quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Mato Grosso confirma status de risco insignificante para 'mal da vaca louca'

Mato Grosso confirma status de risco insignificante para 'mal da vaca louca'





Mato Grosso confirma status de risco insignificante para 'mal da vaca louca'
03/11/16 - 12:38 


Mato Grosso sacrificou o último animal de origem estrangeira, confirmando desta forma o status de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como "Mal da Vaca Louca". Nos últimos dois anos, foram rastreados, monitorados e sacrificados 11 animais provenientes de outros países para o Estado. Todas as ações foram acompanhadas pela Comissão de Sacrifício Animal de Mato Grosso.
O sacrifício do animal em questão ocorreu na última semana durante ação que aconteceu em uma fazenda, localizada a 96 quilômetros de Porto Esperidião, indicada para animais que venham de outros países que registraram casos de EBB.
Com o sacrifício deste último animal de origem estrangeira, segundo o gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e médico veterinário, Nilton Mesquita Jr., Mato Grosso confirma o status de risco insignificante para a doença. Ao Agro Olhar, Mesquita Jr. salienta que a partir deste momento o Estado passa a ter rebanho 100% nativo, ou seja, totalmente de origem brasileira. “É mais um passo no status sanitário de Mato Grosso”.
O animal em questão era uma vaca originária dos Estados Unidos que havia entrado ainda bezerra em 2004 e estava com 14 anos, já fora da vida produtiva.
O fiscal federal em Mato Grosso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Donizete Mesquita, destaca que 11 animais rastreados foram abatidos nos últimos dois anos. ". O caso em Porto Esperidião era o último acompanhamento de animal estrangeiro em Mato Grosso. A comissão rastreia, avalia, sacrifica e abre o processo indenizatório do animal. O monitoramento continua agora nas propriedades e frigoríficos na vigilância contínua da mitigação de risco”, 
O superintendente da Acrimat, Francisco Manzi, pontua que outro fator para a manutenção do status de risco insignificante da doença no Estado é quanto a vocação mato-grossense de "boi a pasto". “Com 80% dos animais criados exclusivamente em pastagens, as rações não contêm nenhum ingrediente de origem animal, principal fonte de contaminação da EEB. A monitoramento que vem de fora do Brasil, afasta ainda mais os riscos".
A Acrimat participou nos dois últimos casos ativamente tanto no sacrifício, quanto no processo de condução e conscientização com os produtores envolvidos. Os casos acompanhados foram um de Primavera do Leste e o de Porto Esperidião.
Procedimento
De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que integra a Comissão de Sacrifício Animal de Mato Grosso juntamente com o Indea e o Ministério da Agricultura e Pecuária, a ação seguiu o protocolo de sanidade animal, onde é obrigatória a análise de tecido encefálico para se excluir o risco de EEB. 
O material após coletado é enviado para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Pernambuco, cujos resultados são encaminhados posteriormente para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), para que seja feita a comprovação de não ocorrência da doença e manutenção do status sanitário brasileiro de risco insignificante para EEB.
A Acrimat explica ainda que o controle de entrada de animais entrangeiros em Mato Grosso é feito pela Secretaria de Defesa Agropecuária, ligada ao Mapa, e pelo Indea, através do SISBOV (sistema de rastreamento de bovinos).
Em Mato Grosso, desde os primeiros casos de EBB, qualquer animal estrangeiro que entra é avaliado. Além disso, o proprietário é orientado sobre os protocolos de sanidade. 
No caso da vaca de 14 anos sacrificada em Porto Esperidião no final de outubro, o rastreio vinha sendo realizado há algum tempo com o acompanhamento da vida útil do animal.

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