Publicado em 29/06/2018 16:33 e atualizado em 29/06/2018 19:07
Alexandre de Moraes acaba de rejeitar o recurso da defesa de Lula para modificar a decisão de Edson Fachin, que enviou ao plenário o pedido de liberdade do presidiário.
Moraes também não quis saber de reencaminhar o caso para redistribuição na Segunda Turma.
VERA MAGALHÃES, no ESTADÃO:
O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Lula para devolver à Segunda Turma o recurso do ex-presidente Lula. Ele manteve a decisão de Edson Fachin de mandar a ação ao plenário / Vera Magalhães.
Moraes, do STF, nega liberdade a Lula e diz que Fachin tinha amparo para levar recurso ao plenário
Por Ricardo Brito, da Reuters
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para libertar o petista, que está detido desde abril cumprindo pena após condenação no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Em decisão tomada nesta sexta-feira, Moraes também considerou que tem amparo legal a decisão do ministro Edson Fachin, que enviou outro recurso dos advogados do ex-presidente ao plenário do Supremo.
A defesa do petista entrou com uma ação --chamada de reclamação-- para tentar impedir a execução provisória da pena do petista e ainda contestar a decisão de Fachin que remeteu um recurso da defesa ao plenário em vez de ir para a 2ª Turma do STF.
Os advogados do ex-presidente queriam também que a reclamação fosse redistribuída entre um dos ministros da 2ª Turma, exceto Fachin --que tinha rejeitado por duas vezes esse pedido da defesa. Moraes é integrante da 1ª Turma.
Em sua decisão, Moraes disse que "não assiste razão a nenhuma das pretensões da defesa".
O ministro disse que a decisão de Fachin de ter determinado a remessa do processo ao plenário não feriu o devido processo legal ou o princípio do juiz natural.
"Nessas hipóteses regimentais, o Plenário do Supremo Tribunal Federal torna-se o juízo natural para a realização do devido processo legal das questões afetadas, seja pelo próprio ministro relator, seja por uma das turmas; com, obviamente, toda independência e imparcialidade necessárias para a decisão", disse.
"Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, indefiro o pedido de nova distribuição somente entre os ministros da 2ª Turma, excluída a autoridade reclamada, pois a distribuição foi regularmente realizada, nos termos do art. 67, § 8º, do RISTF, e julgo improcedente a reclamação", completou.
Lula não aceita tornozeleira (por Claudio Dantas)
O Antagonista apurou que Lula prefere ficar preso a ter de usar tornozeleira eletrônica. O ex-presidente disse aos advogados que essa questão é inegociável.
Moro ordena que Dirceu vá a Curitiba pôr tornozeleira
Sergio Moro determinou hoje que José Dirceu vá a Curitiba até 3 de julho para colocar uma tornozeleira eletrônica, registra o G1 Paraná.
Em seu despacho, o juiz federal escreveu que, como a execução provisória da pena foi suspensa –isto é, Dirceu foi solto– por decisão da Segunda Turma na terça, as medidas cautelares têm de ser retomadas.
Além da tornozeleira, o ex-ministro, que voltou para sua casa em Brasília, está proibido de deixar o país e de se comunicar com outros acusados ou testemunhas.
Gilmar Mendes relatará ações que contestam "omissão" de presidente do STF em não pautar prisão em 2ª instância
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designado nesta sexta-feira relator da reclamação ajuizada pelo PT e pelo PCdoB em que questionam uma suposta omissão da presidente da corte, Cármen Lúcia, em não incluir na pauta do plenário ações que questionam a execução antecipada da pena após o fim dos recursos em segunda instância.
Os dois partidos, apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reclamam que as ações sobre o assunto estão prontas e já deveriam ter sido apreciadas.
Lula cumpre pena desde abril após ter tido a condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) --inclusive com o fim dos recursos cabíveis-- por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).
A defesa de Lula tenta conseguir uma decisão de cortes superiores para ele deixar a cadeia.
No ESTADÃO: Veja quais os recursos de Lula no Supremo
Fonte: Estadão + O Antagonista
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