Criadores sentem a alta no preço do milho
Nas granjas de aves e suínos de Minas Gerais, a ração já está mais cara.
A alta do preço do milho agrada a quem produz, mas preocupa quem compra o grão para ração. No Triângulo Mineiro, os granjeiros viram o preço disparar nas últimas semanas.
Em uma fazenda em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, sogro e genro não têm descanso. E pior que o cansaço físico, é o mental. A cabeça não para de pensar nos números. O avicultor Jorge Donizete de Oliveira conta que faz contas porque o custo está alto e o preço da venda é baixo.
O que está deixando a conta difícil de fechar é algo indispensável para a criação das galinhas caipiras: o milho. Desde fevereiro o preço está lá em cima. Cada saco do grão está custando entre R$ 40, R$ 42. Há poucos meses saía por R$ 26, em média.
Aqui a criação de galinha caipira é ao velho modo: todas livres. A família ainda aproveita esse aviário que foi usado por muitos anos para confinamento de perus.
O barracão tem mil e quinhentos metros. Quando o projeto com as galinhas caipiras começou, há cinco meses, eles iniciaram usando 40% do espaço. A ideia era expandir para toda área em 3 meses. Só que por causa do alto custo do milho, não deu pra crescer como o esperado. E para falar a verdade não dá para saber nem se vai dar para continuar a produção.
Nessa granja de suínos, em Araguari, o impacto do alto custo do milho também está sendo sentido. A alimentação representa 70% dos gastos. E os 900 animais comem bastante, viu? Só de milho são 30 toneladas por mês. Isso dá uma despesa de R$ 18 mil. Em outros tempos, saía por R$ 10 mil. O quilo do porco tá indo pro mercado por R$ 3,70. O mesmo valor de custo por quilo do animal. A regra aqui agora é economizar no que der.
O gerente da granja Wilson Aparecido da Silva já diminuiu a quantidade de vezes que lava o barracão, fazendo de tudo para não desperdiçar. Para ele, o jeito é esperar a valorização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário