terça-feira, 29 de novembro de 2016

Vale está mais próxima de desinvestimento em fertilizantes

Vale está mais próxima de desinvestimento em fertilizantes





Vale está mais próxima de desinvestimento em fertilizantes
29/11/16 - 22:34 


A mineradora Vale está mais próxima de realizar uma operação de desinvestimento de seus ativos de fertilizantes, afirmou nesta terça-feira o presidente-executivo da companhia, Murilo Ferreira, durante entrevista a jornalistas após o evento Vale Day, na bolsa de Nova York. Ele disse que não poderia dar mais detalhes sobre a negociação ou sobre por que a transação, amplamente esperada, não é anunciada.
Uma fonte disse à Reuters anteriormente que a norte-americana Mosaic poderia pagar cerca de 3,6 bilhões de dólares por alguns dos ativos de fertilizantes da Vale. A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, está aproveitando os recentes ganhos nos preços de metais e o sucesso das medidas de cortes de gastos para repensar o ritmo do plano de venda de ativos para reduzir a dívida, disseram executivos nesta terça-feira.
O minério de ferro, por exemplo, acumula uma alta no ano de cerca de 180 por cento no mercado futuro de Dalian, na China, principal importador global da commodity e maior cliente da Vale. Durante a entrevista, Ferreira foi questionado sobre planos de outros desinvestimentos e estratégias para levantar recursos.
Há dois anos, no mesmo evento em Nova York, ele disse que a Vale considerava vender fatia de 30 a 40 por cento da sua unidade de metais básicos por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Questionado sobre esse assunto, ele descartou tal movimento.
"Em relação a base metals, não achamos que é o momento para qualquer transação estratégica", disse, citando a força dos preços dos metais. Ele explicou que, com o crescimento do mercado de carros elétricos, e consequentemente da demanda por níquel para baterias, os ativos de metais básicos da Vale tendem a gerar valor para a companhia.
"Hoje a Vale está em posição muito interessante em relação a essa grande mudança estrutural que teremos em relação a carros elétricos. Tenho expectativa muito positiva. Em cinco anos, metade dos veículos dos países do G7 será desses veículos. A gente vê uma perspectiva estratégica muito atraente.", afirmou. Sobre uma possível transação de venda de fluxos futuros de minério de ferro, conforme disseram à Reuters fontes envolvidas nas negociações há alguns meses, o executivo indicou que essa é uma opção para financiar a companhia, mas que existem outras. Ele afirmou que elas serão analisadas levando em conta as condições de mercado.
(Marcelo Teixeira)

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