Milho
Na Argentina a tonelada FOB subiu para US$ 150,00, enquanto no Paraguai a mesma chegou a US$ 112,50
Não houve alteração nas cotações de milho em Chicago
Por: CEEMA / UNIJUI
Publicado em 29/09/2017 às 16:39h.
Publicado em 29/09/2017 às 16:39h.
As cotações do milho em Chicago pouco se alteraram nesta semana, fechando a quinta-feira (28) em US$ 3,52/bushel, após US$ 3,50 uma semana antes. Os EUA vivem o momento da pressão da colheita, a qual chegou a 11% da área total, contra 17% na média histórica para esta época do ano. Este leve atraso na mesma deu uma pequena sustentação ao mercado.
Todavia, as exportações estadunidenses de milho enfraqueceram, registrando apenas 527.000 toneladas na semana anterior. Ao mesmo tempo, o clima na América do Sul é um elemento central no mercado atualmente e o retorno das chuvas no Centro-Sul brasileiro, especialmente para a primeira quinzena de outubro (projeções), acalmaram o mercado. Pelo lado argentino não estaria havendo problemas para iniciar o plantio.
Por sua vez, os fundos reduziram suas posições vendidas, segurando um pouco o mercado, além de existir expectativas quanto ao relatório trimestral de estoques, previsto para este dia 29/09. Neste último caso, entidades privadas estadunidenses avançam que o volume de tais estoques possa chegar a 59,7 milhões de toneladas, contra 44,1 milhões em igual período do ano passado. Ou seja, números com potencial baixista a partir do início de outubro.
Na Argentina a tonelada FOB subiu para US$ 150,00, enquanto no Paraguai a mesma chegou a US$ 112,50.
Aqui, no Brasil, os preços continuaram pressionados em São Paulo, com a retenção de venda por parte dos produtores locais. Com isso, o mercado interno está mais favorável do que as exportações, mesmo com o Real se desvalorizando um pouco durante esta última semana de setembro. Esta situação começa a preocupar em relação aos volumes a serem exportados a partir de outubro, já que este mês não possui nenhuma nomeação de navio, por enquanto, em Paranaguá (PR) e pouca coisa em Santos (SP).
Assim, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 24,32/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 29,50 e R$ 30,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 15,50/saco em Sorriso e Sapezal (MT), ganhando um real por saco nesta semana, e R$ 31,00/saco em Videira e Concórdia (SC). No interior paulista o valor permaneceu em R$ 26,00/saco, enquanto o referencial Campinas ficou entre R$ 30,00 e R$ 30,50/saco CIF. Já no porto de Santos o produto esteve cotado entre R$ 29,00 e R$ 29,50/saco.
Quanto às exportações, até o início desta última semana de setembro o volume chegava a 4,3 milhões de toneladas, podendo atingir a 6 milhões no final do mês. Porém, outubro possuía apenas nomeações de navios em torno de 2,5 milhões de toneladas.
Ou seja, o grande problema é que o mercado interno está com preços mais altos do que o porto, comprometendo os embarques futuros e, com isso, ameaçando deixar um enorme estoque de passagem para 2018. Este fato poderá comprometer a estratégia dos produtores paulistas da safrinha, a qual momentaneamente vem dando resultados (reter o produto nos estoques visando aumento de preços).
Enfim, o clima passa a ser o elemento central no Centro-Sul brasileiro, pois o plantio de verão está atrasado. O anúncio do retorno das chuvas nestes próximos dias poderá aliviar esta tensão já que em muitas regiões os produtores estão plantando em solo seco.
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