O Brasil subiu dez posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial, ficando na 55ª posição em 2016. O avanço se deu por melhor qualidade de rastreamento e avanço das concessões rodoviárias, no entanto, alto preço do frete para o exterior ainda coloca o País como deficitário.O desempenho da logística, tanto no comércio internacional como no mercado interno, é fundamental para a competitividade e o crescimento dos países , afirma no estudo a diretora do Banco Mundial, Anabel Gonzales.
De opinião similar partilha o professor de macroeconomia e especialista em transporte intermodal, Júlio Carracena. Na visão do acadêmico, os países que encabeçam a lista do Banco Mundial são majoritariamente nações referência na intermodalidade. Não seremos competitivos enquanto não houver um esforço maior do poder público em garantir que a carga chegue de modo ágil e com poucas perdas do local e partida ao destino , crava.
Dentro da análise do Banco, o melhor item avaliado no processo logístico brasileiro foi o item rastreamento , que mede o monitoramento de cargas, no qual o País ficou em 45º lugar. Já a pior posição, 72º, ficou na categoria entregas internacionais , que mede, por exemplo, a competitividade do país nos preços do frete ao exterior.
Topo da lista
A Alemanha ficou no topo da lista, seguida por Luxemburgo e Suécia. Apesar da melhora, o Brasil está atrás de outros emergentes, como a Índia (35º) e China (27º) e os vizinhos Chile (46º) e Panamá (40º).
Segundo análise do banco, enquanto a logística dos países emergentes teve melhora, o progresso nas economias mais pobres se desacelerou pela primeira vez desde 2007. Nas três últimas posições do ranking estão Síria, Somália e Haiti.
Os dez primeiros lugares são dominados por países desenvolvidos. Um dos autores do relatório do Banco Mundial, Jean-Francois Arvis, ressalta que vários países precisam avançar na logística, incluindo a melhora da qualidade dos serviços. Uma das características comuns dos melhores colocados, afirma ele, é que essas economias mostram forte cooperação entre os setores públicos e privados no segmento.
O relatório de logística do Banco Mundial começou a ser produzido em 2007 e está em sua quinta edição. A melhor posição ocupada pelo Brasil no ranking geral foi em 2010, quando ficou em 41º lugar.
Para a elaboração do ranking a instituição entrevistou 1,2 mil pessoas da área de logística no mundo. O levantamento é divulgado a cada dois anos e leva em conta seis fatores, como a infraestrutura das estradas e portos, procedimentos alfandegários, prazos de entrega e eficiência de rastreamentos. Em 2014, o Brasil ficou em 65º.
Fonte: Assessoria
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