terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Especialista diz que é difícil medir se carne orgânica é mais saudável

Especialista diz que é difícil medir se carne orgânica é mais saudável 31/12/2013 08:20 Imagine comprar carne oriunda de animais criados livremente, tratados com medicamentos homeopáticos e fitoterápicos, e alimentados com pastos isentos de agrotóxicos. Considerado orgânico, o alimento neste caso ganha espaço em países europeus, mas ainda representa um nicho pequeno no mercado brasileiro. Quem pesquisa sobre carne diz que, embora o produto tenha certificação, não é possível atestar se é, de fato, mais saudável que o convencional. “Ainda não conhecemos estudos que mostrem que uma carne produz mais doenças do que outra”, analisa Cinthia Bittencourt Spricigo, professora do curso de Engenharia de Alimentos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O pesquisador Pedro de Felício, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que hoje existem no mercado produtos tão naturais quanto a carne considerada orgânica. Ele salienta, contudo, que é difícil controlar o quão “orgânico” pode ser o produto frente ao que já se oferece ao consumidor brasileiro. “Para certificação orgânica, não se pode usar substâncias provenientes de organismos transgênicos, como algumas vacinas, e tudo o que se compra para alimentar o gado tem de ter certificação orgânica”, pontua. Boi “free” Nos Estados Unidos, lembra ele, já há até o conceito de boi “free (livre)” de anabolizantes e antibióticos e de “boi vegetariano”, que não recebe farinha produzida com substâncias oriundas de ruminantes. “Nós não usamos essa farinha. Mesmo assim, o governo cria dificuldades para o selo de natural. Mas a carne já não é toda natural?”, questiona. Fonte: Gazeta do Povo

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