quarta-feira, 31 de maio de 2017

SOJA CAMINHA DE LADO EM CHICAGO E PREÇOS RECUAM NO BRASIL

SOJA CAMINHA DE LADO EM CHICAGO E PREÇOS RECUAM NO BRASIL

O mercado internacional da soja, na sessão desta quarta-feira, deixou as pequenas baixas observadas mais cedo de lado e passou caminhar de lado em Chicago no início da tarde. Perto de 14h15 (horário de Brasília), o contrato julho/17 subia 0,50 ponto, para ser negociado a US$ 9,13, enquanto o agosto não apresentava variações – valendo US$ 9,16 – e os dois seguintes – setembro e novembro – perdiam, respectivamente 0,50 e 2 pontos, valendo US$ 9,16 e US$ 9,17 por bushel.
Nos portos do Brasil, os preços ainda acompanhavam o movimento do câmbio e, com o dólar em queda frente ao real – perdendo 0,36% para ser cotado a R$ 3,25 – as referências também recuavam. Em Rio Grande, a soja disponível perdia 0,30% para R$ 67,30 por saca, enquanto a safra nova tinha baixa de 0,56% para R$ 71,10.
Mercado em Chicago
Os últimos números do boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportados no final da tarde de ontem parece não ter assustado muito o mercado, que vinha de uma severa realização de lucros.
De acordo com o reporte, o plantio da oleaginosa foi concluído em 67% da área até o último domingo (28), enquanto a expectativa do mercado e a média dos últimos cinco anos se mostrava em 68%.
“A janela para o plantio do milho está terminando, mas a expectativa é que nessa semana as atividades em campo acelerem devido ao predomínio de tempo seco para as áreas produtoras”, explicam os analistas de mercado da Labhoro Corretora.
Para isso, as previsões climáticas daqui em diante já começam a indicar como deverá ser o verão nos Estados Unidos, e o NOAA – o serviço oficial de clima do governo norte-americano – já tem suas previsões atualizadas para os meses de junho, julho e agosto.
No paralelo, o mercado segue acompanhando ainda a movimentação dos fundos investidores – os quais seguem vendidos – no andamento do da relação dólar x real e em seus impactos sobre a comercialização no Brasil, o comportamento da demanda e as margens de esmagamento na China, que seguem mais ajustadas e em alguns casos até negativa.
Com um mercado se comportando de forma bastante técnica também, as análises gráficas têm sido imprescindíveis nos últimos pregões.
“Em termos gráficos, o contrato de soja julho/17 se aproximou mais um pouco do suporte psicológico dos US$ 9/bushel. Essa é uma região decisiva de preços”, explica o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, de Genebra na Suíça.

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