Com demanda nova de 2,5 milhões de toneladas de soja para atender demanda por B10 no Brasil, expectativa de consultor é que menor oferta brasileira para exportação possa mexer com preços internacionais
Nesta segunda-feira (29), o mercado da soja teve mais um dia de alta na Bolsa de Chicago (CBOT), chegando a trabalhar até mesmo com altas de dois dígitos em alguns momentos.
Vitor Belasco, analista de grãos da Informa Economics FNP, destaca que o enfraquecimento do dólar frente às outras moedas do mundo, bem como as condições climáticas na Argentina, são alguns dos principais fatores que influenciam esse movimento, que trabalha como uma correção monetária dos contratos.
Embora, na Argentina, o plantio esteja praticamente finalizado, a maior preocupação se dá nos estágios fenológicos, nos quais as lavouras podem sofrer perdas de potencial produtivo, com queda da produtividade média ao final da colheita. Caso isso ocorra, cogita-se também a possibilidade de o governo argentino voltar a realizar importação de soja, para a qual o Brasil poderia se tornar um eventual fornecedor.
Além disso, o Brasil poderá ter um aumento em sua demanda interna com a nova porcentagem de biodiesel a ser adicionada ao combustível fóssil. A estimativa é de que essa demanda seja de 2,5 milhões de toneladas, frente a uma produção prevista de 112 milhões de toneladas de soja.
Belasco aconselha os produtores a não terem pressa com a comercialização, apontando que é possível esperar por preços mais remuneradores. As condições do dólar podem mudar e elevar os preços internos.
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas
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