Publicado em 29/01/2019 14:21
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro apresenta boa evolução clínico-cirúrgica após ser submetido na véspera a cirurgia de 7 horas para reconstrução do trânsito intestinal e desobstrução de aderências, informou em boletim médico nesta terça-feira a equipe do hospital Albert Einstein responsável pelo procedimento.
"Após procedimento que teve duração de 7 horas, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não apresentou sangramentos ou qualquer outra complicação. Permanece afebril e sem disfunções orgânicas. Mantém-se em jejum oral, recebendo analgésicos para controle de dor, hidratação endovenosa e medidas de prevenção de trombose venosa", disseram os médicos.
De acordo com o boletim médico, Bolsonaro segue com visitas suspensas por ordem médica.
O presidente deverá ter repouso absoluto nas 48 horas seguintes à cirurgia, período durante o qual o vice-presidente, Hamilton Mourão, exerce a Presidência.
Pouco depois da divulgação do boletim, em um tuíte na sua conta na rede social, o presidente afirmou estar bem e agradeceu os médicos e as orações.
"Foram tempos difíceis, consequência de uma tentativa de assassinato que visava destruir não só a mim, mas a esperança de muitos brasileiros num futuro melhor. Agradeço a Deus por estar vivo, aos profissionais que cuidaram de mim até aqui e a todos vocês pelas orações! Estou bem", diz o tuíte.
PRESIDÊNCIA
Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, Bolsonaro deve reassumir a Presidência por volta das 10h de quarta-feira.
Uma sala do hospital Albert Einstein foi equipada para servir de gabinete para Bolsonaro poder despachar enquanto permanecer lá. Segundo o porta-voz, a expectativa é que o presidente fique internado por 10 dias.
Essa foi a terceira cirurgia do presidente como decorrência de um atentado a faca sofrido em setembro passado, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral.
Bolsonaro, de 63 anos, foi esfaqueado durante evento de campanha na cidade mineira e teve que passar por uma delicada cirurgia de emergência na Santa Casa de Misericórdia local por conta de ferimentos nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal.
Na semana seguinte, já internado em São Paulo, passou por uma segunda cirurgia para desobstrução intestinal depois que exames detectaram aderência nas paredes do intestino.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
Fonte: Reuters
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