Cresce a área cultivada com algodão no país
Os preços pagos pelo mercado animaram os produtores. Na Bahia, o aumento chega a 9%.
As lavouras de algodão ocupam uma área maior em Mato Grosso e na Bahia, nesta safra. O Globo Rural conversou com agricultores nos dois estados.
As folhas molhadas são a alegria dos produtores. 2018 tem sido um ano de boa distribuição de chuvas no oeste da Bahia. Seu Jair Wigliss é gerente de uma fazenda que fica em Riachão das Neves. Lá a lavoura de algodão mais que dobrou; saiu de 8 mil para 18 mil hectares. A cultura ocupa um espaço que antes era destinado ao milho e que, segundo ele, não está compensando.
Com o algodão, a projeção de preço é de R$ 98 a arroba; um aumento de 9% em relação ao ano passado. Com isso a área plantada com algodão cresceu 32% em todo o estado. E se o preço tá bom, a lavoura tá respondendo melhor ainda.
Flores do algodoeiro viram as chamadas maçãs do algodão. São delas que saem a pluma. Quanto mais flores, mais maçãs e mais produtividade. A expectativa é que a Bahia possa colher esse ano mais de 1,2 milhão de toneladas entre pluma e caroço, superando em quase 25% a última safra.
Em Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, a área também aumentou quase 19% (18,9%) em relação à safra passada.
Em Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, a área também aumentou quase 19% (18,9%) em relação à safra passada.
Os bons preços atraem o produtor. A cotação da pluma no estado chega a mais de R$ 82 por arroba (R$ 84,31) para entrega do algodão em julho. O agricultor Canísio Froelich cultivou 3200 hectares na fazenda em Primavera do Leste está confiante em uma maior produtividade.
O plantio foi feito com base numa excelente expectativa de colheita. A previsão é de mais ou menos 400 arrobas de algodão em caroço por hectare. Enquanto na safra passada foram 350 arrobas.
O plantio foi feito com base numa excelente expectativa de colheita. A previsão é de mais ou menos 400 arrobas de algodão em caroço por hectare. Enquanto na safra passada foram 350 arrobas.
A expectativa agora é para que o tempo colabore com o desenvolvimento das plantas. "Nós precisamos de sol e chuva também, porém não chuva exagerada, porque começa apodrecer as primeiras maçãs que tá se formando já”, disse o agricultor Canísio Froelich.
A previsão de safra gera expectativa no campo e também na indústria. Visitamos uma algodoeira no período de manutenção nas máquinas que vão entrar em operação em mais ou menos 3 meses. Foram comprados dois novos descaroçadores, que são equipamentos que separam a pluma do caroço.
"A gente tá fazendo expansão de 30% na nossa capacidade de beneficiamento de algodão. A gente vai sair de 10 mil hectares, para 13 mil hectares de capacidade de beneficiamento”, diz o proprietário da algodoeira Dirceu Fernando.
A área plantada com algodão aumentou quase 22% no país.
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