terça-feira, 30 de abril de 2013

A escola necessita se “transalfabetizar”

Inter Press Service - Reportagens 30/4/2013 - 10h40 por Clarinha Glock, da IPS n118 300x199 A escola necessita se “transalfabetizar” A alfabetização de hoje implica saber o que é código, documento e atualidade, afirma Divina Frau-Meigs. Foto: Cortesia Mila Petrillo/Andi Porto Alegre, Brasil, 30/4/2013 – É necessário um novo contrato social na educação, que incorpore plenamente a informática e a concepção dos direitos humanos do século 21, afirmou em entrevista à IPS a doutora em meios de comunicação francesa Divina Frau-Meigs. Professora de estudos americanos e de sociologia da mídia na Universidade de Sorbonne Nouvelle Paris 3, Frau-Meigs afirma que professoras, professores e estudantes devem assumir plenamente a transalfabetização. Trata-se de “saber ler, escrever, calcular e computar. Contudo, computar inclui entender estas três categorias de informação: código, documento e atualidade/imprensa”, afirmou Frau-Meigs, assessora do Conselho da Europa e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Em visita ao Brasil para participar de um seminário, a especialista conversou longamente com Clarinha Glock. A seguir um resumo da entrevista. IPS: O que é a transalfabetização? DIVINA FRAU-MEIGS: É saber ler, escrever, calcular e computar. Contudo, computar inclui entender estas três categorias de informação: código, documento e atualidade/imprensa. Deve-se capacitar alunos e docentes. O papel da escola é esclarecer e permitir às pessoas entender todo tipo de conteúdo, modificá-los e comentá-los. IPS: Qual é o principal obstáculo? DFM: Os estudantes acreditam que sabem tudo, a partir de sua perspectiva de lidar com computadores e tablets. E os professores dizem que se os alunos tiverem bons conhecimentos para ler e escrever é suficiente. É necessário romper essas resistências com sensibilização, em aulas práticas. Por exemplo: peço aos alunos que procurem toda informação que precisam para seus projetos. Eles respondem: “há milhões de dados, não sei por onde começar”. Ensinar a eliminar, avaliar, qualificar, assessorar, mudar, esse é o papel da escola. É uma maneira de aprender a aprender, que é o que devemos voltar a colocar no centro do projeto curricular. IPS: Como aplicar estas propostas em países onde o pessoal docente ainda é mal remunerado? DFM: Não estou certa de que se deva colocar o salário em primeiro lugar. Por isto falo da necessidade de estabelecer um novo contrato social. Devemos voltar a decidir que a escola importa, que a alfabetização importa e que hoje em dia é imprescindível a alfabetização eletrônica. Uma vez que estejamos de acordo sobre qual é nossa missão, aí sim poderemos discutir salários e condições dentro e fora da aula. A transalfabetização não ocorre somente na escola. Os ritmos escolares mudam, porque os alunos podem se conectar à noite, fora da sala do ambiente escolar. O papel do professor também será diferente. É preciso valorizar seu salário, mas sabendo o que requer para sua formação e as novas condições de horários, ritmos e recursos. A decisão deve ser compartida pelo por docentes, ministérios, sindicatos, empresas e estudantes, tal como um novo contrato social. IPS: E como seria esse novo contrato social? DFM: Desde o século 19, o contrato social tem sido de uma escola livre, pública – embora muitas sejam privadas – e secular. Deve-se incorporar a ela o caráter de “aberta” mediante a informática, que dá acesso a muitos conteúdos de outros países e culturas. Com a informática, as ideias podem ser desenvolvidas ao máximo. E, se a utilizarmos bem, poderá empoderar a todos. Também é necessário ampliar o contrato com a concepção dos direitos humanos que não existia no século 19. Em 1948, depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), nasceram os direitos humanos universais e a internet. As duas ferramentas – moral e técnica – nasceram ao mesmo tempo. É preciso tornar os jovens partícipes de um futuro positivo. Isto se faz com valores. Queremos ser pessoas criativas, expressivas, dignas, participativas, educadas. É isso o que motivará as pessoas a irem à escola e também a mudá-la. Construído o consenso, depois virá a discussão sobre salários e recursos. IPS: E como está sendo implantado este novo contrato social na França? DFM: O problema francês, como o de outros países, é a mudança de escala. Há experiências de tamanho pequeno que já funcionam em escolas. Mas um sistema laico, secular, público, aberto e livre tem de ser acessível a todos. Agora, em maio, teremos uma reunião em Lyon com funcionários dos ministérios. Devemos convencer os que tomam as decisões, porque se eles não nos acompanham, não promoveremos esta mudança. IPS: Não se trata apenas de dotar as escolas de computadores… DFM: Absolutamente, não. Inclusive em países pobres muitas pessoas têm um portátil. Os preços estão baixando, cada vez há mais aplicativos livres e abertos, pode-se baixar tudo, e quanto mais, melhor. Mas é preciso capacitar sobre transalfabetização para entender o desenho das plataformas, como editar seus conteúdos e utilizar o que existe, avaliá-lo, informá-lo e arquivá-lo. Para isto já temos pessoas formadas, invisíveis ao sistema, que são os bibliotecários. Eles se informatizaram há tempos. Na França, estamos capacitando-os para que também sejam formadores/educadores. A expressão oficial é “professor bibliotecário”: não são apenas ajudantes, podem mostrar às crianças a informação como código, como documento e como atualidade, algo que os professores em geral não fazem. Seu papel é saber buscar, questionar, fazer boas perguntas e depois, quando se obtém resultados, selecionar, guardar e agregar todas as ideias para fazer um documento próprio do aluno. Não estamos começando do zero. A Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias, com sede na Holanda, é forte e tem filiais em cada país. IPS: Quais diretrizes a União Europeia emprega para regular os meios de comunicação? DFM: A diretriz Televisão Sem Fronteiras foi revista e transformada em Serviços de Comunicação Audiovisual. As empresas europeias não podiam, por exemplo, fazer publicidade de produtos nos filmes. Protestavam porque estavam perdendo a batalha contra os norte-americanos, pois estes podiam. Isto foi concedido e também mais espaço para publicidade. Como contrapartida, decidimos incentivar os países a fazerem educação para a mídia. O Parlamento Europeu fez uma recomendação e as diretrizes estão em vigor desde 2010. A ideia está avançando, mas não recebeu mais recursos, então precisamos dividir o que existe para uma nova tarefa. O risco é que a educação para a mídia acabe sendo privatizada, porque a escola não pode fazê-la. IPS: E o que é a Hollyweb? DFM: A Hollyweb é uma associação entre os maiores produtores de mídia clássica e audiovisuais com os principais meios digitais, como Google, Disney, General Electric, Microsoft, Apple. Alguns estão se transformando em editores de conteúdos, têm escolas e penetram em outras. Já o faziam antes, mas, com as oportunidades de autopublicação e produção de conteúdos a baixo custo, aproveitam para vender seus serviços. É um sistema que está semiprivatizado. O problema não é os conteúdos serem bons ou maus, mas o princípio, a maneira de organizar sua distribuição na escola. Isto não é gratuito, tem um preço que devemos avaliar em termos de valores. Envolverde/IPS (IPS) [

OIT diz que políticas sociais combatem trabalho infantil

30/4/2013 por Edgard Júnior, da Rádio ONU

União Europeia suspende pesticidas que seriam prejudiciais para abelhas

30/4/2013 por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil n419 294x300 União Europeia suspende pesticidas que seriam prejudiciais para abelhasA Comissão Europeia aprovou nesta segunda-feira (29) a suspensão por dois anos de três pesticidas da família dos neonicotinóides (tioametoxam, imidacloprid e clotianidin) que foram considerados perigosos para a população de abelhas do continente. Quinze Estados-membros votaram a favor da suspensão, oito foram contrários e quatro abstiveram-se. Foram a favor: Espanha, Alemanha, França, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Estónia, Chipre, Letônia, Luxemburgo, Eslovênia, Malta, Holanda, Polônia e Suécia. Já Reino Unido, Itália, Portugal, República Checa, Áustria, Hungria, Romênia e Eslováquia foram contrários argumentando que a decisão prejudicará a produção de alimentos. Por não ter sido alcançada a maioria qualificada necessária para a aprovação imediata da suspensão, ficou a cargo da Comissão Europeia decidir se adotaria ou não a medida. Foi então que o comissário europeu para a Saúde e Defesa do Consumidor, Tonio Borg, não deixou dúvidas de que a partir de dezembro os pesticidas estarão suspensos. “Prometo fazer o meu melhor para garantir que as nossas abelhas, que são tão vitais para o nosso ecossistema e contribuem com mais de 22 mil milhões de euros anuais para a agricultura europeia, estejam protegidas”, declarou Borg. A decisão foi comemorada por entidades ambientais e pela Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (AESA), que formalizou o pedido pela suspensão. Em janeiro, a AESA apresentou uma análise declarando que os neonicotinóides representam uma série de riscos às abelhas. A Bayer, uma das fabricantes dos pesticidas suspensos, negou que seu produto faça mal às abelhas. “Estamos convencidos de que os neonicotinóides são seguros quando utilizados de maneira responsável. As evidências científicas disso não foram levadas em conta no processo político de decisão pela suspensão.” No Brasil, o IBAMA publicou em outubro um estudo sobre os efeitos dos agrotóxicos sobre as abelhas silvestres. A publicação é um levantamento que destaca a importância do serviço ambiental de polinização, os principais agentes polinizadores nas diversas regiões do país e os efeitos dos agrotóxicos nas abelhas silvestres, abordando os efeitos letais e subletais. * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil. (CarbonoBrasil)

Aldeões convertidos em “perfuradores de água” no Zimbábue

Inter Press Service - Reportagens 30/4/2013 - 10h36por Jeffrey Moyo, da IPS

Brasil conseguirá eliminar a pobreza extrema, diz Pnud

30/4/2013 por Pedro Peduzzi, da Agência Brasil n720 300x178 Brasil conseguirá eliminar a pobreza extrema, diz PnudBrasília – O representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Jorge Chediek, disse que o Brasil conseguirá cumprir uma das principais promessas da presidenta Dilma Rousseff e tirar toda a população da pobreza extrema. Ele falou depois de conhecer o estudo Vozes da Nova Classe Média, divulgado hoje (29) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Segundo ele, as políticas do governo brasileiro para a nova classe média influenciarão a Organização das Nações Unidas (ONU). “Vemos que políticas públicas sociais e econômicas farão com que o Brasil atinja o resultado de 100% de redução da pobreza extrema. E a ONU tem um compromisso assumido de combate à pobreza. Pensamos muito nisso, mas [pensamos] pouco no ponto de chegada, que é a classe média. É muito útil o Brasil estar pensando neste ponto de chegada”, disse o representante do Pnud. Ministro da SAE e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Marcelo Neri disse que “o fim da miséria é apenas o começo”. Segundo ele, a desigualdade teve uma “queda espetacular”, após o índice de Gini ter caído de 0,64 para 0,54 nos últimos dez anos. Esse índice, pelo qual zero representa a igualdade total de renda, é um dos mais usados para comparações socioeconômicas entre países. “Em 2012, mesmo com [baixo crescimento do PIB] o chamado Pibinho, 35% das pessoas subiram [de nível social], enquanto 14% caíram. Isso mostra que o país vive mais prosperidade e oportunidade, e menos desigualdade”, acrescentou o ministro Marcelo Neri, após apontar a Carteira de Trabalho como maior símbolo da classe média. Para Jorge Chediek, os números apresentados pelo estudo “são impressionantes”. Ele avalia que a formalização do emprego foi fundamental para os bons resultados. “O que mais melhorou a situação do país foi a criação de empregos. [Também] por isso é muito importante conhecer a classe média”, acrescentou. “A presidenta Dilma Rousseff disse que quer fazer do Brasil um país de classe média. Queremos influenciar a política e ampliá-la para fazer, também do mundo, um mundo de classe média” O estudo Vozes da Nova Classe Média mostra a contribuição do empreendedor para a expansão da nova classe média brasileira. Tem como um dos destaques o aumento na formalização dos empregos. Entre as conclusões que se pode tirar com base no estudo está a de que 40% dos postos de trabalho disponíveis foram gerados a partir de pequenos negócios. Dos 15 milhões de novas vagas abertas entre 2001 e 2011, 6 milhões foram criadas pelos empreendimentos de pequeno porte. Além disso, 95% delas são empregos formais. Ainda de acordo com o estudo, 39% do total de remunerações do país estão relacionadas a pequenos empreendedores – volume que supera os R$ 500 bilhões por ano. * Edição: Beto Coura ** Publicado originalmente no site Agência Brasil. (Agência Brasil) [

Frutas e vegetais melhoram humor, diz estudo

30/4/2013 por Redação CicloVivo

Mulheres, as mais afetadas pela escassez de milho em Malawi

Inter Press Service - Reportagens 30/4/2013 por Mabvuto Banda, da IPS

Análise revela cultivares de tomate orgânico mais produtivos

30/4/2013

MRE alemão apoia cooperação com Moçambique

1.05.2013, 08:03, hora de Moscou O ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, defendeu terça-feira o reforço da relação bilateral com Moçambique, afirmando que as descobertas de recursos minerais, potencial econômico e o desenvolvimento democrático estável constituem motivos para intensificação dessa cooperação. Falando aos jornalistas em Maputo, Guido Westerwelle disse que o bom estágio de estabilidade democrática e a descoberta de enormes recursos minerais "abarcam um enorme potencial" para Moçambique, país com o qual a Alemanha pretende continuar a cooperar. "As descobertas de recursos minerais, o potencial económico existente, desenvolvimento democrático estável, todos esses fatores são para nós um motivo para intensificarmos a cooperação com este país que tem grandes oportunidades", disse. Guido Westerwelle iniciou na segunda-feira uma visita de três dias a Moçambique, para manter um encontro com o homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi, e visitar empreendimentos socio-econômicos que são apoiados pela Alemanha, um dos principais parceiros de Moçambique, que este ano vai canalizar 61,3 milhões de euros para o Orçamento Geral do Estado (OGE) do país. O chefe da diplomacia alemã considerou que "Moçambique atingiu um bom estágio de estabilidade democrática" e anunciou que a Alemanha vai abrir, em breve, na capital moçambicana, Maputo, a sua representação da Câmara de Comércio e Indústria da África Austral. Por seu lado, o ministro das Relações Exteriores moçambicano considerou, no entanto, que os aspectos a abordar na cooperação entre Moçambique e Alemanha são "muito pouco" até porque o nível das relações existentes "já são bastante profundas". Contudo, assinalou o governante moçambicano, "há um elemento que merece uma atenção grande, que é o apoio de que Moçambique necessita para gerir com equilíbrio, inclusão e sustentabilidade os rendimentos provenientes dos recursos minerais". Para Oldemiro Baloi esse "não é, naturalmente, um elemento novo, mas um elemento de aprofundamento sobre como os moçambicanos têm de se armar sob o ponto de vista de capital humano, infraestruturas, desenvolvimento de pequenas e médias empresas para garantir todos os benefícios decorrentes de novos recursos descobertos ou já existentes, mas cuja exploração deve ser melhorada". -- Angop

Lucro do Itaú Unibanco fica praticamente estável no 1º tri, calotes caem

Lucro do Itaú Unibanco fica praticamente estável no 1º tri, calotes caem terça-feira, 30 de abril de 2013 Por Alberto Alerigi Jr. e Guillermo Parra-Bernal SÃO PAULO, 30 Abr (Reuters) - O Itaú Unibanco teve lucro praticamente estável no primeiro trimestre, com os gastos menores com a indimplência compensado a redução das margens na concessão de crédito, à medida que o banco migra para linhas de financiamento mais seguras. O maior banco privado do Brasil anunciou nesta terça-feira lucro líquido de 3,472 bilhões de reais no período, 1,4 por cento maior do que o lucro de 3,426 bilhões de reais apurado no mesmo intervalo do ano passado. O lucro recorrente, que exclui itens extraordinários, somou 3,512 bilhões de reais entre janeiro e março, praticamente estável ante os 3,544 bilhões de reais do primeiro trimestre de 2012, mas acima das estimativas. Onze analistas consultados pela Reuters esperavam, em média, lucro recorrente de 3,45 bilhões de reais. "Os números são efeito de mudança do mix de carteira, em que mudamos de riscos maiores para menores", disse o diretor corporativo de controladoria do Itaú, Rogério Calderón, em teleconferência com jornalistas. De fato, o banco viu uma queda de 10,8 por cento na margem financeira com clientes. Esse movimento refletiu não apenas a opção pelo foco em financiamentos mais seguros --e que oferecem margens menores--, como o imobiliário e o consignado, como também o baixo crescimento da carteira como um todo. No fim de março, a carteira de crédito do grupo era de 434,239 bilhões de reais, 8,4 por cento maior que um ano antes. A previsão do banco é de crescimento de 11 e 14 por cento de seu estoque de financiamentos no acumulado de 2013. Adicionalmente, a margem financeira com o mercado, que mostra o desempenho da tesouraria do banco, caiu 37,7 por cento na comparação anual, para 597 milhões de reais, pressionando a última linha do balanço. Os resultados reforçaram tendência de fraqueza do lucro do setor bancário no país, que tem sofrido com a pressão do governo para reduzir os custos dos financiamentos, com a relutância dos consumidores endividados em tomar novos empréstimos e com dois anos de fraca atividade econômica.

Apple impressiona mercado com emissão histórica de US$17 bi em bônus

Apple impressiona mercado com emissão histórica de US$17 bi em bônus terça-feira, 30 de abril de 2013 19: Por John Balassi e Josie Cox NOVA YORK/LONDRES, 30 Abr (Reuters) - A Apple impressionou os mercados de dívida nesta terça-feira com a maior emissão de dívida não bancária na história, precificando impressionantes 17 bilhões de dólares em bônus como parte da mudança de estratégia da gigante norte-americana da computação para aplacar acionistas inquietos. Apenas uma semana após anunciar a primeira queda em seu lucro trimestral em uma década, a Apple foi ao mercado com uma imensa operação para captar recursos para um ambicioso programa que vai reverter 100 bilhões de dólares a detentores de ações da companhia. Fontes disseram que investidores quase não conseguiram registrar pedidos com velocidade suficiente para entrar na emissão de bônus da Apple, a única grande companhia do setor tecnológico sem um centavo de dívida em seu balanço até agora. A operação de seis tranches, todas denominadas em dólares, atraiu mais de 50 bilhões de dólares em pedidos até o meio-dia em Nova York --um montante imenso de demanda até no atual clima agitado dos mercados de dívida. "Todos querem a Apple em seu portfólio", disse o gestor do First Investors Management, Rajeev Sharma, ao IFR, um serviço da Thomson Reuters. O montante de 17 bilhões de dólares supera facilmente a transação que ocupava o posto de maior emissão da história, segundo dados da Thomson Reuters/IFR, um acordo de 14,7 bilhões de dólares da AbbVie, empresa resultante de uma cisão da Abbott Laboratories, em novembro passado. Mais cedo nesta terça-feira, uma fonte disse que a Apple informou a possíveis investidores que essa seria a única operação de dívida da companhia no ano, aparentemente descartando esperanças de emissões em euros ou libras esterlinas, e ajudando a alimentar a demanda pela megatransação que foi coordenada por Deutsche Bank e Goldman Sachs. Embora a Apple tenha 145 bilhões de dólares em caixa, apenas 45 bilhões de dólares estão prontamente disponível nos Estados Unidos --o que significa que a Apple precisa captar cerca de 60 bilhões de dólares ao longo dos próximos três anos para financiar o programa de retorno de capital aos seus acionistas.

Petrobras vende participação de blocos no Golfo do México

Petrobras vende participação de blocos no Golfo do México terça-feira, 30 de abril de 2013 20:43 RIO DE JANEIRO, 30 Abr (Reuters) - A Petrobras informou nesta terça-feira que assinou contrato de venda de participação de alguns de seus blocos no Golfo do México, como parte de um robusto programa desinvestimentos com objetivo de focar esforços em projetos prioritários como o desenvolvimento do pré-sal. A estatal vendeu fatia de 20 por cento nos exploratórios KC 49, 50, 92, 93, 94 e 138, que compõem o ativo batizado de Gila e têm como operadora a British Petroleum (BP). A estatal receberá pela transação 110 milhões de dólares, além de participação em um bloco exploratório adjacente ao campo de Tiber, no qual já está presente e onde já houve descoberta. A empresa não informou o comprador. "Esta operação faz parte do programa de desinvestimento da Petrobras, previsto no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, e sua efetivação está sujeita à manifestação acerca do exercício do direito de preferência e à aprovação do Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), órgão regulador nos Estados Unidos", informou a Petrobras, em comunicado ao mercado. A Petrobras informou no seu plano de negócios divulgado em março que os desinvestimentos serão de 9,9 bilhões de dólares, ante 14,8 bilhões previstos no plano anterior, no ano passado. A estatal pretende vender a maioria ativos, no Brasil e exterior, ainda em 2013. Além de seus ativos no Golfo do México, a Petrobras havia colocado à venda refinarias e blocos na Tanzânia, bem como outros ativos de distribuição na Argentina. (Por Sabrina Lorenzi) BRT

Tempo curto para aprovação ameaça MP dos Portos, dizem fontes

Tempo curto para aprovação ameaça MP dos Portos, dizem fontes terça-feira, 30 de abril de 20 Por Jeferson Ribeiro BRASÍLIA, 30 Abr (Reuters) - A aprovação da Medida Provisória dos Portos é vista com preocupação pelo governo, que já trabalha com a possibilidade de a MP não ser aprovada pelo Congresso, disseram à Reuters duas fontes do governo nesta terça-feira. A MP dos Portos, considerada pela presidente Dilma Rousseff como uma medida essencial para dar competitividade ao setor, um dos principais gargalos para o crescimento do país, tem que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até 16 de maio, caso contrário perderá a validade. O vencimento da MP seria o primeiro marco regulatório proposto por Dilma a naufragar no Congresso, o que representaria uma grande derrota e abriria margem para novas críticas da oposição e dos possíveis candidatos à Presidência em 2014. As duas fontes do governo, que falaram sob condição de anonimato e tiveram acesso às negociações da MP, consideram que o principal problema para a tramitação da matéria foi a condução das conversas com o Congresso, que ficou sob a responsabilidade da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. As fontes também apontaram a insistência de Dilma em alguns pontos da proposta como dificuldade adicional. Gleisi e o relator da MP dos Portos, o senador e líder do governo no Senado Eduardo Braga (PMDB-AM), travaram ásperas discussões durante as negociações a ponto de o parlamentar se negar a conversar com a ministra durante parte das reuniões, disse um peemedebista à Reuters. Uma das fontes afirmou que havia, inclusive, expectativa no governo de que a MP não fosse sequer aprovada na comissão mista do Congresso que analisou o texto e que esse avanço foi mais um "lance de sorte" do que fruto de um acordo. De fato, a sessão da comissão quase foi cancelada na semana passada e somente depois de uma extensa reunião entre as lideranças partidárias é que se chegou a um acordo mínimo de procedimentos para aprovar o relatório de Braga na comissão especial 13 20:31 BRT

Produtividade do milho deve alcançar 88 sacas/ha em Mato Grosso

Produtividade do milho deve alcançar 88 sacas/ha em Mato Grosso terça, 30 de abril de 2013 às 16:57 O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que a produtividade do milho atinja 88 sacas por hectare, aumento de oito sacas em relação a última avaliação feita pelo instituto. O aumento se deve principalmente às às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da cultura ocorridas até então. Os ganhos em produtividade devem aumentar ainda mais caso haja precipitação de chuvas nos próximos dias, se aproximando da média recorde da safra passada. De acordo com dados do Somar durante maio as precipitações devem ocorrer em maior volume somente na metade do mês, entre os dias 11 e 14. A região sudeste do Estado deve receber o maior volume de chuvas, 75 mm durante todo o mês, sendo 71 mm deles concentrados durantes os dias citados. O mesmo pode ser observado nas regiões oeste e centro-sul, entretanto com volumes de 72 mm e 71 mm cada. O índice pluviométrico na região médio-norte, além de menor, previsão de apenas 48 mm para todo o mês, deverá ser de chuvas mais esparsas, com precipitações que não passam de 5 mm por dia. As médias históricas para estas regiões no mês de maio variam entre 47 mm e 56 mm de chuvas, abaixo da média esperada para o próximo mês. A maioria das lavouras de milho em Mato Grosso encontra-se agora na fase de enchimento de espiga e em muito bom desenvolvimento. Fonte: IMEA

Calendário de vacinação contra aftosa é alterado

Calendário de vacinação contra aftosa é alterado Os estados do Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas, além de parte dos municípios de Minas Gerais e Pernambuco, terão alterações no calendário da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, que começa nesta quarta-feira, 1º de maio. A informação foi divulgada por meio de nota técnica pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). terça, 30 de abril de 2013 às 20:04 A vacinação foi adiada para junho no Rio Grande do Norte e nos municípios do Agreste e Sertão de Pernambuco e para julho em Sergipe e Alagoas. Em Minas Gerais, o prazo foi prorrogado para 30 de junho em 112 municípios (nas coordenadorias regionais de Amenara, Janauba e Montes Claros). Apesar não haver alterações no calendário da Bahia, 261 municípios do estado que decretaram situação de emergência serão acompanhados. Caso necessário, poderá ser adotada uma nova estratégia com tratamento diferenciado aos produtores que comprovarem não ter condições de vacinar seus animais. “A flexibilização nessas localidades é justificada pela falta de chuvas, que tem comprometido o abastecimento de água e até mesmo a alimentação dos rebanhos”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques. No restante do país, a programação segue inalterada. Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e Distrito Federal começam em maio a vacinação de todo o rebanho de bovinos e bubalinos, sendo que Amazonas e Pará iniciaram em março o processo de imunização. Já nos estados do Acre, Espírito Santo, Paraná, Rondônia (onde a campanha começou em abril) e São Paulo serão vacinados os animais com idade abaixo de 24 meses. A expectativa do Ministério da Agricultura é que 166 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira etapa. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, o sucesso da campanha depende também da participação ativa dos produtores. “Estamos próximos de reconhecer o Brasil como livre de aftosa com vacinação, mas para isso é necessário que os produtores também colaborem, vacinando corretamente o gado e mobilizando os vizinhos para a campanha”. Fonte: MAPA

Soja transgênica motiva viagem de ministro à China

Soja transgênica motiva viagem de ministro à China O ministro da Agricultura, Antonio Andrade, viaja na sexta-feira a Pequim para negociar prazos para liberação comercial de novos tipos de soja transgênica tolerantes a herbicidas e resistentes a pragas cuja agressividade têm ampliado os estragos na produção brasileira 30/04/2013 16:40 Canal do Produtor Andrade também pedirá às autoridades chinesas a retomada das importações de carne bovina, suspensas pelo país asiático desde o anúncio, em dezembro de 2012, do caso atípico de "vaca louca" no Paraná. No caso da soja, a estratégia será mostrar o tema como questão de Estado por envolver a Embrapa, uma empresa pública brasileira, nas negociações. O "escudo" servirá para arrefecer a crescente rejeição dos chineses à tecnologia transgênica, avalia-se no governo. A China ainda não concedeu registro comercial a novas variedades transgênicas. Entre elas, estão a Cultivance, desenvolvida pela parceria entre a Embrapa e a multinacional Basf, e a Intacta RR2, propriedade da americana Monsanto. Em virtude disso, as variedades ainda não foram lançadas comercialmente no mercado brasileiro. A RR2 obteve aprovação no Brasil em agosto de 2010, e já está liberada em 12 outros países e na União Europeia, segundo a empresa. A demora no sinal verde para a importação preocupa os produtores, que estão impedidos de plantar essas novas sementes em razão da rejeição chinesa, maior mercado mundial para a soja brasileira. A cultivar da Monsanto, por exemplo, promete colheita de quase 60 sacas de 60 quilos por hectare - na média, a Conab prevê uma colheita de 49,3 sacas na safra 2012/13 -, além de garantir resistência à lagarta Helicoverpa armigera, cujos estragos superam R$ 2 bilhões entre elevação de custos e perda de produtividade. Nos bastidores, informa-se que a múlti poderia atender a 10% da área plantada no Brasil com a RR2, ou 2,7 milhões de hectares. Há duas semanas, o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, e o senador Blairo Maggi (PR-MT), estiveram em Pequim para tratar do tema. E, pelo relato, os chineses estão refratários aos novos transgênicos. "Ficou nítido o interesse das empresas por soja convencional", afirma Silveira. "Nos foi colocado que a grande massa é menos sensível à diferenciação transgênico e convencional. Compra o mais barato. Mas uma parcela da população chinesa melhor colocada financeiramente teria preferência por produtos não transgênicos". Nesse contexto, empresas importadoras mostraram interesse em criar um mercado específico para a soja convencional, mesmo se tiverem que pagar mais. Notícias de Transgênicos

Setor de implementos agrícolas fatura 15% mais no 1º trimestre

Setor de implementos agrícolas fatura 15% mais no 1º trimestre O faturamento nominal da indústria de máquinas e implementos agrícolas das empresas ligadas à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) somou R$ 2,721 bilhões de janeiro a março deste ano, aumento de 15,5% sobre o mesmo período do ano passado 30/04/2013 19:00 Idea Online As exportações do segmento totalizaram US$ 210,023 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 19,1% sobre os três primeiros meses de 2012. E contrariando a tendência observada nos últimos tempos, as importações de máquinas e implementos agrícolas registraram recuo de 21,4%, para US$ 153,570 milhões, na mesma base de comparação. O nível de utilização da capacidade instalada foi de 78,57% no mês passado ante 80,86% em março de 2012. Os números são da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq. O novo presidente da CSMIA, o empresário Gilberto Zancopé, tomou posse hoje, durante o primeiro dia da feira de tecnologia agrícola Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). A solenidade contou com a presença de várias autoridades, entre elas, os ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Antônio Andrade e Pepe Vargas. Zancopé vai cumprir mandato de dois anos, que se encerra em maio de 2015. Atualmente é sócio-fundador da Montana Agriculture. Durante sua posse, Zancopé disse que o Brasil tem condições de "em uma geração atingir uma produção anual de 1 bilhão de toneladas de grãos". Ele enfatizou que sua função à frente da entidade é articular com as diversas esferas, principalmente a governamental, para atingir a "ambiciosa meta de ser o celeiro do mundo". Hoje também foi assinado um acordo inédito de cooperação técnica entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Escola Politécnica da USP (Poli) e a CSMIA. Negociado entre as três instituições há quase um ano, o acordo tem por objetivo apoiar os associados da CSMIA no desenvolvimento de projetos, realização de ensaios e capacitação, e deve representar importantes avanços tecnológicos, aprimoramento técnico e redução de custos de produção. Notícias de Máquinas e Implementos

Grupo Marfrig estimula a produção de carne de alta qualidade na 2ª etapa do Circuito Feicorte

Grupo Marfrig estimula a produção de carne de alta qualidade na 2ª etapa do Circuito Feicorte O Grupo Marfrig terá presença efetiva em debates e na disseminação de conhecimento sobre pecuária sustentável em mais uma etapa do Circuito Feicorte, evento que percorre cidades brasileiras para levar informação e tecnologia aos pecuaristas, que acontecerá em Palmas (TO), entre os dias 6 e 7 de maio 30/04/2013 18:30 Texto Assessoria de Comunicação Nos debates propostos em dois dias de workshop o representante da Marfrig, Maurício Manduca, Trader de Commodities Inteligência de Mercado, debaterá, no dia 7, das 9h às 9h40, sobre produção de carne de qualidade sob a visão da indústria. Como patrocinadora máster, a Marfrig também terá um estande para disseminação dos conceitos do Marfrig Club, programa criado com o objetivo de profissionalizar as relações entre o Grupo Marfrig e seus fornecedores de gado, garantindo um processo sustentável, responsável e qualificado de produção, do início ao fim da cadeia produtiva. Sobre o Grupo Marfrig O Grupo Marfrig é uma das maiores empresas globais de alimentos à base de carnes de aves, bovina, suína, ovina e de peixes, além de massas, margarinas, vegetais congelados e sobremesas. Sua plataforma operacional diversificada e flexível é composta por unidades produtivas, comerciais e de distribuição instaladas em 18 países e em 5 continentes. Considerada uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas e diversificadas, seus produtos estão presentes hoje em 150 países. Com mais de 91 mil colaboradores, o Grupo Marfrig é o maior produtor de ovinos na América do Sul, o maior produtor de aves do Reino Unido e a maior companhia privada no Uruguai e na Irlanda do Norte. É também a 3ª maior produtora e exportadora brasileira de carnes de aves e suínos. Para maiores informações sobre o Grupo Marfrig, acesse www.marfrig.com.br. Notícias de Pecuária

Presidente da Agrishow critica medidas do governo sobre o etanol

Presidente da Agrishow critica medidas do governo sobre o etanol O presidente da Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola - criticou durante a abertura do evento nesta segunda-feira (29) em Ribeirão Preto (SP) os atuais incentivos do Governo Federal para a produção de etanol no país 30/04/2013 18:20 Portal G1 Maurílio Biagi classificou o aumento no percentual de etanol na gasolina como ‘vergonhoso’. “O aumento da mistura de 20% para 25% de etanol na gasolina é visto como uma maravilha. Só não disseram que antes a quantidade era essa e ela foi reduzida. Isso é uma vergonha, uma burrice do governo não ficar incentivando a produção de etanol para evitar esse déficit de 8 milhões de dólares para a Petrobras no primeiro trimestre”, afirma. A medida a qual Biagi se refere foi anunciada pelos ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Edison Lobão, de Minas e Energia, e passa a valer a partir de 1º de maio através de medida provisória. Para a renovação de canaviais e plantio de novas áreas, o governo vai liberar este ano, dentro do programa Prorenova, uma linha de crédito de R$ 4 bilhões. A novidade é que os juros caíram de 9,5% para 5,5% ao ano. Para a estocagem de etanol, a linha de crédito é de R$ 2 bilhões. Os juros também diminuíram de 8,7% para 7,7% ao ano. Sobre os financiamentos de estocagem de produto e expansão do plantio, Biagi diz que a grande mudança está na redução dos juros. O benefício, no entanto, não deve chegar a quem realmente necessita do incentivo, segundo ele. “Só pega financiamento quem não precisa. As usinas menores, que precisariam desses financiamentos, acabam perdendo na concorrência com grandes empresas”, diz. “O único incentivo do pacote, na verdade, foi a redução tributária. A desoneração fiscal é o único ganho real desse pacote, de R$ 0,12 por litro de etanol produzido”, conclui, referindo-se à nulidade das alíquotas do PIS e do COFINS, impostos que financiam a seguridade social. Mais críticas Durante a coletiva, o presidente da Agrishow criticou também a problemática da logística brasileira na agricultura, e disse que somente com o apoio da iniciativa privada o problema pode ser solucionado. “A iniciativa privada pode colaborar com grandes cooperativas de uso, para que os agricultores possam armazenar parte do pico da safra e depois escoá-la”, explica. Em março deste ano, caminhoneiros chegaram a enfrentar oito horas de congestionamento para descarregar os veículos no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Os problemas começaram no fim de fevereiro devido à super safra de grãos. Muitos terminais trabalharam acima da capacidade e os caminhões ficavam à espera na rodovia provocando quilômetros de trânsito parado na Rodovia Cônego Dômenico Rangoni. Investimentos Ainda durante a coletiva, o presidente da feira anunciou o valor de R$ 15 milhões em investimentos na infraestrutura do evento para os próximos três anos. Segundo Biagi, os investimentos incluem a criação da casa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além de melhorias na infraestrutura do evento, o novo plano diretor da Agrishow deve contemplar questões relacionadas à sustentabilidade e ao meio ambiente. “Infraestrutura e meio ambiente é algo que temos que melhorar na feira. Demorou muito para assinarmos o contrato de cessão dessa área, o que fez com que atrasássemos um pouco a elaboração do plano diretor da feira. Agora, com o plano praticamente finalizado, podemos pensar onde será colocado cada detalhe, como estará a feira daqui a dez anos. Poderemos desenvolver melhor tudo o que está relacionado ao meio ambiente”, afirma. Um dos planos ambientais é trazer o projeto da Cidade da Energia para Ribeirão Preto. Implantado em São Carlos pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) no ano de 2008, o projeto foi abandonado por problemas relacionados a questões ambientais no município. “Estávamos com todas as verbas aprovadas e não conseguimos executar o projeto em São Carlos. A ideia dentro do plano diretor é trazer a Cidade da Energia para cá. A Cidade da Energia Sustentável Renovável não morreu”, disse Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), uma das entidades realizadoras da feira. Notícias de Administração rural

II Seminário Latino Americano sobre Arroz Vermelho acontece em junho

II Seminário Latino Americano sobre Arroz Vermelho acontece em junho O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) promove, nos dias 4 e 5 de junho, o II Seminário Latino Americano sobre Arroz Vermelho. O evento, realizado em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, acontece no Auditório da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) 30/04/2013 19:30 Assessoria de Comunicação Irga O arroz vermelho é a planta daninha que mais causa prejuízos econômicos à cadeia agroindustrial do arroz irrigado. Nas lavouras, ele interfere diretamente sobre a produtividade e a lucratividade da cultura, além de aumentar os custos de produção e depreciar o produto colhido. O encontro tem a participação de seis palestrantes internacionais, entre eles, Luciano Carmona, do Fundo Latino Americano de Arroz Irrigado (Flar), da Colômbia, que falará sobre a conjuntura e diagnóstico dos problemas do arroz vermelho na América Latina. O I Seminário, organizado pelo Irga em 1998, reuniu mais de 500 participantes e promoveu a discussão dos principais temas relativos aos problemas e ao manejo das plantas daninhas. Agora em 2013, a Fundação Irga realiza a segunda edição, que trará grande contribuição para os profissionais das iniciativas pública e privada envolvidos com o manejo na orizicultura. A iniciativa conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Fundo Latino-Americano de Arroz Irrigado (Flar), da Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) e da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD). Notícias de Arroz

BC: Governo faz superávit primário de R$ 3,5 bilhões em março

BC: Governo faz superávit primário de R$ 3,5 bilhões em março O setor público não financeiro registrou, em março, superávit de R$ 3,5 bilhões em suas contas primárias, conceito que exclui receitas e despesas com juros e outros encargos de dívida 30/04/2013 19:50 ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR No acumulado do primeiro trimestre, a sobra de receita primária alcançou R$ 30,72 bilhões, apesar do déficit de R$ 3,031 bilhões registrado em fevereiro. Os números foram divulgados na manhã desta terça-feira (30/04) pelo Banco Central (BC). Referem-se ao desempenho fiscal de União, Estados, municípios e empresas sob controle dos respectivos governos, excluídos bancos estatais, Petrobras e Eletrobras. Medido em 12 meses, o superávit primário caiu de R$ 96,641 bilhões para R$ 89,699 bilhões de fevereiro para março, passando de 2,16 % para 1,99% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC para os respectivos períodos. Saldo acumulado - O saldo acumulado em 12 meses diminuiu porque o resultado de março deste ano foi bem mais fraco que o de março de 2012 (superavitário em R$ 10,442 bilhões). Na comparação dos primeiros trimestres de cada ano, a diferença positiva entre receitas e despesas primárias do setor público não financeiro também caiu em 2013, pois de janeiro a março de 2012 foi de R$ 45,972 bilhões. Notícias de Economia

30/04/2013 20:00

30/04/2013 20:00 Usinas deverão faturar R$ 60 bi na safra atual Se nos últimos anos o açúcar "pagou a conta" do etanol, na safra 2013/14 a relação tende a se inverter Idea Online A estimativa é que os preços médios do açúcar nesta temporada sejam, em média, 18% mais baixos que na anterior, enquanto os do biocombustível deverão ser pelo menos 7% mais elevados. Dessa forma, a conjuntura positiva para o etanol corre o risco de ser neutralizada pelo mau momento do açúcar. Assim, o faturamento bruto do segmento no Centro-Sul neste ciclo deverá refletir apenas o crescimento de volumes produzidos, não de melhores preços. De acordo com estimativas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), associação que representa as unidades produtoras de cana do Centro-Sul, o segmento sucroalcooleiro da região deve faturar R$ 60,5 bilhões em 2013/14, 8% a mais que no ciclo anterior. A projeção não inclui tributos e fretes e é realizada com base em preços do Estado de São Paulo. "O efeito dos preços mais altos do etanol será neutralizado pelas cotações baixas do açúcar. O que fará diferença será o volume adicional de produção", afirma Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da entidade. A entidade anunciou ontem que a disponibilidade de cana no Centro-Sul chegará a 607 milhões de toneladas e que as usinas vão conseguir moer - se o clima for favorável - 589 milhões de toneladas, o que representaria aumento de 10,67% em relação ao total realizado em 2012/13. Com isso, a produção de etanol tende a crescer 18,77%, para 25,3 bilhões de litros, e a de açúcar deve avançar 4,11%, para 35,5 milhões de toneladas. A produção de etanol tende a crescer mais por uma razão muito simples: pelo menos neste momento, os preços do biocombustível estão mais atrativos. Conforme Pádua, o reajuste de 6,6% na gasolina no país permitirá que os preços médios do etanol hidratado na usina fiquem, em média, em R$ 1,20 por litro. O valor é 7,14% superior ao registrado no ciclo anterior. "O potencial é para ser até mais elevado que isso, o que pode influenciar positivamente tanto o anidro como o açúcar", diz Padua. Em contrapartida, as perspectivas para o açúcar permanecem negativas. Preços médios de R$ 35 por saca (50 quilos) devem acompanhar as usinas durante a safra 2013/14, 18% abaixo dos R$ 43,22 da temporada 2012/13, encerrada em março. Dessa forma, é natural que a safra se inicie com uma perspectiva alcooleira. As usinas do Centro-Sul planejam, segundo a Unica, direcionar 53,78% do caldo da cana para fabricar o biocombustível, ante 50,46% em 2012/13. Mesmo assim, a produção de açúcar vai crescer 4,11%, com reflexos sobre o excedente exportável da commodity. A Unica projeta que a região terá 25,8 milhões de toneladas de açúcar disponíveis para exportação em 2013/14, 6,12% mais que na safra anterior. As usinas do Centro-Sul embarcaram no ciclo passado 24,3 milhões de toneladas, o que resultou em receita de US$ 12,2 bilhões, ante US$ 12,9 bilhões da safra anterior. As usinas da região já fixaram em bolsa - ou com as tradings com as quais negociam - os preços de cerca de 53% do açúcar que será exportado nesta temporada, segundo cálculos da Archer Consulting. O preço médio, conforme a consultoria, está até o momento no patamar de 19,32 centavos de dólar por libra-peso, 16% abaixo dos 22,98 centavos de preço médio da safra 2012/13. Para o etanol, a Unica estima exportações 21,9% menores, de 2,7 bilhões de litros. Avanço em 'rating operacional'Criado há um ano para emitir ratings "operacionais" de usinas de cana-de-açúcar, o Biomass Energy Research Institute (Benri), que tem como sócios as consultorias Datagro e Fermentec, pretende em 2013 elevar o número de usinas classificadas para 20 a 25. Em 2012, foram 14 unidades que somam capacidade para processar 25 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Elas estão distribuídas nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O Benri é uma espécie de agência de classificação de risco, mas que não verifica aspectos financeiros das companhias sucroalcooleiras, apenas operacionais. Assim, explica o CEO da empresa, Manoel Bertone, a classificação considera 50 indicadores agrícolas e 40 industriais. O objetivo, diz ele, é categorizar a eficiência gerada pelos procedimentos operacionais das usinas. Bertone explica que o mercado sucroalcooleiro mudou muito nos últimos anos, com a participação de grandes multinacionais e bancos financiando o segmento, transformações que trouxeram a demanda por esse tipo de instrumento. " Trata-se de um segmento com forte peso agrícola. Por isso, uma opinião independente na área operacional é tão importante quanto uma auditoria financeira", diz. Além de usinas, o Benri tem como clientes potenciais fundos interessados em investir ou aumentar participação no segmento. Notícias de Setor Agroindustrial

Impactos da mecanização na cultura da cana são debatidos em fórum na Agrishow

Impactos da mecanização na cultura da cana são debatidos em fórum na Agrishow30/04/2013 Forma de colheita gera desemprego e consequências que se refletem na sociedade, afirmam especialistas Daniela Siqueira | Ribeirão Preto (SP) Nesta terça, dia 30, foi realizado mais um Fórum Canal Rural na Agrishow 2013. Foram discutidos os impactos da mecanização na cultura de cana-de-açúcar. Participaram do debate a diretora do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Marli Dias Mascarenhas Oliveira, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp), Braz Albertini, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canoeste) e da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), Manoel Ortolan, e o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho. O debate foi conduzido pelo jornalista João Batista Olivi. >> Acompanhe a cobertura da Agrishow 2013 Segundo Marli Dias, a mecanização é acelerada por diversos fatores, tais como prazos para redução da queima da palha da cana, avanços tecnológicos e a busca por ganhos em eficiência e produtividade. Ela apresentou dados que mostram que o número de propriedades rurais que utilizaram a mecanização para a colheita da cana avançou de 42%, em 2007, para 80%, em 2012. Em contrapartida, o número de trabalhadores rurais caiu de 163 mil, em 2007, para 85 mil, em 2012. O modo com que os produtores estão tendo que deixar de queimar a palha de cana, que é muitas vezes abrupto, obriga-os a utilizar a mecanização. Esta forma de colheita gera desemprego e consequências que se refletem na sociedade. Manuel Ortolan criticou o pouco tempo com que os produtores estão tendo para se adaptar às novas normas e a falta de comprometimento do poder público com a questão. – Se o tempo para a adaptação fosse maior, seria mais fácil acomodar os trabalhadores e aplicar as políticas públicas – afirma. Cesário Ramalho acrescenta que o assunto precisa ser tratado com mais seriedade pelo governo, já que as políticas públicas são, até o momento, inexistentes. O representante dos trabalhadores rurais, Braz Albertini, defendeu a ideia de que os trabalhadores foram ignorados ao aplicar as normas e que falta qualificação profissional para o ingresso dessas pessoas no mercado de trabalho. Segundo ele, mais de 100 mil trabalhadores perderam o emprego, entretanto, menos de 10% foram qualificados. Esses trabalhadores, muitas vezes, vão para as periferias e se integram ao crime, piorando o quadro social das cidades brasileiras. Além disso, ele observa que, devido à quantidade de trabalhadores disponíveis, fica inviável a reivindicação dos direitos através de greves, situação que é aproveitada para a diminuição dos salários. Mesmo tendo implicações sociais, a mecanização da cana tem cumprido seu objetivo de preservação ambiental. Segundo dados apresentados pela pesquisadora Marli Dias Mascarenhas, a emissão de CO2 diminuiu 70% no campo, além de permitir a reconstituição das matas ciliares. CANAL RURAL

Linha de crédito do Programa ABC possibilita integração de lavoura, pecuária e floresta

Linha de crédito do Programa ABC possibilita integração de lavoura, pecuária e floresta Fazenda do ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, em Minas Gerais, é exemplo de sustentabilidade e foi financiada pelo programa 30/04/2013 Marcelo Lara | Baldim (MG) A recuperação de terras degradadas é uma técnica utilizada a pouco mais de 20 anos. A prática tem sido fundamental para a continuidade da pecuária, que precisa ser sustentável. Estudos da Embrapa mostram que uma pastagem degradada rende, no máximo, dois arrobas por hectare ao ano. Quando a recuperação é feita, com a reposição dos nutrientes que garantem uma dieta de melhor qualidade para o gado, o rendimento pode ser multiplicado por seis. Com o incentivo do Programa ABC, a meta para os próximos 10 anos é de que os atuais 40 milhões de hectares de área recuperada saltem para mais de 55 milhões no país. O Estado de Minas Gerais possui 25 milhões de hectares com pastagem. Do total, 16 milhões de hectares (60%) estão degradados ou em estágio de degradação. Se a área não for recuperada, o cerrado regenera e, de acordo com a legislação ambiental, as árvores não podem mais ser arrancadas. – Tudo aquilo que regenerar não poderá mais ser trabalhado. Você tem que se concentrar em cima de áreas ocupadas ou degradadas, que podem ser trabalhadas intensivamente. O custo da prática gira entre R$ 2 mil e R$ 4 mil por hectare, daí a importância do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o seguimento de crédito rural que fornece sustentação – explica o engenheiro agrônomo da Emater-MG José Alberto Pires. O ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, que é considerado o ‘pai do cerrado’, já conseguiu R$ 2 milhões através da linha ABC, e prova que, se o recurso chega até o produtor e o investimento é feito corretamente, a produção integrada com grãos, carne, leite e floresta é possível. Paulinelli comprou sua fazenda no pé da Serra do Cipó, na região Central de Minas Gerais, em 1992. A área fica localizada entre cerrado e montanha, portanto, é de difícil trato. O produtor explica que, nos 1.236 hectares da propriedade, ele possui área tratorável e 20% de mata preservada. Paulinelli se considera um produtor de água, com 200 pequenas barragens que seguram a água da chuva e aumentam a reserva do lençol freático, garantindo o fornecimento durante a seca, que dura sete meses na região. – Todo mundo vai ter que adotar [o sistema]. A água é um bem que não podemos destruir, ao contrário, temos que proteger – destaca o produtor. O cronograma de produção faz o giro com dois anos de pastagem e, no terceiro, com reforma da área, antes de ser degradada com os grãos. A fazenda Boa Vista tem 600 hectares no sistema lavoura-pecuária. Em 2011, o produtor engordou 480 animais. Em 2012, entregou 800 e, neste ano, a meta é mandar para o abate 1.200 bois. Hoje, a propriedade tem sete meses de atividade pecuária e cinco de cultivo na lavoura na mesma área. Paulinelli explica que o processo para tornar a área produtiva iniciou com a recuperação do solo (limpeza e adubação), seguida dos investimentos necessários para ampliar o projeto. Com os recursos, o produtor pode comprar cerca de 600 vacas e 60 touros, que ampliaram a capacidade produtiva, além de construir galpões, especialmente na parte de confinamento. O financiamento garantiu três anos de carência e cinco anos para o pagamento, com juros de 5% ao ano. Ele afirma que com bom gerenciamento de recursos, é possível obter sustentabilidade. – Os recursos surgem da oportunidade que você criou de tornar um solo improdutivo em produtivo, os recursos servem para dar continuidade ao projeto – finaliza o ex-ministro. CANAL RURAL

Fórum Canal Rural discute oportunidades de negócios da economia verde na Agrishow

Fórum Canal Rural discute oportunidades de negócios da economia verde na Agrishow30/04/2013 Especialistas debateram programa integração lavoura-pecuária-floresta e comercialização das cotas ambientais Daniela Siqueira | Ribeirão Preto (SP) Na tarde desta terça, dia 30, foi realizado no auditório do Canal Rural na Agrishow, o Fórum "Oportunidades de Negócio da Economia Verde". O evento foi comandado pelo repórter Sebastião Garcia, apresentador do programa "Eu produzo, eu preservo". O evento contou com a participação de Eduardo Assad, pesquisador da EMBRAPA e analista de meio ambiente do Canal Rural,Pedro Moura, presidente executivo da BVRIO (Bolsa Verde do Rio de Janeiro) e Marize Costa, proprietária da Fazenda Santa Brígida. Para Assad, o Brasil é importante no cenário mundial de produção de alimentos, porém um dos desafios do país é implantar sistemas que favoreçam o mercado de economia verde. Assad citou a eficiência do programa de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que prevê a recuperação de áreas degradadas e redução do desmatamento. O sistema favorece também o aumento de produtividade tanto da agricultura quanto da pecuária. Na terça, dia 30, o governo aprovou a política de ILPF, que prevê a ampliação de linhas de crédito para os produtores rurais. Marize Porto Costa, proprietária da fazenda Santa Brígida em Ipamerí (GO), que implantou o sistema ILPF em 2006, afirma que o sistema foi fundamental para melhorar a produtividade do gado e da cultura de grãos. A fazenda produz milho, soja e eucalipto junto com a criação de gado na mesma área. Outro assunto discutido no fórum foi a comercialização de cotas ambientais. Pedro Costa falou das possibilidades de negócios através das cotas de reserva legal. Pela bolsa, produtores com excedentes de reserva legal na propriedade podem vender suas cotas. E quem tem déficit pode comprar. Um momento de descontração no fórum foi a presença do pentacampeão Cafu, que em visita ao stand do Canal Rural falou de seus investimentos no agronegócio. Cafu é sócio de uma empresa de grãos., A Agrishow, Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, é realizada em Ribeirão Preto (SP) até sexta, dia 3 de maio. CANAL RURAL

CMN não analisa voto que definiria novo preço mínimo do café

CMN não analisa voto que definiria novo preço mínimo do café30/04/2013 A questão que envolve o novo preço mínimo do produto começou a ser discutida pelo CMN na semana passada A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda informou nesta terça, dia 30, que a reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), encerrada no meio da tarde, não analisou nenhum voto relativo ao novo preço mínimo do café. O CMN aprovou na reunião cinco votos agrícolas, mas não o mais aguardado pelo setor produtivo. A assessoria de imprensa recomendou aos jornalistas que fossem buscar mais informações sobre o preço do café no Ministério da Agricultura. A questão que envolve o novo preço mínimo do produto começou a ser discutida pelo CMN na semana passada. A reunião mensal realizada na quinta, dia 25, terminou sem consenso sobre o novo valor que será definido para o setor produtivo, de modo a atenuar a pressão baixista que a safra brasileira recorde exercerá sobre as cotações da commodity. Nesta segunda, dia 29, houve uma nova reunião, que se estendeu por seis horas em função do impasse que envolve o assunto. O valor deveria ter sido definido na reunião desta terça, mas, como informa a assessoria da Fazenda, o assunto não foi tratado

Paraguai desponta na produção de milho segunda safra, diz analista do Imea

Paraguai desponta na produção de milho segunda safra, diz analista do Imea 30/04/2013 Apesar de ter uma produção de milho segunda safra 3,5 vezes menor do que a de Mato Grosso, o Paraguai desponta como um dos maiores produtores do grão da América do Sul. O país vizinho deve colher no ciclo 2012/2013 uma safra recorde de 4 milhões de toneladas em uma área de 1 milhão de hectares. Cerca de 80% dos produtores são brasileiros, os chamados brasiguaios. Na semana passada, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, apresentou a produção de milho de Mato Grosso para produtores da cidade de Katuete, no distrito de Canindeyú, maior produtor do grão do país, e constatou as semelhanças e diferenças entre as produções paraguaia e a mato-grossense. Segundo Celidonio, a produção do Paraguai se assemelha muito à do Sul do Brasil, especialmente por conta do clima parecido. “O clima no Paraguai, principalmente no distrito de Canindeyú é frio e as geadas durante o desenvolvimento da cultura são uma preocupação constante dos produtores, enquanto que em Mato Grosso ficamos dependendo de boas chuvas para o desenvolvimento da cultura”, comenta o superintendente do Imea. Por outro lado, a cultura está crescendo, se destacando e trazendo mais renda ao produtor, a exemplo do que acontece no Estado. As propriedades variam entre 350 hectares a 500 ha. O perfil dos produtores rurais do Paraguai é bastante interessante. Cerca de 80% deles são brasileiros, os chamados brasiguaios, que vivem e produzem no país há mais de 30 anos. “Os produtores estão animados com a produção de soja e milho e trabalham de maneira tão profissional quanto os produtores mato-grossenses. O país ainda tem áreas de pastagem nas regiões mais ao centro e no oeste que podem ser convertidas em agricultura, o que pode elevar a produção em até 20% nos próximos anos”, destaca Celidonio. O convite para a palestra do superintendente do Imea foi feito pela Agridatos, empresa que faz projeções de safra no Paraguai. Segundo o responsável, Eloir Antônio, o desenvolvimento da produção de milho paraguaio está muito boa e a colheita deve começar em meados de maio e junho. “Se tudo correr bem e as condições climáticas continuarem boas, teremos a maior produção de milho segunda safra da história do Paraguai”, disse Antônio. Logística – Uma característica positiva da produção paraguaia é a logística. Enquanto para escoar a produção mato-grossense é necessário rodar mais de dois mil quilômetros por rodovias em más condições, no Paraguai a exportação de grãos é feita através de barcaças, via Rio Paraguai, que vão até o porto de Rosário, na Argentina, e de lá seguem para os destinos finais. O custo de frete gira em torno de R$ 70 enquanto entre Sorriso e o Porto de Santos, em São Paulo, o preço é em média R$ 250. Fonte: Assessoria (foto: assessoria/arquivo)

Projeto Porto 24h não altera congestionamento na região do Porto de Santos

Projeto Porto 24h não altera congestionamento na região do Porto de Santos30/04/2013 Mesmo funcionando em tempo integral, o O projeto Porto 24 horas já está em vigor nos terminais brasileiros. O governo federal estabeleceu o funcionamento, em período integral, dos serviços públicos em terminais portuários, com o objetivo de melhorar o desempenho das operações e reduzir os custos. O projeto foi implantado em caráter experimental em Santos, Rio de Janeiro e Vitória. A partir do dia 3 de maio, portos de Paranaguá, Suape, Rio Grande, Itajaí e Fortaleza passam a operar da mesma forma. Segundo a assessoria de imprensa do Porto de Santos, o local funciona em tempo integral desde 1998, e a implementação do projeto do governo não alterou a rotina dos trabalhos no local. Mesmo operando desta forma, o maior porto da América Latina conta com filas intermináveis nas rodovias, que acabam prejudicando o trabalho nos terminais. O especialista em portos Sério Aquino afirma que é necessário mudar a logística dos portos e, principalmente, pedir a colaboração das empresas para obter novos resultados. – O problema é falta de planejamento, de estocagem, de matriz de transporte adequado. Precisamos adotar medidas localizadas. Em primeiro lugar, adotar agendamentos eletrônicos. Um caminhão não pode sair de Mato Grosso paro o Porto de Santos se não tiver garantia de que vai entrar em tal dia e hora – pontua. O escoamento da supersafra de grãos do país causa problemas de congestionamento no terminal. Filas de caminhões ocupam grande parte das vias. A situação também é crítica nas rodovias que levam ao porto. Para as empresas, o país não possui uma infraestrutura adequada para o transporte dos grãos, o que acaba encarecendo o produto. – Quando nós compramos a safra no ano passado, como a maioria, a gente calculou que o transporte teria um preço. E o preço do transporte subiu muito. Isso impacta o resultado de todos os agentes que compraram soja por antecipação – destaca o vice-presidente da Caramuru Alimentos, César Borges. A criação de uma ferrovia ou a construção de rodovias mais amplas são discutidas pelo governo federal, mas existem outras alternativas. É o que defende o diretor geral da Associação Nacional dos Exportadores (Anec), Sérgio Mendes. – Você tem ferrovias e agora, no PAC, uma série de investimentos, só que enquanto você tiver só ferrovias e rodovias, o preço continua onde está. Para derrubar o preço do transporte de grãos, você tem que ter hidrovias navegáveis e para os caminhos certos, descongestionando o Sul. Uma comissão organizada pelo governo federal foi formada para avaliar a situação dos portos no país. Em Santos, a Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conaportos) fez uma reunião para ouvir especialistas. O encontro oferece a oportunidade de discutir questões importantes para o desenvolvimento das operações portuárias, buscando soluções locais. – Não se chegou a uma conclusão. É um assunto muito delicado e envolve muitas atividades. Não existem usuários 24 horas. Você não tem um porto funcionando em sua plenitude e os terminais estão à disposição – sublinhou o diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco. maior porto da América Latina conta com filas intermináveis nas rodoviasCANAL RURAL

30/04/2013 11:00

30/04/2013 11:00 Grãos: mercado reflete atraso do plantio nos EUA e segue em alta O mercado internacional de grãos opera em alta no pregão eletrônico desta terça-feira (30) na Bolsa de Chicago Notícias Agrícolas Os contratos futuros da soja, do milho e do trigo estendem os ganhos registrados na sessão anterior - onde o milho fechou com limite de alta - refletindo o atraso no plantio da nova safra dos EUA em função do clima adverso. No final da tarde desta segunda (29), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou um novo boletim de acompanhamento de safra reportando um severo atraso nos trabalhos de campo norte-americanos. O plantio do milho está concluído em apenas 5% da área prevista, com a evolução de apenas 1 ponto percentual em relação à semana anterior. Nesse mesmo período do ano passado, o número já estava em 49% e a média dos últimos cinco anos é de 31%. Notícias de Análise de Mercado

30/04/2013 11:30

30/04/2013 11:30 Preço do algodão faz ritmo de negócios diminuir em MT A retração da demanda industrial pela pluma nacional provocou queda de 8% desde o início de abril no preço da pluma, sendo cotada a R$ 62,1/@ na média do Estado, deixando os negócios da pluma mais lentos Só Notícias/Agronotícias De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a tendência é o produtor se focar nos tratos culturais nas próximas semanas em detrimento da comercialização. As condições das lavouras de algodão seguem de forma positiva em Mato Grosso, com a última semana apresentando dias favoráveis à cultura, tanto para o algodão safra como para o 2ª safra. A maior preocupação continua sendo a ocorrência de ataques das lagartas, sobretudo a lagarta da maçã, o que aumenta o número de aplicações com inseticidas. O custo com inseticida que já é R$ 670/ha na safra 2012/13, deve ser ainda mais pressionado. As previsões pluviométricas para maio, segundo a Somar Meteorologia, estão acima da média histórica, com chuvas entre 20 e 40 mm para a região de Campo Novo e Rondonópolis, o que ainda pode modificar a produtividade da safra 2012/13. Já nos Estados Unidos, o plantio de algodão se encontra em 10% da área planejada, atraso de 7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Embora o atraso, ainda é cedo para mensurar impactos sobre a produção. Notícias de Algodão

Frango vivo tem pior 1º quadrimestre dos últimos 4 anos

Frango vivo tem pior 1º quadrimestre dos últimos 4 anos terça, 30 de abril de 2013 às 09:45 Campinas, 30 de Abril de 2013 - Encerrar o primeiro quadrimestre do ano com uma cotação visivelmente inferior à do início do exercício não chega a ser novidade para o frango vivo, pois isso vem se repetindo nos últimos quatro anos, pelo menos. Mas, aparentemente, nunca se enfrentou uma desvalorização como a que vem sendo observada em 2013. Considerados os preços pagos ao produtor pelo frango, boi e suíno vivos, constata-se que, para os três segmentos, o primeiro quadrimestre de cada exercício é encerrado na maioria das vezes com preços menores que os alcançados no início do ano. Mas isso também não chega a representar novidade, pois o período coincide com a intensificação da safra da carne e, portanto, as altas representam exceções (raras) à regra. Mas, nos últimos quatro anos, enquanto em duas ocasiões o boi encerrou o quadrimestre com variação positiva (2010 e 2013) e o suíno pelo menos uma vez (2010), o frango só fez registrar variações negativas. A pior situação, mostra a tabela abaixo, é a que vem sendo vivenciada em 2013, já que o preço atual do frango vivo (segundo valores vigentes no interior paulista) se encontra 38,33% abaixo do registrado nos primeiros dias do ano. Isto até ontem, ou seja, se nova baixa não ocorrer nesta terça-feira, 30 de abril. Feitas as contas, a redução de 38,33% significa que, atualmente, o avicultor precisa de um volume de aves vivas 62% maior para obter a mesma renda (nominal) do início do ano. Ou, exemplificando, os R$3 mil obtidos no começo de 2013 com a venda de uma tonelada de frango vivo, agora solicitam mais de 1.600 kg do produto. A exemplo do frango, os suínos também vão encerrando o quadrimestre com forte desvalorização, próxima de 28%, e apenas o boi vivo registra pequeno ganho, pouco superior a 3%. Mas, com a aproximação do pico de safra, os três segmentos tendem a perder preço. Fonte: Avisite

Na BM&F só boi sobe em 2013

Na BM&F só boi sobe em 2013 Na BM&F só boi sobe em 2013 terça, 30 de abril de 2013 às 09:16 Pressionadas pelo avanço da colheita de grãos e cana-de-açúcar no Brasil, as commodities agrícolas negociadas no mercado futuro de São Paulo caíram em abril, aprofundando a tendência baixista para 2013. Entre os cinco produtos agropecuários negociados na BM&FBovespa, o boi gordo é o único a dar sinais de resistência, com claro viés de alta. Conforme levantamento do Valor Data com base nos contratos futuros de segunda posição de entrega, o milho liderou a baixa. Em abril (o balanço foi fechado no dia 29), o preço médio do grão recuou 8,09% ante o mês anterior, para R$ 24,91 por saca. Em relação à média de dezembro de 2012, a queda chega a 22,88%. As cotações do milho na bolsa paulista reagiram à forte pressão baixista oriunda tanto do Brasil, cuja colheita avança e promete atingir o recorde de 77,4 milhões de toneladas, conforme a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), quanto da perspectiva para o plantio da commodity nos Estados Unidos (ver acima). Uma produção igualmente recorde no Brasil também pesou sobre os futuros da soja na BM&FBovespa em abril. O preço médio da oleaginosa caiu 3,33% no mês, para US$ 27,12 a saca. Com isso, o grão acumula uma retração de 11,04% sobre a média de dezembro Outro produto que recuou em abril foi o etanol, que foi pressionado pelo início da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país, que responde por 90% da produção do biocombustível no Brasil (ver página B13). No mês, os contratos futuros de etanol caíram 1,33%, para R$ 1.154,38 por m3. Sobre dezembro, a queda é de 2%. Em cenário amplamente desfavorável, os futuros do café arábica deram uma trégua em abril. Os papéis ficaram praticamente estáveis (alta de 0,39%), a US$ 169,49 a saca. No entanto, acumulam uma desvalorização de 9,54% entre janeiro e abril, e a tendência é de baixa, uma vez que o Brasil, maior produtor global da commodity, acabou de iniciar a colheita da maior safra da história para um ano de baixa do ciclo bianual do café. A Conab estima uma colheita superior a 50 milhões de sacas. Nesse contexto, o boi gordo é o único a destoar da tendência baixista no mercado futuro de São Paulo. Em abril, o preço médio do animal subiu 0,39% na BM&FBovespa, a R$ 96,90 por arroba. Apesar da modesta alta no mês, o boi gordo registra uma valorização de 2,35% em relação a dezembro - e, no primeiro quadrimestre, os preços costumam recuar devido à maior oferta de gado. "É um comportamento atípico para o período da safra", diz o analista Douglas Coelho, da Scot Consultoria. "Atípico" neste ano é que essa oferta está sendo absorvida pela forte demanda para exportação. Só no primeiro trimestre, os embarques de carne bovina saltaram 26,3%. O consumo interno também segue aquecido. "Nos primeiros quatro meses, houve um aumento de abate de 10%. A indústria está com fome", estima Fabiano Tito Rosa, gerente de pesquisa de mercado da Minerva Foods. Fonte: Famasul

Unica estima moagem recorde de 589,6 milhões de toneladas

Unica estima moagem recorde de 589,6 milhões de toneladas Unica estima moagem recorde de 589,6 milhões de toneladas terça, 30 de abril de 2013 às 09:12 O centro-sul do Brasil, principal região produtora de cana-de-açúcar, deverá moer um recorde de 589,6 milhões de toneladas da matéria-prima na safra 2013/2014, contra 532,8 milhões de toneladas processadas na safra 2012/2013, disse nesta segunda-feira a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em sua primeira estimativa oficial para nova temporada. A moagem da safra 2013/2014 está começando. A produção de açúcar da região também foi estimada recorde, a 35,5 milhões de toneladas, ante 34,1 milhões de toneladas na safra anterior. Já a produção de etanol foi projetada em 25,37 bilhões de litros, contra 21,36 bilhões de litros na temporada passada. A safra de cana-de-açúcar deve ultrapassar o ano recorde de 2010/11, quando as usinas moeram 556,9 milhões de toneladas, apesar das usinas estarem bastante atrasadas na moagem desta safra em comparação ao estágio em que se encontravam neste mesmo momento da temporada, três anos antes. O clima chuvoso no início da safra elevou a possibilidade das usinas não conseguirem colher toda a safra da cana-de-açúcar antes que o início da temporada de chuvas, em meados de dezembro, cause paralisações. No início de abril, a empresa de consultoria Datagro reduziu sua previsão para a produção de açúcar e etanol desta safra por conta do clima chuvoso e de um início lento da moagem. Até o momento nesta temporada, as usinas moeram 8,82 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até o dia 15 de abril, mostraram dados da Unica. Esse volume é bastante inferior às 27,7 milhões de toneladas esmagadas no mesmo período da safra 2010/2011. Fonte: Famasul

Clima continua favorecendo as lavouras de plantio tardio de milho no MT

Clima continua favorecendo as lavouras de plantio tardio de milho no MT terça, 30 de abril de 2013 às 08:00 O aumento da expectativa de produtividade do milho safrinha se deve principalmente às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da cultura ocorridas até então. Os ganhos em produtividade devem aumentar ainda mais caso haja precipitação de chuvas nos próximos dias, se aproximando da média recorde da safra passada. A estimativa atualmente é de 88 sc/ha, aumento de oito sacas em comparação à estimativa anterior. De acordo com dados do Somar durante maio as precipitações devem ocorrer em maior volume somente na metade do mês, entre os dias 11 e 14. A região sudeste do Estado deve receber o maior volume de chuvas, 75 mm durante todo o mês, sendo 71 mm deles concentrados durantes os dias citados. O mesmo pode ser observado nas regiões oeste e centro-sul, entretanto com volumes de 72 mm e 71 mm cada. O índice pluviométrico na região médio-norte, além de menor, previsão de apenas 48 mm para todo o mês, deverá ser de chuvas mais esparsas, com precipitações que não passam de 5 mm por dia. As médias históricas para estas regiões no mês de maio variam entre 47 mm e 56 mm de chuvas, abaixo da média esperada para o próximo mês. A maioria das lavouras de milho em Mato Grosso encontra-se agora na fase de enchimento de espiga e em muito bom desenvolvimento. Mercado Externo O Brasil exportou o acumulado de 1,6 milhão de toneladas de milho em março de 2013, montante 474% superior ao do mesmo período de 2012 e 30% inferior ao volume registrado no mês anterior. Mato Grosso foi responsável por 38% deste total, equivalente ao volume de 618 mil t, apresentando queda de 61% em relação a fevereiro. Também se destacam o Rio Grande do Sul e o Paraná com volumes de 422 mil e 386 mil t, e participação de 26% e 24%, respectivamente. Em março de 2012 o Paraná se apresentava como o principal exportador do país, com o embarque de 190 mil t, correspondente a 68% do total exportado no período. Neste primeiro trimestre do ano o Brasil já totaliza volume exportado de 7,2 milhões de toneladas, 415% a mais do que no mesmo período do ano anterior, sendo Mato Grosso o principal Estado exportador, com 60% do total, equivalente a 4,3 milhões de t do cereal embarcado. Fonte: Relatório Imea

Commodities seguem em trajetória de baixa

Commodities seguem em trajetória de baixa terça, 30 de abril de 2013 às 09:55 Os preços internacionais das commodities agrícolas continuam a cair e a sinalizar um forte alívio para a inflação dos alimentos no segundo semestre, bem como uma piora nos termos de troca das exportações brasileiras. O escoamento da safra recorde do Brasil, a preocupação com os sinais de desaceleração da economia chinesa, a aposta na recomposição dos estoques mundiais e o fortalecimento do dólar pesaram sobre praticamente todas as commodities em abril. No mês, as cotações médias da soja, milho, trigo, açúcar e café nas bolsas de Chicago e Nova York foram as mais baixas em pelo menos dez meses, de acordo com levantamento do Valor Data com base nas médias mensais dos contratos de segunda posição de entrega, normalmente os mais negociados. A manutenção dessa tendência ainda depende de como vai se comportar o clima nos EUA, onde os fazendeiros apenas começaram o plantio dos grãos da safra 2013/14 e já enfrentam problemas - em 2012, a seca no Meio-Oeste americano fez os preços dos grãos dispararem a partir do meio do ano. Até o momento, entretanto, a maioria dos sinais aponta para baixo. O milho liderou o movimento de baixa. Até ontem, o preço médio do grão negociado em Chicago havia recuado 11% em relação a março (a maior queda mensal desde julho de 2009), para US$ 6,2892 por bushel - menor patamar desde junho. Em relação à média de dezembro, a baixa chegou a 12,92% - o suficiente para praticamente zerar a alta acumulada na comparação com abril de 2012. O preço médio da soja caiu 4,6% em abril, para US$ 13,6943 por bushel, o menor nível em 13 meses. A matéria-prima acumula baixa de 5,62% sobre dezembro e 5,2% em relação a abril do ano passado. O mercado futuro de grãos sinaliza preços ainda mais baixos para o fim do ano, quando os americanos tiverem colhido sua safra. No pregão de ontem, os lotes de soja para entrega em novembro foram negociados com um desconto de 12,7% em relação aos contratos para julho, a US$ 12,2950 por bushel. No caso do milho para entrega em dezembro, que encerrou o dia a US$ 5,5950 por bushel, o desconto em relação a julho foi ainda maior: 15,2%. "Se as condições climáticas nos Estados Unidos forem favoráveis neste ano, os preços dessas commodities vão ficar muito pressionados", afirma Pedro Dejneka, presidente da PHDerivativos, em Chicago. Segundo ele, a soja pode recuar abaixo dos US$ 11 e o milho, dos US$ 5 por bushel, até o fim do ano. Os investidores que especulam com commodities parecem endossar essa percepção. De acordo com os últimos dados da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (a CFTC) dos EUA, os fundos reduziram em 34% e 93%, respectivamente, sua posição líquida de compra em futuros e opções de soja e milho nas quatro semanas encerradas no dia 23. Em outras palavras, os fundos se desfizeram de boa parte dos contratos com os quais lucram com a alta das cotações. A pressão sobre os preços dos grãos se deve, principalmente, à perspectiva de uma colheita recorde de soja e milho nos Estados Unidos, o que poderia recompor os estoques mundiais após um ano de safras castigadas pela seca em todo o continente americano. Contudo, o mercado está sujeito a escaladas diante das incertezas em relação ao clima. Ontem, os preços dispararam em Chicago em meio à preocupação com o atraso no plantio de milho nos EUA. A persistência das chuvas em Estados como Iowa e Illinois impede os agricultores de levarem suas máquinas para o campo. Até domingo, apenas 5% da nova safra havia sido semeada, ante 49% um ano antes e 31% na média dos últimos cinco anos para o período, segundo o Departamento de Agricultura (USDA). Se as condições permanecerem desfavoráveis, os produtores podem perder a janela ideal para o plantio do grão, o que pode comprometer o potencial produtivo das lavouras - que ficaram excessivamente expostas ao calor do verão americano durante o período mais crítico de desenvolvimento. "A situação está ficando crítica. Depois de 10 de maio ninguém mais planta milho nos Estados Unidos, porque o risco de perda é muito grande", afirma Flávia Moura, analista da Newedge USA, em Nova York. Por essa razão, as próximas duas semanas serão cruciais. Outra commodity que continua pressionada é o açúcar. Em abril, o preço médio do produto bruto recuou 3,66% em Nova York, para 17,67 centavos de dólar por libra-peso - o menor patamar desde junho de 2010. Nesse caso, o espaço para recuperações é mais estreito, uma vez que o mercado tem de lidar com um excedente de oferta. Segundo a Organização Internacional do Açúcar, a produção mundial da commodity deve superar a demanda em 8,5 milhões de toneladas na temporada que termina em setembro. Por essa razão, os estímulos para a produção de etanol no Brasil - que tende a reduzir a oferta de cana para a produção de açúcar - tiveram pouco efeito sobre o mercado da commodity neste mês. O café arábica também sofre com o cenário de folga na oferta, com o Brasil prestes a colher a maior safra de sua história para um ano de baixa produtividade no ciclo bianual dos cafezais. Até ontem, o preço médio do commodity em abril havia caído 0,88%, para 138,85 centavos de dólar por libra-peso - menor valor desde maio de 2010. Na contramão da tendência, o preço médio do suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) havia subido 7,8% até ontem e o do cacau, 6,7%. Nos dois casos, as cotações foram impulsionadas pela preocupação com o clima - na Flórida e na Costa do Marfim, respectivamente. Fonte: Valor Econômico