terça-feira, 30 de abril de 2013
Paraguai desponta na produção de milho segunda safra, diz analista do Imea
Paraguai desponta na produção de milho segunda safra, diz analista do Imea
30/04/2013
Apesar de ter uma produção de milho segunda safra 3,5 vezes menor do que a de Mato Grosso, o Paraguai desponta como um dos maiores produtores do grão da América do Sul. O país vizinho deve colher no ciclo 2012/2013 uma safra recorde de 4 milhões de toneladas em uma área de 1 milhão de hectares. Cerca de 80% dos produtores são brasileiros, os chamados brasiguaios.
Na semana passada, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, apresentou a produção de milho de Mato Grosso para produtores da cidade de Katuete, no distrito de Canindeyú, maior produtor do grão do país, e constatou as semelhanças e diferenças entre as produções paraguaia e a mato-grossense.
Segundo Celidonio, a produção do Paraguai se assemelha muito à do Sul do Brasil, especialmente por conta do clima parecido. “O clima no Paraguai, principalmente no distrito de Canindeyú é frio e as geadas durante o desenvolvimento da cultura são uma preocupação constante dos produtores, enquanto que em Mato Grosso ficamos dependendo de boas chuvas para o desenvolvimento da cultura”, comenta o superintendente do Imea.
Por outro lado, a cultura está crescendo, se destacando e trazendo mais renda ao produtor, a exemplo do que acontece no Estado. As propriedades variam entre 350 hectares a 500 ha. O perfil dos produtores rurais do Paraguai é bastante interessante. Cerca de 80% deles são brasileiros, os chamados brasiguaios, que vivem e produzem no país há mais de 30 anos. “Os produtores estão animados com a produção de soja e milho e trabalham de maneira tão profissional quanto os produtores mato-grossenses. O país ainda tem áreas de pastagem nas regiões mais ao centro e no oeste que podem ser convertidas em agricultura, o que pode elevar a produção em até 20% nos próximos anos”, destaca Celidonio.
O convite para a palestra do superintendente do Imea foi feito pela Agridatos, empresa que faz projeções de safra no Paraguai. Segundo o responsável, Eloir Antônio, o desenvolvimento da produção de milho paraguaio está muito boa e a colheita deve começar em meados de maio e junho. “Se tudo correr bem e as condições climáticas continuarem boas, teremos a maior produção de milho segunda safra da história do Paraguai”, disse Antônio.
Logística – Uma característica positiva da produção paraguaia é a logística. Enquanto para escoar a produção mato-grossense é necessário rodar mais de dois mil quilômetros por rodovias em más condições, no Paraguai a exportação de grãos é feita através de barcaças, via Rio Paraguai, que vão até o porto de Rosário, na Argentina, e de lá seguem para os destinos finais. O custo de frete gira em torno de R$ 70 enquanto entre Sorriso e o Porto de Santos, em São Paulo, o preço é em média R$ 250.
Fonte: Assessoria (foto: assessoria/arquivo)
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