Se a redução de área cultivada com arroz é a solução para reduzir a oferta e equilibrar os preços no Mercosul, essa proposta precisará ser concretizada no Brasil. E não é o que está acontecendo. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) adotou a ideia e a recomendação de que os produtores gaúchos e do Mercosul reduzam a área plantada em até 250 mil hectares na próxima temporada para enxugar a oferta e buscar preços mais equilibrados no mercado sul americano. No entanto, como já previam alguns dos arrozeiros e analistas presentes no Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado, no início do mês, em Gramado (RS), a estratégia não alcançou as decisões individuais dos arrozeiros.
Ainda que se veja, em especial na Depressão Central, vários contratos de arrendamento trocando de mãos, não se percebe a intenção dos produtores de promoverem a diminuição de área de forma expressiva. Tanto os números de intenção de plantio do Irga quanto os da Emater não indicam grande retração na área cultivada no Rio Grande do Sul.
Na semana que passou o Irga divulgou análise técnica da intenção de plantio das lavouras gaúchas, e o indicativo de que o conjunto da orizicultura gaúcha pretende diminuir a superfície semeada em apenas 2,5%, ou 27,5 mil hectares, para um total de 1,078 milhão, não surpreendeu ninguém. Nesta segunda-feira, durante o Dia do Arroz, o presidente do Irga, Guinter Frantz, explicou que a capilaridade e a estrutura do Irga permite fazer uma pesquisa que traduza dados muito próximos da precisão. Mas, que a intenção de plantio é uma projeção que, para se confirmar, ainda terá que superar diversos obstáculos.
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Fonte: Planeta Arroz
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