Peixe
Reunir competências e esforços de diferentes instituições, tanto privadas como públicas, para ajudar a desenvolver a piscicultura
Crescimento da piscicultura está sendo trabalhado no Sudeste do Tocantins
Por: EMBRAPA
Publicado em 30/08/2017 às 16:38h.
Publicado em 30/08/2017 às 16:38h.
Reunir competências e esforços de diferentes instituições, tanto privadas como públicas, para ajudar a desenvolver a piscicultura. Com esse objetivo, vêm acontecendo encontros técnicos em Almas, no Sudeste do Tocantins. Hoje, no município há dois frigoríficos de pescado em funcionamento.
De acordo com João Filho, extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), a piscicultura em Almas já foi uma atividade forte, mas passou nos últimos anos por um certo declínio. Hoje, a situação tem tudo pra mudar: “o produtor agora conscientizou que não dá pra trabalhar sem gestão, sem uma boa alimentação, sem fazer a coisa realmente como deve acontecer dentro da piscicultura”, afirma.
E a intenção é que, ao compartilhar informações e experiências entre os diferentes atores da cadeia produtiva do pescado na região, todos se fortaleçam e ganhem. Segundo João, hoje são 46 piscicultores, a maioria de médio ou de grande porte. Do terceiro encontro, ocorrido na última sexta-feira, 25 de agosto, participaram 85 pessoas de diferentes segmentos: setor produtivo, frigorífico, empresa de ração, pesquisa agropecuária, extensão rural, entre outros. A pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) Adriana Lima, da área de manejo de peixes, falou sobre alevinagem durante o evento.
Eric Routledge, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da instituição, também esteve no encontro. Para ele, “o mais importante de participar dessa iniciativa aqui a partir do primeiro semestre desse ano é justamente porque existem outros atores da cadeia envolvidos. Ou seja, a Embrapa sozinha também não vai conseguir. Ela precisa estar participando desse grande esforço de mobilização do setor produtivo. E o setor produtivo, junto com os outros atores da cadeia (produtores de alevinos, fornecedores de rações, de outros insumos), possam estar motivando os produtores a cada vez serem mais profissionais”.
Potencial e realidade do estado – O chefe geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno Campos da Rocha, aposta no potencial do Tocantins para a piscicultura. E, nesse sentido, encontros como os que estão ocorrendo periodicamente em Almas colaboram. “O objetivo disso aqui é mostrar às pessoas que nós temos que fazer a coisa certa, na hora certa, no lugar certo. E nós, como somos a cadeia ‘bebê’ da pecuária, temos que fazer as coisas bem feitas. Nós temos sim que ser o maior produtor de peixe do Brasil. Não vai ser amanhã que nós vamos conseguir isso. Nós vamos ter que trabalhar muito, nós todos juntos”, opina.
De acordo com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), em 2016 o Tocantins produziu 15,2 mil toneladas de peixe, índice 5% menor que no ano anterior. O estado foi apenas o 15º produtor nacional. Conhecido por sua grande potencialidade para o cultivo de peixes, hoje a principal espécie produzida é o tambaqui. No final de junho, o estado teve liberada a criação de tilápia em tanques rede. Estão sendo definidas, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente do Tocantins (Coema TO), as condicionantes ambientais que serão exigidas para essa produção.
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