Pimenta-do-reino
Cultivo sustentável da pimenteira-do-reino é um dos destaques da Expofac 2018
Pimenta-do-reino é destaque na Expofac
Por: EMBRAPA
Publicado em 31/08/2018 às 11:08h.
Publicado em 31/08/2018 às 11:08h.
O cultivo sustentável da pimenteira-do-reino é um dos destaques da Expofac 2018 (Feira Agropecuária de Castanhal), que acontece de 2 a 9 de setembro, no parque de exposições da cidade. Uma parceria da Embrapa com a empresa Tropoc levará ao público rural e urbano cerca de dez tecnologias e boas práticas para a produção da pimenta-do-reino no Pará.
O estado é o maior produtor nacional de pimenta-do-reino com 30 mil toneladas em 2017, segundo o Censo Agropecuário do IBGE. Isso significa mais da metade da produção brasileira, que nesse ano foi de quase 53 mil toneladas. Mas a produção paraense, segundo pesquisador Oriel Lemos, da Embrapa, ainda tem obstáculos a superar, como a necessidade de estacas de madeira como tutores, o controle de doenças causadas por fungos e as viroses.
“A pesquisa vem trabalhando há décadas para melhorar o cultivo da pimenteira-do-reino na região. Muitos avanços já conseguimos e eles serão apresentados no evento”, conta o pesquisador. Ele refere-se, por exemplo, ao uso do tutor vivo de gliricídia (Gliricidia sepium L.), uma árvore leguminosa nativa da América Central, cujo tronco serve de apoio para o crescimento de plantas trepadeiras. O uso dessa planta reduz em quase 30% o custo de implantação do pimental, em comparação ao sistema tradicional com o chamado tutor morto (estacas cortadas de madeira), que além de encarecer a produção, tem um grande impacto ambiental.
Outro aspecto que os especialistas da Embrapa vão abordar é a produção de mudas sadias e com qualidade. A fusariose, causada pelo fungo Fusarium solani f sp. Piperis, é a principal doença da pimenta-do-reino no Brasil e leva a perdas de produção, produtividade e à diminuição da vida útil dos pimentais. O uso do nim indiano (Azadirachta indica A. Juss.), associado a práticas de manejo é a principal arma do produtor contra essa doença.
Experiência de mercado e rodada de conversa
A experiência da empresa Tropoc, sediada em Castanhal, uma das maiores exportadoras de pimenta-do-reino do Brasil, será apresentada na programação do evento, no dia 07/09, às 10h, no auditório do Sindicato Rural. Com entrada franca, a apresentação da experiência mostra na prática porque esse produto é tão importante para a região.
Em 2017, a empresa exportou quase 7 mil toneladas do produto para a Europa e EUA dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade. Fernando Ferreira, diretor de manufatura, explica: “implantamos um rigoroso processo de rastreabilidade que vai desde o monitoramento no campo até o beneficiamento e embarque da pimenta para o mercado internacional”. Atualmente fazem parte dessa cadeia produtiva junto com a empresa Tropoc, 516 produtores de 17 municípios paraenses.
Uma rodada de conversa sobre o cultivo da pimenteira-do-reino entre pesquisadores, industriais e produtores acontece também na programação da feira. Será no dia 07/09, de 14h às 17h, no estande da Embrapa e Tropoc, no Modelo Rural (Emater).
Mandioca e pecuária de corte
A Embrapa participa também de dois workshops técnicos que fazem parte da programação da Expofac 2018. Os eventos da cadeia produtiva da mandioca, no dia 04/09, e da pecuária de corte, no dia 05/09, acontecem às 9h, no auditório do Sindicato Rural, e contam com a participação de especialistas da instituição que vão apresentar as tecnologias já disponíveis para esses temas. A entrada é gratuita. O estande da Embrapa e Tropoc na feira fica no Modelo Rural (Emater) e funciona para atendimento ao público sempre de 18h30 às 22h30 durante todo o período da Expofac 2018.
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