Estudos
Processo de descompactação do solo é um desafio no Brasil
Compactação do solo em canaviais é tema de estudo
Por: EMBRAPA
Publicado em 30/05/2017 às 10:45h.
Publicado em 30/05/2017 às 10:45h.
O processo de descompactação do solo é um desafio no Brasil. Uma alternativa que vem sendo estudada é o preparo profundo do solo, conhecido como sistema de aração profunda. Este sistema está tendo seu uso rapidamente ampliado em diversos cultivos (em especial, eucalipto e cana de açúcar). Entretanto, o sistema de preparo de solo profundos, com subsoladores e grades, ainda apresenta incertezas quanto à duração dos efeitos na descompactação e na dinâmica da água no solo.
A Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) e a Usina Jayoro (Presidente Figueiredo-AM), realiza estudos onde este sistema de aração profunda está sendo monitorado de forma intensiva. “Estes dados permitirão avançar no conhecimento dos efeitos deste sistema de manejo para os Latossolos Amarelos muito argilosos da Amazônia Central, além de contribuir na discussão mais geral do uso de forma de preparo do solo em canaviais”, conta o pesquisador Wenceslau Teixeira, da Embrapa Solos.
Neste estudo estão sendo monitorados canaviais onde foi feito o preparo do solo com aração profunda em comparação com canaviais onde foi feito o preparo convencional com grade aradora. A avaliação da resistência à penetração é feita periodicamente nos dois sistemas e os dados são ajustados para as diferenças causadas, não pela compactação em si, mas pela variação da umidade do solo. Está sendo feito o monitoramento da dinâmica da água no solo nos dois sistemas de preparo da terra, com equipamentos automatizados de coleta de parâmetros meteorológicos e da umidade do solo em diferentes profundidades.
São feita também avaliações do sistema radicular e da produtividade e longevidade dos canaviais. Os dados iniciais mostraram uma maior densidade e aprofundamento das raízes nas áreas com preparo profundo do solo, uma menor resistência à penetração e maior infiltração de água nas áreas descompactadas. A continuidade do monitoramento permitirá verificar a duração do efeito da descompactação, seu efeito na dinâmica da água nos talhões e na produtividade e longevidade dos canaviais.
Este estudo estará concluído em três anos.
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