ESTUDO
“A pesquisa é fundamental na geração do conhecimento técnico para a tomada de decisão do Mapa"
Especialistas propõem controle regional do Greening
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Publicado em 27/09/2018 às 07:22h.
Publicado em 27/09/2018 às 07:22h.
Um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), juntamente com alguns parceiros internacionais, está propondo uma alteração de regulamentação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle regional do inseto-vetor, o psilídeo-asiático-dos-citros (Diaphorina citri), causador do Huanglongbing (HLB), ou Greening. A doença é uma das que mais causa prejuízos aos citros no País.
De acordo com o coordenador-geral de Proteção de Plantas do Departamento de Sanidade Vegetal, vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Paulo Parizzi, a Instrução Normativa Mapa nº 53, de 16 de outubro de 2008, fala sobre a contenção da doença, mas não sobre o controle do inseto. Ele afirma que o ministério entende a importância de novas pesquisas para a área.
“A pesquisa é fundamental na geração do conhecimento técnico para a tomada de decisão do Mapa. Estamos totalmente de acordo com esse estudo. O controle do vetor do HLB é imprescindível para conter a doença. Temos de encontrar uma forma legal de incluirmos essa ação durante a revisão da IN 53/2008”, comenta.
Os estudos atuais sobre o tema indicam que qualquer unidade de produção com pelo menos 28% de árvores com sintomas deve ser removida completamente. Segundo o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Francisco Laranjeira, coordenador do portfólio de Sanidade Vegetal, o controle regional pode ser de grande auxílio para os produtores, pois vai impedir de que os insetos se espalhem.
“Com esse trabalho, conseguimos mostrar que existe um conflito na determinação de remover, de tempos em tempos, todas as plantas dos pomares com mais de 28% de plantas sintomáticas. Em uma escala regional, demonstramos que isso não é suficiente [para controlar a doença]. É preciso reduzir a população do inseto-vetor. A instrução normativa só atua em relação à planta e é omissa quanto ao vetor”, conclui.
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