Edição do dia 29/04/2018
29/04/2018 08h12 - Atualizado em 29/04/2018 08h12
Na região de Mogi das Cruzes, os pomares enchem os olhos. Devem ser colhidos em torno de 50 mil toneladas da fruta.
Os pomares de caqui de São Paulo estão de encher os olhos. A qualidade dos frutos nessa safra deixa o agricultor satisfeito.
A família de Ercílio Hoçoya planta caqui há 50 anos em um sítio de Mogi das Cruzes, com 12 hectares. Neste ano, o clima não ajudou muito. A variedade Tokio Gosho, precoce, sofreu na época da florada. O agricultor conta que choveu muito e parte das flores caiu. Isso diminuiu em 15% a produção que, no ano passado, foi de 110 toneladas. Mas as perdas poderiam ser ainda maiores se o agricultor não adotasse medidas para proteger o pomar.
A tela de nylon que cobre três hectares de área plantada foi um dos principais investimentos do Ercílio: “O investimento foi de R$ 100 mil por hectare e valeu a pena porque reduziu a perda em 30%”.
Embaixo do telado, as frutas ficam livres dos ataques de pássaros e também do granizo. Protegido, o caqui está bem bonito: doce e com uma forte coloração alaranjada. Só o preço não agrada muito. “Está em torno de R$ 8 o quilo. Como o custo em relação ao ano passado aumentou, esperava que nesse ano também acompanhasse”, afirma Ercílio.
Em outro sítio, Adilson Nakahara cuida de mil pés de caqui da variedade rama-forte, a mais comum na região e também a mais barata. Por enquanto, a fruta sai do sítio por r$ 2 o quilo, mesmo valor da safra passada. “Se continuasse R$ 2 constante, do começo ao fim, seria um bom preço. Mas no começo chega a R$ 2 e no final da safra acaba caindo para R$ 1 ou até menos. O preço fica abaixo do custo”, diz o produtor.
O estado de São Paulo responde por mais de 60% da produção nacional de caqui. A safra vai até junho.
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