quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Congresso do Algodão começa com anúncio de aumento de 23% na safra; MT lidera produção

De Maceió - André Garcia Santana
30 Ago 2017 - 10:52




Embora 2017 tenha apresentado retração na área plantada, a expectativa é de uma produção de algodão 23,3% maior em comparação com a do ano passado no Brasil. Os números foram divulgados na abertura do 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), na noite de terça-feira (29), em Maceió - AL. Com participação forte de Mato Grosso, maior produtor nacional da pluma, o evento aponta para perspectivas ainda mais otimistas para a colheita 2018/2019, quando o crescimento estimado será de 17%.  

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De acordo com o presidente da Associção Brasileira dos Prdoturoes de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo, a tendência é que o consumo mundial da pluma cresça ao longo dos anos. "O mundo não só quer como precisa do algodão brasileiro, e nós temos como suprir essa demanda. Temos pessoas, tecnologia, água e terra. O mercado ruma para o aumento nos preços. No momento, tudo depende de decisões, e decisões bem tomadas são embasadas em dados, por isso precisamos imergir em conhecimento." 

O chefe geral da embrapa, Sebastião Barbosa, uma das principais missões da instituição ao longo dos últimos anos foi descentralizar a pesquisa no setor, expandindo para municípios como Sinop (480 km de Cuiabá) e demais produtores de outros Estados brasileiros. Paralelo a isso, aumentam os esforços para estreitar as relações do país com produtores da América Latina e África, também presentes no evento.  

A abertura do evento também contou a presença da estilista Marta Medeiros. Conhecida por seus vestidos de renda de alta costura, a alagoana destacou a qualidade do algodão natural para o trabalho que desenvolve, e atribuiu ao produto o poder de transmitir ao consumidor a história que o antecede, desde a produção até  os últimos arremates na indústira. "Precisamos valorizar o produto natural. Isso é mais que uma tendência da alta costura, é uma tendência de mundo. Todos querem se sentir abraçado, buscamos nos alimentar melhor, nos relacionar melhor, e isso envolve também o vestuário.  

 Lembrado pelo volume de sua colheita, que corresponde a 65% do que o país produz, Mato Grosso é representado nas áreas técnicas, de produção e comércio. Vários pesquisadores do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) apresentarão minicursos, como o fitopatologista Rafael Galbieri, que vai palestrar sobre manejo de nematoides. O objetivo é atualizar o público alvo, formado por engenheiros agrônomos, gerentes, técnicos e consultores, sobre tecnologias para a produção sustentável em áreas infestadas.

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