quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Confiança da indústria no Brasil tem 2ª alta consecutiva em dezembro, mas sinaliza ritmo moderado no fim de 2018, diz FGV



Publicado em 27/12/2018 09:35



SÃO PAULO (Reuters) - A percepção sobre a demanda interna melhorou em dezembro e a confiança da indústria brasileira terminou o ano registrando sua segunda alta consecutiva, apesar de ainda sinalizar um ritmo moderado de atividade do setor na virada para o próximo ano, mostrou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Com alta de 0,5 ponto na comparação com novembro, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) atingiu 94,8 pontos no último mês do ano.
"Mesmo após a segunda alta consecutiva, a confiança do setor industrial segue abaixo dos níveis alcançados no primeiro semestre do ano e sinaliza um ritmo morno de atividade na virada para 2019. Em relação à situação corrente, a boa notícia do mês foi a melhora das avaliações sobre a demanda interna, sugerindo um quadro de normalidade", explicou o superintendente de estatísticas públicas da FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr.
"Apesar disso, as expectativas para a evolução da produção e do emprego no horizonte de três meses continuam refletindo a perda de fôlego observada pelo setor nos meses anteriores. Mas no horizonte de seis meses, as empresas sustentam uma visão otimista para os negócios", continuou.
Em dezembro, 11 dos 19 segmentos pesquisados apresentaram melhora na confiança. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto, para 96,0 pontos, em seu segundo avanço consecutivo.

Já o Índice de Expectativas (IE) manteve a trajetória de queda e recuou 0,7 ponto, para 93,8 pontos, atingindo seu menor nível desde junho de 2017.
No mês, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também apresentou recuo de 0,6 ponto percentual, para 74,6 por cento, registrando seu menor patamar desde outubro de 2017.
A confiança da indústria acompanha as leituras vistas no comércio e na construção, que encerraram o ano em alta, ambas com melhora tanto na percepção dos empresários em relação à situação atual, quanto nas expectativas para os próximos meses.
(Por Stéfani Inouye)
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Fonte: Reuters

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