio Grande do Sul.
31/08/2014 08h15 - Atualizado em 31/08/2014 09h40
Do Globo Rural
Cooperativas e criadores de gado do Rio Grande do Sul estão investindo na produção de leite. No sítio do produtor César Soldi, em Nova Bréscia, o manejo é bem caprichado. A propriedade tem 27 hectares, 12 ocupados por vacas de leite.
Com os bons preços dos últimos anos, ele conseguiu investir na criação. No ano passado construiu uma área coberta, com uma boa cama, que oferece conforto para os animais. “Gastei em torno de 80 mil na estrutura, sem as máquinas. No total foram cerca de 130, 140 mil reais”, afirma Soldi.
Pra construir, César fez um financiamento pelo Pronaf e consegue pagar a conta porque está recebendo mais pelo litro de leite. Em torno de R$ 0,97.
Ele é associado da Cosuel, a cooperativa do município de Encantado, que criou um programa pra ajudar o produtor a melhorar a qualidade do leite e a renda da família.
“Nesta parceria com a cooperativa tenho todos os insumos praticamente a preço de custo, mais toda a assistência técnica. Se eu fosse pagar por isso tudo gastaria uns 20% mais”, declara.
Com boa assistência e dedicação, ele vem conseguindo melhorar a produtividade. Com 22 vacas, César está produzindo 530 litros de leite por dia, o que dá uma média de 24 litros por animal.
O próximo investimento na propriedade vai ser aumentar o rebanho e melhorar a genética dos animais. Hoje César tem vacas da raça jersey, holandesa e outras mestiças. A ideia é trocar tudo por holandês
“Estamos montando um projeto pra dobrar a quantidade de animais, ficar em torno de 50 animais e subir a média também. Calculo em torno de 100 mil. Eu estou bastante animado. A gente consegue ganhar dinheiro com o que agente gosta de fazer”, diz.
A produção do César vai para uma unidade da Cosuel, no município de Arroio do Meio. Construída há dois anos, fabrica leite em pó, longa vida, creme de leite e bebidas lácteas.
“Essa unidade atingiu um valor ao redor de 100 milhões de reais. Nos últimos 10 anos a nossa cooperativa vem tendo um crescimento muito forte de pecuária leiteira. Então este parque industrial foi necessário para atender essa demanda que o nosso quadro social vem criando”, declara Carlos Alberto Freitas, presidente da cooperativa.
A cooperativa recebe por dia cerca de 900 mil litros de leite. Até o ano que vem essa capacidade deve aumentar em quase 50% e passar para um milhão e trezentos mil litros por dia.
Esse crescimento no setor vem acontecendo em todo o estado. Como explica o diretor do Instituto Gaúcho do Leite, Ardêmio Heineck. “Estão sendo mantidos preços ascendentes, que estimulam o produtor a ficar na atividade. Ao mesmo tempo está havendo uma expansão do consumo nacional, o consumo per capita subiu bastante, cerca de 140 litros por pessoa para hoje cerca de 170, podendo chegar a 250. Então tem espaço e horizonte. A perspectiva é extremamente promissora”, declara.
Um problema da produção de leite do estado tem sido as fraudes. Desde 2013 casos de adulteração do leite com água oxigenada, álcool e soda cáustica estão sendo investigados. Uma situação que preocupa técnicos e produtores.
“É uma minoria que pratica, mas essa minoria está identificada e será extirpada. Estamos criando mecanismos de penalização para o fraudado. Então, nesta linha, o mercado se expande sim, até porque o mercado tem convicção de que o lácteo gaúcho está sendo fiscalizado”, completa Heineck.
O Rio Grande do Sul produz mais de quatro milhões de litros por ano, e divide com o Paraná o segundo lugar em produção leiteira no país. O primeiro é Minas Gerais.
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Queda no preço do algodão preocupa produtores do Mato Grosso
Apesar do aumento do algodão em agosto, o preço já caiu 20% este ano. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a safra cresceu bastante.
31/08/2014 08h15 - Atualizado em 31/08/2014 09h42
Do Globo Rural
Em Campo Verde, na região sudeste de Mato Grosso, a colheita de 230 hectares de algodão está no fim na fazenda de Carlos Rodrigo Bernardes da Silva. A produtividade média é considerada boa, cerca de 250 arrobas por hectare. “Ocorreu tudo bem e choveu além do que a gente imaginava. Veio uma chuva mais tarde um pouco, que ajudou a alcançar essa produtividade”, conta.
Em Mato Grosso foram plantados este ano 643 mil hectares, 35% a mais que na safra passada. A previsão é colher nesta safra quase 967 mil e 500 toneladas de algodão, 40% a mais que no ano passado.
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O produtor Carlos Rodrigo Bernardes da Silva está satisfeito. Além de colher mais este ano, conseguiu um preço bom pela arroba do algodão. Ele vendeu antecipadamente 70% da produção por 63 reais a arroba, um preço bem melhor que o atual, que é de 54 reais na região. “Vimos que era uma ótima oportunidade de nós travarmos os custos e talvez um pouquinho mais da produção”, declara.
Na fazenda do produtor Benjamenm Zandonadi, a colheita passa da metade. Parte do que ele colheu, está guardada em fardos esperando pelo beneficiamento
“Nós estamos preocupados hoje em entregar os contratos já firmados desde o ano passado, que no meu caso corresponde a 50% da previsão de produção. Em seguida vamos analisar a questão de exportação também. É um mercado que temos que estar sempre atuando, porque o preço hoje no mercado disponível, a indústria nacional, está difícil de realizar”, declara.
Segundo o IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o preço médio do algodão hoje é 27% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. O presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão explica que o baixo preço tem a ver com o crescimento da oferta do produto aqui no Brasil e também lá fora.
“Os Estados Unidos vão colher uma safra espetacular, que faz tempo que eles não vinham colhendo. A china também vai colher bem. Então isso faz com que o preço do algodão não suba muito, porque não tem motivo”, comenta Milton Garbugio, presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão – AMPA
A safra dos Estados Unidos também deve crescer bastante este ano: 35% em relação a 2013.
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30/08/2014 - 15:10
Rio de Janeiro é principal destino de móveis em teca de Mato Grosso; Veja fotos
Da Redação - Viviane Petroli
O Rio de Janeiro é o maior consumidor de móveis em madeira de teca feitos em Mato Grosso. O Estado da região Sudeste é responsável por 40% das vendas mato-grossenses. Através da teca pode-se fazer desde uma simples cadeira até mesas, saladeiras e suvenir. Peças podem variar de R$ 200 (cadeira) a R$ 6 mil (mesa sem as cadeiras inclusas). Já uma mesa para piscina R$ 400.
Desde 2006 Maria Amélia Zapata, proprietária da Zapata Casa e Jardim, começou a trabalhar com móveis de reflorestamento, utilizando a teca para fabricação de objetos para suvenir, como porta lápis e guardanapos, para comercializar para empresas entregarem aos seus clientes como brindes. A curiosidade levou-a se capacitar na área e aos seus colaboradores.
“Uso a teca, pois é uma madeira muito cobiçada nos Estados Unidos e Europa, apesar de não exportar meus produtos. Além disso, é uma madeira com alta capacidade de auto defesa, não é densa e fechada. Ela é leve e macia o que facilita o manuseio. Resgatei técnicas antigas para fabricar as peças, sempre buscando a perfeição até chegar à sofisticação. Cheguei a vender uma saladeira por R$ 500 e nisso comecei a ver o mercado e a viabilidade para outros produtos e vi que uma cadeira saia por R$ 200”, comenta Maria Amélia.
A madeira de teca é produzida em Mato Grosso também, mais precisamente em São José do Rio Claro e Alta Floresta pelo Grupo Brazilian Teak, formado pela Guavirá Industrial e Agroflorestal (São José do Rio Claro) e pela Bacaeri Florestal e Teca (Alta Floresta).
A unidade fabril da Zapata Casa e Jardim está localizada em Sorriso e recentemente foi aberta a primeira loja física em Cuiabá, na Avenida Getúlio Vargas (no antigo Restaurante Adriano). “Vi que mobiliário era mais vantajoso, de fácil saída e alcançava mais o mercado. Ao abrir a fábrica em Sorriso trocamos todo o maquinário. Antes de abrir a loja em Cuiabá, vendia por atacado e em nosso site”, explica Maria Amélia.
De acordo com a proprietária da Zapata, o metro cúbico (m³) de teca varia de R$ 3,5 mil a R$ 4 mil. Maria Amélia explica que sai a este valor por comprar a madeira selecionada e cortada como deseja, além de seca em estufa.
A decisão em abrir a loja foi para ter mais contato com o consumidor do varejo e profissionais (arquitetos). “Hoje, o mercado pede móveis que caibam em pequenos espaços”.
Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar
Brasil
Hoje, as peças produzidas pela Zapata Casa e Jardim estão presentes em todas as capitais brasileiras. “Vendo para outras lojas no país, como lojas de jardim. O mercado atualmente está estável, mas a procura por móveis de madeira de reflorestamento é grande, pois é garantia que o fornecimento é certo”.
Maria Amélia comenta que 40% das vendas que faz de móveis em madeira de teca tem o Rio de Janeiro como destino principal. “Com a loja física em Cuiabá creio que agora as vendas em Mato Grosso sejam alavancadas. Recentemente fiz uma exposição em um shopping daqui e de 10 pessoas que paravam para olhar nove não conheciam a Zapata e alguns ainda ficavam admirados pelas peças serem fabricadas no Estado”.
sábado, 30 de agosto de 2014
Preço do leite na entressafra anima produtores de Tangará da Serra (MT)
Seca em outros estados ocasionou melhora nos preços do produto.
Laticínio do município paga mais por litro de leite para manter produção.
30/08/2014 15h11 - Atualizado em 30/08/2014 15h11
Amanda Sampaio
Do G1 MT
A entressafra é um período em que a diminuição do volume produzido de leite no campo já faz com que os preços pagos pelo litro aos produtores rurais subam. Neste ano, a seca em outros estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, fez com que o preço se mantivesse ainda mais interessante no período de seca.
“Este ano está em torno de 10% melhor do que no ano passado na mesma época. Nesses estados produziu menos leite e precisou do leite daqui da região, aí pagou-se um pouco melhor o leite”, afirma Carlos Perini, proprietário de um laticínio em Tangará da Serra (MT), a 242 quilômetros de Cuiabá.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço médio pago ao produtor em Mato Grosso é de R$ 0,84. A estimativa é que este ano a produção do estado chegue a 625 milhões, superando em 5% os 595 milhões de litros produzidos no ano anterior.
De acordo com Perini, o preço base pago pelo laticínio, que recebe em média 11 mil litros de leite por dia, é de R$ 0,88 por litro. Mas os produtores também são melhor remunerados por produção. “Quem produz 100 litros, recebe R$ 0,88; quem produz 200 litros, recebe R$ 0,89, e quem produz 300 litros, recebe R$ 0,90 por litro”, explica.
A melhor remuneração por produção foi a medida encontrada pelo laticínio para fazer com que os produtores continuem investindo na produção de leite, evitando uma queda no volume do produto entregue. Além de pasteurizar o leite, o laticínio produz derivados. Com menos matéria prima, a produção de queijo tipo muçarela, por exemplo, que chegava a mil quilos por dia caiu pela metade.
Luis Carlos Dias é um dos fornecedores de leite e entrega a produção no laticínio. Com isso, recebe um pouco mais pelo litro de leite, já que não há desconto com frete. “Eu recebi no mês passado R$ 0,99 por litro. Ano passado o maior preço foi de R$ 0,91. Não é muita melhora, mas está melhor!”, comenta.
O dono do laticínio acredita que a valorização do leite seguirá pelos próximos meses até que as chuvas voltem e as pastagens melhorem.
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Baixo preço do milho impacta setor dos transportes no norte de MT
Produtores optam por armazenar o cereal na lavoura em silos-bolsa.
A lenta comercialização desestimula o escoamento do produto em Sinop.
30/08/2014 14h05 - Atualizado em 30/08/2014 14h05
Do G1 MT
A colheita do milho na região norte de Mato Grosso já terminou, mas muitos agricultores ainda não tiraram os grãos das propriedades, já que os preços não estão atrativos. A comercialização lenta também reflete no setor de transportes.
Em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, o gerente Roberto Negrini informa que o custo da produção de milho na fazenda onde trabalha foi de R$ 13 e se a saca do grão for vendida a R$ 11, será um prejuízo, “Teria que vender a pelo menos R$ 15 para ter algum retorno”, diz. Na fazenda, a colheita dos dois mil hectares de milho acabou há 30 dias e o proprietário optou por armazená-los no campo em “silos-bolsa”, sem previsão de venda.
O gerente acredita que até o final do ano não haverá melhora no preço. Sendo assim, o cereal colhido vai ficar nos silos-bolsa por mais quatro ou cinco meses. “Hoje o custo por saca é R$ 0,50 para colocar ele na lavoura, sendo que se for entregar para armazenagem já paga R$ 1,50 mais frete até chegar no armazém, então deixo aqui”, afirma.
Com essa opção de armazenar o milho no campo e a lenta comercialização, os motoristas das transportadoras já sentem o impacto na diminuição dos transportes do grão. “O frete que eu fazia para os produtores não estou fazendo mais. Tirava em torno de R$ 30 mil nessa época de safra. Agora não puxei milho esse ano da lavoura para a cidade”, diz Hélio Martins, motorista de caminhão.
Em uma transportadora da região, a procura por frete diminuiu 20% em comparação com a safra do ano passado. “Além da redução, tivemos outro agrave que foi o custo operacional, no mínimo aumentou 20%. No momento, estamos com dois meses de poucas cargas, fluxo muito pequeno, comparado ao ano passado, até então dando dificuldade para nossa empresa e toda a classe do transporte para honrar com nossos compromissos e dívidas”, conta Geison Tanchela, gerente da transportadora.
A baixa comercialização do cereal faz com que surja outra preocupação com relação à produção de soja, que em alguns meses também será levada aos armazéns, que já estão cheios de milho. “Existe uma expectativa também de aumento do preço. Então ele [produtor] vai prolongando a retirada do produto”, afirma Paulo Alba Morgado, gerente de armazém.
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Cuiabá, Mato Grosso, Sinop
Colheita de milho chega ao fim em cinco regiões de Mato Grosso
Nesta semana, percentual de área colhida no estado é de 99,9%.
As regiões sudeste e oeste continuam colhendo o cereal no estado.
30/08/2014 12h09 - Atualizado em 30/08/2014 12h09
Amanda Sampaio
Do G1 MT
Nesta sexta-feira (29), apenas as regiões sudeste e oeste de Mato Grosso apresentavam percentuais de 99,8% de área colhida de milho safrinha. As regiões possuem uma área de 633 mil e 397 mil hectares, respectivamente, cultivada com o cereal.
Em todas as outras cinco regiões, a colheita chegou aos 100% nesta semana, conforme divulgou o informe de colheita do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na semana anterior, apenas a região nordeste havia concluído os trabalhos no campo.
O percentual do estado é de que 99,9% da área de milho foram colhidas nesta semana, de acordo com o Instituto. Na semana passada, o percentual do estado era de 99,3%.
No sétimo levantamento da safra 2013/14, divulgado na segunda-feira (25), o Imea informou que as mudanças constatadas na produtividade das sete macrorregiões do Estado e o aumento da área de milho do município de Paranatinga, município da região sudeste de Mato Grosso, fez com que a área cultivada com milho do estado passasse a ser de 3,22 milhões de hectares.
Na reta final da colheita do milho, a produtividade desta temporada que foi revisada para 91,6 sacas/hectare, contra 88,5 sacas/hectare previstas no relatório anterior.
“Com isso, a nova produção de milho mato-grossense é de 17,72 milhões de toneladas, representando um aumento de 626 mil toneladas se comparado ao relatório de safra divulgado em julho deste ano”, estima o levantamento.
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Mato Grosso, Paranatinga
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
PIB registra queda de 0,6% no segundo trimestre
O Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve queda de 0,6% no segundo trimestre de 2014, em relação aos primeiros três meses do ano
O valor ficou em 1,27 trilhão. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (29) o indicador, que havia caído 0,2% no trimestre anterior.
Já em 12 meses, com o dado do segundo trimestre, há um crescimento acumulado de 1,4%.
O melhor desempenho neste trimestre foi registrado pelo setor de agropecuária, que cresceu 0,2% em relação aos últimos três meses. O PIB da indústria caiu 1,5% e o de serviços, 0,5%, no período.
Quando a comparação dos dados divulgados nesta sexta-feira ocorre com o segundo trimestre do ano passado, a queda atinge 0,9%, com agropecuária sem crescimento e indústria com recuo de 3,4% e serviços com alta de 0,2%.
O único subsetor da indústria que teve resultado positivo no período foi o de extrativismo mineral, com avanço de 3,2%. Entre as quedas nas outras áreas, destacam-se a da indústria de transformação (-2,4%), a de construção civil (-2,9%) e a de eletricidade e gás, água esgoto e limpeza urbana (-1%).
Já o setor de serviços teve recuo puxado pela queda do comércio, que chegou a 2,2%, e pelo resultado negativo do segmento de outros serviços (-0,8%). Serviços de informação tiveram o melhor desempenho, com alta de 1,1%, e também contribuíram positivamente o de atividades imobiliárias e aluguel, que subiu 0,6%.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 20:00hs
Fonte: Agência Brasil
Agronegócio lidera embarque de produtos ao exterior
Dos dez itens mais embarcados em portos brasileiros, sete são do setor; no Paraná índice é de nove em cada dez
Carro-chefe da economia brasileira, a importância do agronegócio vai além do mercado interno. Análise da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), apontou que de janeiro a julho deste ano, dos dez principais produtos da pauta das exportações do Brasil sete eram do agronegócio. Entre eles: soja, café, bovinos, aves e suínos, itens que lideram as exportações brasileiras. Os únicos produtos que não se enquadram no agronegócio entre os mais comercializados no exterior são: Petróleo e derivados, bens de consumo duráveis e minérios.
Nos sete primeiros meses de 2014, a soja em grão seguiu na liderança das exportações brasileiras do agronegócio com uma arrecadação de US$ 19,3 bilhões, 14,4% a mais no comparativo com o mesmo período do ano passado. Outro item de destaque no período foi a carne bovina com crescimento de 16,7% a um total comercializado de US$ 3,3 bilhões. Além disso, chamou a atenção a alta de 16,1% na receita dos negócios de café que somou no período US$ 3,1 bilhões.
No Paraná, segundo maior produtor agrícola do País, perdendo somente para Mato Grosso, dos dez principais produtos exportados, nove são do agronegócio. O único exportado fora do segmento agropecuário é automóvel, que ocupa a 6ª posição no ranking do Estado. Segundo dados do Mdic, analisados pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), no ano 2000 os produtos do agronegócio representavam 62% da pauta das exportações. Em 2013 essa representatividade saltou para 74%. O agronegócio paranaense movimentou no ano passado US$ 13,54 bilhões, a um total de US$ 18,23 bilhões de produtos enviados pelo Paraná ao exterior.
O complexo soja (grão, óleo e farelo), lidera as exportações paranaenses. No ano passado a receita do embarque desses três produtos chegou a US$ 6,15 bilhões, 14,15% a mais se comparado a 2012. No primeiro semestre de 2014 o embarque de produtos do complexo soja registrou um incremento de 13,43% na mesma base de comparação com o ano passado. Ao todo, em 2014 foram comercializados no mercado externo US$ 4,20 bilhões. Só a soja em grão representou 44% da receita de todos os produtos embarcados pelo Paraná no semestre. Em volume, no primeiro semestre deste ano foram enviadas ao exterior 8,02 milhões de toneladas de produtos do complexo soja, alta de 13,43%.
Pedro Loyola, economista da Faep, explica que o alto ganho em produtividade das lavouras de soja garantiu o aumento da participação do complexo nas exportações paranaenses. Além disso, completa o especialista, o processo de agroindustrialização, que tem crescido no Paraná nos últimos anos, estimulou o embarque de produtos de maior valor agregado. O economista ainda completa que a abertura do mercado chinês foi o maior responsável pelo aquecimento das exportações paranaenses do complexo soja.
A tendência, observa Loyola, é de que as vendas do agronegócio no segmento soja não se alterem muito nos próximos anos devido ao limite máximo de crescimento da produtividade que a cultura tem atingindo. Porém, o economista vê no milho um item em potencial para elevar a pauta das exportações paranaenses, já que a cultura tem muito o que crescer em termos de produtividade. Outros produtos que compõem a pauta das exportações paranaenses do agronegócio são: aves, suínos, bovinos, madeira, borracha, entre outros.
Indústrias
A agroindústria também tem contribuído para elevar as vendas externas do agronegócio paranaense, segundo avalia Francisco José Gouveia de Castro, economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Segundo ele, o setor de alimentos representa 21% da transformação industrial do Estado. "O agronegócio é o setor que mais tem representatividade no Paraná", declara. Castro observa que a tendência é que o Estado exporte mais produtos acabados daqui para frente, o que será muito importante para a economia local. "A agroindústria está preparada para exportar", enfatiza o economista.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 19:50hs
Fonte: Agrolink
BALANÇO SEMANAL CNC - 25 a 29/08/2014
Novo diretor do Dcaf toma posse e participa de reunião do Comitê Diretor de Promoção e Marketing do Café
NOMEAÇÃO DO DIRETOR DO DCAF — Na terça-feira desta semana, 26 de agosto, o Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gerardo Fontelles, no uso da competência que lhe foi delegada pela Portaria Ministerial nº 256, de 13 de maio de 2005, efetivou a cessão de Rodolfo Osório de Oliveira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para o cargo de Diretor do Departamento do Café da Secretaria de Produção e Agroenergia da Pasta, com base no amparo legal do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001.
A primeira ação do novo titular do Dcaf foi acompanhar a reunião do Comitê Diretor de Promoção e Marketing do Café, realizada também na terça-feira, quando representantes do setor privado e do Governo Federal debateram questões relacionadas à participação brasileira na Expo Milão 2015.
Por ser a primeira vez que os representantes da cafeicultura brasileira tiveram acesso às informações, definiu-se que a cadeia café elaborará suas intenções o mais breve possível para encaminhar ao Mapa, o qual avaliará o pleito, estipulará um orçamento e encaminhará à Comissão Interministerial da Expo Milão 2015, que é composta por 14 ministérios e pela Apex-Brasil, entidade responsável pelo gerenciamento das ações. A coordenação do grupo está a cargo do MDIC e do MRE.
MERCADO — Com a frustração das expectativas de chuvas de volumes significativos para as próximas semanas nas regiões produtoras brasileiras, os preços futuros do café apresentaram significativa valorização nesta semana.
O clima seco aumenta as especulações dos investidores sobre uma menor safra de café em 2015, dado o nível de estresse das plantas devido ao veranico do início do ano. Além disso, com a circulação de relatórios de empresas privadas reforçando a quebra na atual safra nacional de café, as cotações futuras sustentaram a alta, rompendo a resistência do início do mês, de US$ 1,966 por libra-peso.
De acordo com a Somar Meteorologia, a frente fria que avançou pelo Sudeste do Brasil nos últimos dias causou apenas chuvas isoladas no Estado de São Paulo, que não atingiram as principais regiões produtoras de café. A previsão era de que as chuvas também não seriam consistentes sobre Minas Gerais e Espírito Santo.
Não obstante, a estiagem também presente na América Central será outro fator que poderá reduzir ainda mais a oferta mundial do café. Nesta semana, o Governo da Guatemala, por exemplo, declarou estado de emergência em função das condições climáticas. Além da seca, produtores centro-americanos ainda enfrentam a ferrugem, causada pelo fungo roya.
Diante desse cenário, o vencimento dezembro do contrato C negociado na ICE Futures US acumulou alta de 1.265 pontos até o fechamento da quinta-feira, que se deu a US$ 2,00 por libra-peso.
Os futuros do café robusta, na Bolsa de Londres, seguiram essa tendência de valorização, com o vencimento novembro do Contrato 409 encerrando a quinta-feira a US$ 2.039 por tonelada na Liffe. Na semana, foram registrados ganhos acumulados de US$ 42.
Seguindo o comportamento internacional, os preços domésticos brasileiros do café arábica também se valorizaram significativamente. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para essa variedade atingiu o maior valor desde o início de maio, sendo cotado, ontem, a R$ 457,83/saca. A alta acumulada desde o final da semana anterior foi de 8,3%. O indicador para o café conilon apresentou valorização menos significativa, de 1,5%, encerrando a quinta-feira a R$ 254,56/saca.
A instituição também apresentou suas estimativas sobre o percentual que falta ser colhido nas principais regiões produtoras brasileiras e também a percepção dos produtores sobre a quebra de safra em cada praça em relação ao potencial previsto antes do veranico. O gráfico abaixo resume as informações disponibilizadas pelo Cepea, que se referem ao final da semana passada. As maiores perdas estimadas para o Paraná devem-se às geadas de 2013.
Quanto ao mercado de câmbio, o dólar encerrou a quinta-feira a R$ 2,2393, com queda acumulada de 1,8% em relação ao final da semana passada. A valorização do real tem sido influenciada principalmente pelas especulações quanto ao cenário eleitoral brasileiro.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 19:40hs
Fonte: Assessoria de Comunicação CNC
Complexo carnes aquece vendas do Paraná
O setor de proteína animal é outro que tem alta representatividade nas exportações paranaenses.
De janeiro a julho deste ano o Estado comercializou US$ 1,4 bilhão, 1,64% a mais no comparativo com o mesmo período de 2013. A carne de frango lidera os negócios do segmento no Estado, segundo dados fornecidos pelo Ministério da Agricultura. Em volume, o Paraná exportou no primeiro semestre deste ano 700,77 milhões de toneladas, contra 634,86 milhões em igual período de 2013.
De janeiro a julho deste ano o Estado exportou em receita US$ 1,27 bilhão, 0,3% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado. Ao todo, de acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas (Sindiavipar), 30% da produção paranaense é destinada para o mercado externo. Domingos Martins, presidente da entidade, afirma que a avicultura tem uma ótima representatividade no exterior.
Segundo ele, a entrada da Rússia na pauta das exportações brasileiras e o crescente aumento das importações do produto pela China aqueceram o mercado. Dentro do segmento, as exportações de produtos avícolas industrializados ganhou destaque no último semestre. Segundo dados do Ministério da Agricultura, de janeiro a julho deste ano o Estado exportou US$ 139 milhões em carne de frango industrializada, 15,89% a mais que o mesmo período do ano passado.
Martins avalia que a industrialização de produtos agropecuários é uma tendência mundial. No caso do frango, carnes cozidas e salgadas são produtos com alta demanda por parte do mercado externo. "O Paraná é um estado privilegiado porque possui boa capacidade de produção e bom índice de sanidade", completa o presidente do Sindiavipar.
Carne bovina
As vendas de carne bovina também apresentaram crescimento no embarque no primeiro semestre do ano. De janeiro a julho de 2014 o Brasil comercializou US$ 3,3 bilhões, 16,7% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo dados da CNA, o incremento no embarque se deve principalmente ao aumento das vendas para alguns países como Hong Kong, Venezuela, Egito e Irã. No Paraná, de janeiro a julho deste ano foram comercializadas US$ 63,2 milhões, contra US$ 42,17 milhões em relação ao mesmo período do ano passado.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 19:30hs
Fonte: Folha Web
Defensivo terá custo maior na safra 2014/15
Os gastos do produtor de soja com defensivos agrícolas, na safra 2014/2015, serão maiores em comparação com o período anterior, 2013/14.
O que mostra o levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no Boletim Ativos de Grãos, divulgado nesta semana.
O estudo destaca que as despesas com fertilizantes "até apresentaram queda nas principais regiões produtoras, mas, em compensação, os dispêndios do agricultor com defensivos e sementes foram muito maiores, onerando fortemente os custos".
As maiores altas ocorreram no sudoeste de Goiás, município de Rio Verde, com o produtor gastando 30% mais para adquirir sementes de soja. Ali, a despesa subiu de R$ 196,15/ha, na safra passada, para R$ 225,20/ha no biênio 2014/2015. Em relação aos defensivos agrícolas, o aumento de gasto foi de 12,3%, no período.
Os fungicidas, segundo o estudo Cepea/CNA, apresentaram aumento de 16,3% nesta região goiana, ao mesmo tempo em que os herbicidas encareceram 13% e os inseticidas, 11%. Foram os fertilizantes que evitaram que os custos se elevassem ainda mais, registrando queda de preços de 3%, para alívio do sojicultor.
O Cepea/CNA analisou a evolução dos gastos do produtor de soja nas regiões de Cascavel (PR), Carazinho (RS), Rio Verde (GO) e Sorriso (MT). Foram considerados coeficientes técnicos coletado em painéis junto a produtores, técnicos e consultores das áreas produtivas. O algodão foi outra cultura analisada, levando-se em conta as três safras anuais. As informações são da CNA.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 19:20hs
Fonte: Diário do Comércio
Colheita de trigo deve estancar importação a partir de setembro
Lavouras do estado foram afetadas por geada nos últimos dias, mas problemas foram pontuais
O Paraná deve cessar as importações de trigo a partir de setembro, quando está prevista a entrada de maior parte da colheita da safra 2013/14 no mercado, informou nesta quinta-feira (28) o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado (Seab). Até o momento, 4% das lavouras foram colhidos. Apesar de o indicador estar praticamente em linha com a média histórica para esta época do ano, o volume retirado dos campos foi insuficiente para suprir a necessidade de moagem da indústria em agosto. De acordo com o Deral, o déficit foi de 80 mil toneladas. Para o próximo mês, no entanto, está prevista a entrada de ao menos 1 milhão de toneladas do cereal de um total de 4 milhões de toneladas que serão produzidas até o fim da temporada.
Ao mesmo tempo em que se prevê uma maior oferta do grão há perspectiva de desvalorização do trigo. O Deral chega a cogitar intervenção do governo federal no mercado, seja via o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF) ou de equalização dos preços. Atualmente, as cotações do produto praticadas estão 5% abaixo do mínimo estipulado pelo governo, R$ 33,45 por saca. Segundo levantamento da Seab, os preços estão em torno de R$ 31 nas praças paranaenses, mas poucos negócios estão sendo realizados.
Apesar do aumento da área destinada à cultura e da produção, o Brasil ainda dependerá de fornecedores externos para abastecer a demanda doméstica. Neste ano, porém, a dependência seria reduzida a 5,5 milhões de toneladas, contra 6,4 milhões compradas no exterior no ciclo passado.
Líder nacional em produção, o Paraná vem reduzindo suas importações. De janeiro a julho deste ano, o estado buscou 20% menos trigo em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados oficiais. Em sete meses, foram adquiridas pouco menos de 280 mil toneladas do cereal, contra cerca de 350 mil toneladas compradas nos primeiros sete meses de 2013.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 19:10hs
Fonte: Gazeta do Povo
Eleições 2014: Marina Silva diz a empresários que energia limpa é fundamental para o Brasil
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse hoje (28) aos empresários na Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho (SP), que energia limpa é assunto importante em sua pauta de governo
A candidata, segundo sua assessoria, disse que participou do evento para falar de um projeto de Brasil que busca soluções e mais avanços em muitos setores, sem abandonar as conquistas já alcançadas.
"Temos aqui, em Sertãozinho, um grande potencial de geração de energia de bagaço e de palha de cana que podem produzir energia limpa e de que já dispomos, graças aos investimentos que foram feitos pela indústria aqui instalada, a um custo muito mais barato em termos de eficiência do que as termoelétricas", disse Marina Silva. "Se ainda não temos isso é por pura falta de visão estratégica de um Brasil sustentável".
Acompanhada do candidato à Vice-Presidência, Beto Albuquerque, Marina Silva disse que um dos setores em que ela acredita que falta estratégia de longo prazo é o energético. Os candidatos do PSB, segundo a assessoria, defendem que o setor do agronegócio ganhe relevância e que tenha um olhar voltado à sustentabilidade. "É preciso entender que os padrões mundiais para o segmento mudaram e requerem um padrão de sustentabilidade", disse Beto Albuquerque.
Segundo a assessoria, durante o encontro foram feitas queixas em relação à situação da região, que vem assistindo à retração dos negócios nos últimos anos, com fechamento de postos de emprego e encerramento de atividades de mais de 40 usinas. Marina recebeu dos empresários documentos com sugestões de medidas a serem adotadas para melhorar o setor.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 19:00hs
Fonte: Agência Brasil
Cosan foca eficiência e etanol de 2ª geração; descarta aquisições
O setor de açúcar e etanol, que já foi o carro chefe da Cosan e hoje é apenas um dos negócios do conglomerado, vive uma crise financeira no Brasil desde 2008, o que traz desafios adicionais para a Cosan, que tem uma joint venture com a Shell nesse setor
A Cosan, empresa de infraestrutura e energia, descarta fazer aquisições neste momento de fragilidade da indústria sucroalcooleira, enquanto busca melhorar o desempenho operacional e aposta em etanol de segunda geração para o futuro desse negócio, disse um alto executivo nesta quinta-feira.
O setor de açúcar e etanol, que já foi o carro chefe da Cosan e hoje é apenas um dos negócios do conglomerado, vive uma crise financeira no Brasil desde 2008, o que traz desafios adicionais para a Cosan, que tem uma joint venture com a Shell nesse setor.
"Nosso objetivo é, sem dúvida nenhuma, melhorar o retorno médio sobre o capital empregado nesse 'business'. E, fazendo aquisições, não vamos conseguir chegar nisso", disse o diretor vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, Marcelo Martins, em entrevista à Reuters.
A divisão de etanol, açúcar e cogeração é a que apresenta o menor retorno sobre o capital investido, observou Martins, ficando abaixo de dois dígitos nos últimos anos, enquanto em outras unidades --incluindo gás natural, distribuição e logísticao percentual varia entre 13 a 14 por cento.
Essa situação se dá em meio a dificuldades decorrentes de problemas estruturais do setor, que nos últimos anos levaram ao fechamento de dezenas de indústrias de cana, sob o impacto da crise de crédito de 2009 agravada pela pressão de custos e baixos preços dos produtos, especialmente em função do controle governamental de preços da gasolina, que limita altas do etanol.
"Crescemos muito por aquisições e no decorrer deste processo construímos um portfólio com certo desnível quanto à qualidade operacional dos ativos (das usinas). O foco hoje é trazer equalização do nível operacional, de forma que esta eficiência seja aproveitada no sistema inteiro", acrescentou o executivo.
Com aquele baixo retorno, a Cosan busca um foco na melhoria operacional, especialmente em um segmento no qual 70 por cento do custo total é agrícola.
CAMINHO POSSÍVEL
Para o futuro, a empresa acredita que pode se beneficiar do advento do etanol de segunda geração, que permitiria um maior aproveitamento da biomassa da cana e redução de custos.
"A segunda geração é nossa grande esperança, mas não vamos esperar só isso, mas estamos focando na melhoria operacional, principalmente na parte agrícola", disse. "É aí que vamos conseguir resultados substanciais."
Isso porque o etanol de segunda geração ainda precisa superar algumas etapas para ser viável em escala comercial, a ponto de implementar completamente o plano que prevê investimentos de até 2 bilhões de reais, até meados da próxima década.
O etanol de segunda geração é produzido a partir do aproveitamento da biomassa da cana (bagaço e palha).
"A segunda geração é o nosso grande foco hoje, porque aí teremos escala e uma melhoria operacional que vai mudar a dinâmica do 'business'", disse o executivo.
Ele explicou que este etanol de segunda geração, além de melhorar a eficiência de custos da cadeia, melhora a utilização do potencial energético da cana.
"Ainda não está num nível que pode se viabilizar a produção comercial. Mas o que temos visto é que deve caminhar para isso. Talvez se tenha agora uma perspectiva que a gente nunca teve até hoje", explicou, ponderando que os custos ainda não são competitivos.
A Cosan opera, por meio de joint venture com a Shell, as unidades Raízen Energia, que inclui açúcar, etanol e cogeração, e a Raízen Combustíveis, para área de distribuição.
No último trimestre, a Cosan teve uma receita de 9,6 bilhões de reais, dos quais 1,7 bilhão de reais são oriundos da Raízen Energia, a maior companhia de açúcar e etanol do Brasil.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 18:40hs
Fonte: Reuters
Em AL, clima favorece a cana e gera quase 3 mil postos de trabalho
Chuva foi mais generosa e a produção vai ser melhor que as passadas. Duas usinas decidiram antecipar a colheita e estão gerando empregos.
A chuva foi mais generosa, este ano, e a produção de cana-de-açúcar, em Alagoas, vai ser melhor que a das safras passadas. Duas usinas decidiram antecipar a colheita e já estão gerando novos empregos.
As usinas Santo Antônio e Camaragibe, no litoral norte do estado, anteciparam a colheita da cana em um mês. Chuvas regulares e bem distribuídas estão garantindo uma safra bem maior, são 95 toneladas de cana por hectare. Nas últimas safras, essa produção não passou de 65 toneladas por hectare.
Depois de três anos somando prejuízos, os usineiros estão otimistas. A Santo Antônio, por exemplo, espera produzir 4 milhões de sacas de açúcar e 65 milhões de litros de álcool.
Essa antecipação está sendo excelente para milhares de trabalhadores que estavam desempregados. As duas usinas contrataram juntas quase 3 mil pessoas, a maioria para o corte da cana.
As outras 17 usinas de Alagoas vão iniciar a colheita até o fim de setembro e, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura e o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool, quase 60 mil trabalhadores terão emprego garantido nesta safra.
"Se tem mais cana para colher, precisa de mais gente para trabalhar, então, de fato, a geração de emprego e renda vai ser bem maior que no ano passado", explica José Carlos Maranhão, conselheiro do Sindaçúcar.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana-de-açúcar em Alagoas deve crescer 3% em relação à safra passada.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 18:20hs
Fonte: Globo Rural
Geadas causam prejuízos para os produtores de fumo do RS
Em algumas propriedades, os agricultores já se preparam para replantar. Associação dos Produtores aposta em um grande prejuízo.
As geadas deste mês causaram prejuízos para os produtores de fumo do Rio Grande do Sul. Tem propriedade que vai precisar refazer o plantio.
Na propriedade de Vandir Blank, que fica em Vera Cruz, região central do Rio Grande do Sul, o plantio está atrasado. A família resolveu não arriscar por causa da previsão do tempo.
Já na propriedade de Custódio Schmidt, que fica no município vizinho de Vale do Sol, as lavouras foram plantadas no início do mês.
A geada prejudica principalmente as mudas mais jovens, que estão a menos tempo na lavoura. Algumas que tinham 15 dias resistiram, mas em outra parte, 5 mil mudas terão de ser replantadas.
As mudas de apenas cinco dias tiveram as folhas queimadas pelo gelo, ainda no meio de agosto, quando aconteceram as geadas mais fortes. “Foi perdido bastante, mas temos que esperar a chuva para ver se tem que replantar ou não, o que vai faltar e quanto vai faltar”, diz Custódio.
Metade da área destinada ao fumo já foi cultivada, no Rio Grande do Sul. A Associação dos Produtores ainda não calculou as perdas, mas aposta em um grande prejuízo.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 18:50hs
Fonte: Globo Rural
Demanda por carne abre oportunidades para produtor brasileiro
O Brasil líder mundial na exportação de carne, é um dos principais países credenciados a abastecer os mercados asiáticos e africanos na próxima década
O aumento da renda e da população nos centros urbanos asiáticos, vai fazer com que a demanda por aves, bovinos, Suínos e ovinos cresça em ritmo maior do que a por produtos agrícolas, de agora até 2023, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A agropecuária brasileira tem potencial e tecnologia para fornecer da produção adicional necessária para atender a mercados que passaram a buscar uma alimentação mais nobre, após melhorarem de vida. O índice de insegurança alimentar no mundo vem diminuindo a cada ano, com milhões de pessoas saindo da linha da pobreza e passando a consumir carne, leite, ovos e derivados - explica Adriano Mallet consultor da Cycloar, empresa do setor de armazenagem de grãos.
O relatório Perspectivas Agrícolas 2014-2023 FA, da FAO, divulgado em Roma, mostra que 75% da produção agropecuária adicional a ser consumida no mundo será suprida por países da Ásia e da América Latina.
O Brasil é a menina dos olhos dos compradores internacionais. Maior exportador de carne bovina e de aves o País tem um momento privilegiado.
A procura mundial por carnes irá sustentar preços firmes no mundo, com possibilidade de chegar em níveis recordes, o que implica no aumento da produção de grãos que alimenta os animais em confinamento explica Mallet. Para aumentar a produção de carne será necessária maior quantidade de grãos e, consequentemente, mais insumos. É um eixo de crescimento e desenvolvimento que poderemos aproveitar explica André Rorato da lstractor, fabricante de tratores coreanos que chegou ao Pais e já comercializou mais de 50 unidades para o Mato Grosso.
No ano passado, as exportações brasileiras de aves, bovinos e Suínos somaram mais de US$ 16,5 bilhões. Mercados produtores, como o Mato Grosso e Rio Grande do Sul, serão beneficiados com esse aumento de consumo. Este mês a agropecuária nacional ganha evidência com o início da 37ª Expointer, uma das principais feiras do setor. O evento, no parque Assis Brasil, em Esteio, começa no próximo sábado, atraindo olhares de dentro e fora do País.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 18:30hs
Fonte: DCI
Estiagem prejudica a criação de peixes em Goiás
De acordo com a Climatempo, a chuva só começa a aparecer no final de agosto
Nos últimos meses, o tempo seco tem reduzido de 15% a 20% a comercialização de peixes no Centro-Norte de Goiás. A Tilápia, produto responsável por 50% da aquicultura, está sofrendo cortes na produção devido ao alto custo que a falta de chuva trás para a região.
Essa queda no comércio dos cardumes pode ser vista em dois ambientes: nos rios e nos tanques escavados. No primeiro, os peixes da região acabam se afastando das margens e vão para o fundo dos rios, pois não conseguem se adaptar à falta de umidade e as altas temperaturas que exigem do peixe maior gasto de energia, que dificulta a pesca.
Já no tanque escavado, a falta de chuva interrompe o fluxo de água necessário para o funcionamento do sistema, permitindo uma paralisação da água, o que facilita o armazenamento de excretos dos peixes e bactérias, que se multiplicam e consomem todo o oxigênio dos cardumes.
Para reverter essa situação, os aquicultores estão até reduzindo a quantidade da criação dos alevinos. No entanto, para a tranquilidade do comércio local, a previsão é que até o fim do mês haja chuva na região.
Segundo Bianca Lobo, meteorologista da Climatempo, nesta última semana de agosto ocorrem algumas pancadas de chuva em Goiás, mas que não deve reverter o quadro de estiagem. “ A tendência é que com a chegada da Primavera no dia 22 de setembro, as condições de pancadas de chuva mais frequentes voltem a ocorrer no estado goiano”, finaliza Lobo.
Sobre o Grupo Climatempo
O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêutica e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 18:10hs
Fonte: Linhas Comunicação
Encontro em Jaciara (MT) orientará produtores rurais sobre o ITR
Evento será neste sábado (29) na sede do Sindicato Rural.
Declaração do Imposto deve ser feita até o dia 15 de setembro.
29/08/2014 12h37 - Atualizado em 29/08/2014 12h37
Do G1 MT
O município de Jaciara, a 148 quilômetros de Cuiabá, recebe neste sábado (30), a partir das 13h, na sede do Sindicato Rural, palestra sobre o Imposto Territorial Rural (ITR). O encontro tem entrada gratuita e vai discutir os principais aspectos deste Imposto, além de prestar orientações.
A entrega da declaração deve ser feita até o próximo dia 30 de setembro. O procedimento é obrigatório e pode resultar em multas. O programa gerador do ITR está disponível no site da Receita Federal.
Os contribuintes que declararem o Imposto com atraso estarão sujeitos à multa de 1% por mês de atraso, calculada sobre o total do imposto devido, não podendo ser inferior a R$ 50.
"Iremos abordar principalmente o que muda com a municipalização do ITR, além do cálculo do imposto, como fazer para não cair na malha fina, fiscalização, principais cuidados no preenchimento da declaração, entre outros", diz Namir Jacob, analista de assuntos tributários da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
O representante frisa ainda que com a municipalização do ITR, ocorrida em 2009, o Valor da Terra Nua (VTN) passou a ser estipulado por cada prefeitura, o que gera muitas dúvidas em proprietários rurais e contadores. Este também deve ser um temas discutidos.
tópicos:
Cuiabá, Jaciara, Mato Grosso, Receita Federal
Boi à vista tem arroba cotada acima de R$ 116 em Cuiabá
29/08/2014 15h11 - Atualizado em 29/08/2014 15h11
Veja a média praticada nos preços para a quinta-feira (28).
Indicações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
Do G1 MT
R$/@ - Média
Rondonópolis 116,63
Vila Rica 110,00
Barra do Garças 114,38
Araputanga 115,38
Cuiabá 116,33
Matupá 110,38
Juara 110,56
Sinop 110,83
tópicos:
Araputanga, Barra do Garças, Cuiabá, Itiquira, Matupá, Rondonópolis, Sinop, Vila Rica
Aprosmat realiza workshop sobre percevejo da soja
Postado em 29/08/2014 as 15:00 por Redação em Notícias > Agricultura
FONTE: DA ASSESSORIA
A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) promove no próximo dia 4 de setembro, o 1º Workshop Aprosmat Percevejo da Soja e Qualidade de Sementes, no Hotel Comfort Suites, em Rondonópolis à partir das 8 horas da manhã.
O evento vai discutir ações, táticas e estratégias para o manejo dos percevejos da soja em campos de produção de sementes de Mato Grosso. Dentro programação está previsto a apresentação da situação atual do problema e compartilhamento de atitudes de sucesso no manejo da praga e ainda palestras com especialistas sobre o assunto.
De acordo com a pesquisadora da Fundação MT e palestrante do evento, Lucia Vivan, deve-se ter atenção com a infestação dos percevejos que causam danos e perdas à produção de soja. Caso seja verificado o aumento de população de percevejos, o controle com produto químico deve ser realizado imediatamente. “É importante fazer o monitoramento de toda a área. O acompanhamento da lavoura diariamente possibilita a identificação da praga, qual espécie, o tamanho da população e a forma de controle mais eficiente para o percevejo. A detecção da população da praga no início da infestação é primordial para a efetividade do controle da praga. Os percevejos causam danos às vagens com perdas de produção e perda da qualidade das sementes com redução de vigor e, no caso de grãos, causam diferenças no teor de óleo e de proteína”, explicou a pesquisadora.
Brasil tem semana de preços baixos e poucos negócios na soja 29/08/2014 16:35
Nesta sexta-feira (29), o mercado da soja fechou a sessão regular com preços predominantemente mais baixos na Bolsa de Chicago. Enquanto os principais vencimentos encerraram o dia com perdas de poucos mais de 4 pontos e o novembro/14, referência para a safra norte-americana, valendo US$ 10,23 por bushel, o setembro/14 ficou positivo, com 13,75 pontos de alta de cotado a US$ 10,87/bushel.
O saldo semanal também foi negativo para os contratos mais negociados na CBOT. O setembro perdeu, de segunda a sexta-feira, 3,38%, enquanto a desvalorização do novembro foi de 0,58%.
Na primeira posição, o recuo foi reflexo de um movimento de realização de lucros ao longo da semana, com os investidores buscando sair dessa posição, que tem vida útil curta, já que vence em cerca de 15 dias. Já o novembro, bem como os demais vencimentos de médio e longo prazo seguem pressionados pelas expectativas de uma grande safra vinda dos Estados Unidos na temporada 2014/15.
No Brasil, a semana também foi de preços menores e, consequentemente, de poucos negócios. O mercado brasileiro ficou travado em quase todos os dias. No porto de Paranaguá, a soja disponível recuou, nessa semana, cerca de 3,13% passando de R$ 64,00, na segunda-feira (25) para perto de R$ 62,00 por saca, sendo esse um preço nominal já que poucos negócios foram efetivados e não havia uma referência bem definida. Já em Rio Grande, a baixa foi de 3,08% e o preço da oleaginosa caiu de R$ 65,00 para R$ 63,00 por saca.
No mercado futuro de porto no Brasil, as cotações também recuaram. No porto paranaense, a semana terminou sem cotação para a soja, enquanto na segunda-feira marcavam R$ 57,00. Já no gaúcho, o valor passou de R$ 58,50 para R$ 57,20 em uma semana, com redução de 2,22%.
Segundo explicou o consultor de mercado Flávio França Junior, os negócios não acontecem mais, em partes, porque os vendedores optam por não comercializar diante de preços mais baixos, mas há ainda há compradores no mercado, além do interesse da indústria nacional pelo produto.
"Os preços de portos, com R$ 63,50 para Paranaguá e R$ 64,00 para Rio Grande, são preços descolados do mercado interno (em praças do interior do país). Hoje, em Cascavel/PR, o produtor vende a R$ 61,50 / R$ 62,00 no mercado de lotes, no interior do Rio Grande do Sul é, no mínimo, R$ 61,00", explica França Junior.
Fonte: Notícias Agrícolas
29/08/2014 - 15:51
Empreendimento urbano visa o desenvolvimento em Rondonópolis
Da Redação - Vanessa Alves
Considerada uma das 100 melhores cidades do Brasil para investimentos em negócios, Rondonópolis (216 km de Cuiabá) receberá mais um empreendimento que visa contribuir com o seu desenvolvimento, mais precisamente no que diz respeito a habitação. A empresa Brasil Desenvolvimentos Urbano irá lançar, ná próxima terça-feira (02), um loteamento particular com 781 terrenos.
Segundo a empresa responsável pelo investimento, no projeto do Residencial Jardim do Parque, como será nomeado, irá conter pista de caminhada, mirante, playground, quiosques e área de ginástica.
O projeto prevê também a construção de uma praça de lazer e esporte que será aberta para toda a população de Rondonópolis, cuja responsabilidade responsabilidade ficará a cargo da Prefeitura do município. O terreno para a construção da praça foi doado pela empresa responsável ao empreendimento.
Mapa confirma que apoio para trigo e algodão está em discussão
Representantes das duas culturas esperam medidas como leilões de Pepro e AGF
O Ministério da Agricultira confirmou que estão sendo discutidas medidas de apoio à comercialização de trigo e algodão com a pasta da Fazenda. De acordo com representantes das culturas e especialistas, há a expectativa de intervenção do governo no mercado em função do atual cenário de preços e de oferta e demanda.
"As medidas de apoio a comercialização do trigo e do algodão estão sendo negociadas com a Fazenda. Oportunamente, divulgaremos qual o instrumento de sustentação o governo irá adotar", informou, sem mais detalhes, o comunicado do Ministério da Agricultura, em resposta à reportagem de Globo Rural.
No caso do trigo, representantes dos produtores pedem apoio para a comercialização de 3,1 milhões de toneladas. O cereal sofreu uma forte desvalorização no mercado brasileiro, boa parte em função da retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% sobre as importações de fora do Mercosul.
A tarifa voltou a ser cobrada neste mês. No entanto, como os moinhos estão relativamente abastecidos, a expectativa de agentes do setor é de baixa demanda no curto prazo. No Paraná, os preços acumulam mais de 11% de queda neste mês, de acordo com os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No Rio Grande do Sul, a desvalorização é de quase 9%.
O presidente da Comissão de Trigo da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, disse, recentemente, queo setor espera a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Aquisições do Governo Federal (AGF).
No caso do algodão, a expectativa também é de Pepro, de acordo com o divulgado recentemente pelos pesquisadores do Cepea. De acordo com a instituição, emboa o mercado tenha encontrado alguma firmeza nas últimas semanas, os valores estão abaixo dos preços mínimos.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os preços subiram na última semana no estado e os custos registraram diminuição. Mesmo assim, há preocupações, de acordo com os técnicos do Imea.
"Com a paridade de exportação para julho de 2015 em torno dos R$ 48/@, o produtor pode ter problemas em escoar a sua produção a um preço que lhe traga rentabilidade necessária para arcar com os custos. Enquanto o cenário de mercado ainda se demonstra incerto, o auxílio do governo através dos leilões de escoamento se
mostram fundamentais", informou a instituição, em boletim.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 17:10hs
Fonte: Globo Rural
Integração da floresta na agropecuária incrementa renda do produtor
A integração da floresta com a pecuária e cultivo agrícola tem apresentado benefícios no que diz respeito à produção animal, oferecendo conforto térmico ao rebanho, além da melhoria nas pastagens
Conforme o pesquisador da Fundação MS, o biólogo Alex Melotto, Mato Grosso do Sul tem apresentado incremento de área florestal de 25% em média por ano. “A principal vantagem está na diversificação, com o uso do componente florestal, que diminui o risco mercadológico para o produtor”, explica.
Conforme a Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas), o Brasil possui cerca de 7,1 milhões de hectares de florestas plantadas. No setor de papel e celulose, a madeira utilizada tem origem exclusivamente nas florestas plantadas. “De forma geral, o setor tem crescido no Brasil, capitaneado pelas fábricas de celulose implantadas em Mato Grosso do Sul”, comenta o pesquisador.
Um dos benefícios das florestas plantadas para o produtor é o incremento de renda nas propriedades rurais e aumento da oferta de madeira para fins industriais. O pesquisador explica que, para alcançar esse benefício, é necessário o trabalho inicial de capacitação de técnicos e produtores. “O grande desafio é formar profissionais, orientando corretamente desde o preparo do solo e a escolha das espécies, até o momento de entrada e saída de cada componente do sistema”, salienta. Segundo Melotto, na maioria das regiões, há disponibilidade de mudas, mão de obra e insumos e a gama de produtos pode ser bem explorada. “Só assim, o projeto resultará em bons resultados financeiros e ambientais”, ressalta. Além da diversificação, o plantio de florestas também é uma opção para suprir a demanda de madeira.
Outro benefício da silvicultura está na diminuição dos gases de efeito estufa. “Diversos estudos científicos mostram que um hectare de floresta de eucalipto em desenvolvimento sequestra, em média, 12 toneladas de carbono ao ano”. O pesquisador lembra que nesse cálculo deve ser considerada a região, a espécie e o nível de desenvolvimento, uma vez que quanto mais jovem a espécie, mais CO2 sequestra. “Imaginando-se um setor com 6,7 milhões de hectares, chegamos a um valor médio de 80 milhões de toneladas sequestradas somente no Brasil, todos os anos”.
Certificados florestais
Conforme o pesquisador Alex Melotto, os certificados florestais são importantes ferramentas para o estímulo da adoção da silvicultura sustentável. Além disso, beneficia práticas relativas ao Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que visa incentivar práticas sustentáveis para redução da emissão de gases de efeito estufa. “A certificação funciona como uma garantia de que aquela madeira ou produto provém de um processo de produção ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável, cumprindo a legislação nacional e os acordos internacionais”, explica.
O processo é feito por meio de auditorias e checagens de empresas independentes que atestam o material. “É importante ressaltar que a certificação florestal é um processo absolutamente voluntário. Determinados mercados valorizam a certificação e até mesmo restringem empresas sem determinados certificados”.
Data de Publicação: 29/08/2014 às 17:00hs
Fonte: Fundação MS
Esteio sedia Congresso Brasileiro Laço Comprido do cavalo Quarto de Milha
O Núcleo Sul de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (NSQM) promoverá nos dias 5 e 6 de setembro, o 7º Congresso Brasileiro Laço Compridoda raça, durante a Expointer, em Esteio (RS)
O Congresso, que é um evento oficial da Associação Brasileira de Criadores Cavalo Quarto de Milha (ABQM), realizará provas de Conformação; de Laço Técnico e Laço Comprido nas categorias Aberto, Amador, Feminino e Jovem; a final do Campeonato Gaúcho e a sexta edição do Leilão Quarter Sul.
Segundo o presidente do Núcleo Sul, Adão Jorge Tessmann, o evento desse ano promete superar em 10% o número de inscritos da edição passada, que fechou em 518 conjuntos. Dia 4 de setembro é o prazo final para as inscrições desse ano. Tessmann explica que a raça tem crescido vertiginosamente na região e o Núcleo já começa a receber pedidos de aumento no número de modalidades realizadas ao longo do ano.
Ele conta que há grupos de Team Roping e Tambor se organizando e que vêm solicitando provas nessas modalidades. Houve também uma grande demanda para os julgamentos de Conformação, o que demonstra a nova fase que o Quarto de Milha tem vivido no Sul do país. “Nossos criadores e proprietários têm investido em genética e em profissionalização, além de estarem preocupados com a apresentação dos animais e o desenvolvimento da raça na região”, explica Tessmann.
Incentivo
Esse ano R$ 130 mil em premiação serão distribuídos entre os vencedores. O Núcleo Sul também promoverá duas provas de incentivo ao esporte quartista: o Laço Incentivo Quarto de Milha em Dupla e o Laço Criador/Proprietário. Na primeira, a dupla tem que ser obrigatoriamente formada por um profissional da classe Aberta e um da classe Amador.
Já na segunda, o competidor tem que ser Criador e Proprietário. “Antes exigíamos apenas que o competidor fosse proprietário. Percebemos que havia muito espaço para os jovens, mas os mais velhos ficaram de fora com regra. Exigir que o competidor seja ao mesmo tempo criador e proprietário incentivou a presença de quartistas seniores e equilibrou as participações nas provas”, explica a exigência Tessmann.
Faturamento
Para essa sexta edição do Leilão Quarter Sul, a diretoria do Núcleo Sul está otimista. Com o mercado Quarto de Milha em alta, Adão Tessmann acredita que o leilão chegará ao faturamento de R$ 20 mil de média, se aproximando do índice nacional que é de uma média de R$ 28 mil. “Quando começamos com o leilão, os valores médios não passavam de R$ 10 mil. Em 2013, chegamos a R$ 18 mil e continuamos crescendo. A expectativa é boa para esse remate”, comemora Tessmann.
O QM no Rio Grande do Sul
Plantel de 18.234 animais
3.348 mil proprietários
1.564 criadores
341 associados da ABQM
Data de Publicação: 29/08/2014 às 16:40hs
Fonte: Texto Assessoria
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