Publicado em 28/12/2018 09:08 e atualizado em 28/12/2018 10:25
O milho, que já vinha apresentando sintomas de estresse hídrico em algumas lavouras, foi beneficiado pelas precipitações que ocorrem em diversas regiões produtoras no Estado. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (27/12), no Norte do Estado e nas regiões da Produção, Nordeste, Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, as chuvas ocorridas devolveram a normalidade à cultura e trouxeram alívio ao quadro preocupante que se avistava, de redução na produtividade.
Já nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, o milho no geral apresenta ótimo potencial produtivo, sobretudo nas lavouras em enchimento de grãos, que têm seu potencial produtivo favorecido pelas chuvas, mas principalmente pelo trabalho desenvolvido pela Emater/RS-Ascar de manejo e conservação do solo que, comprovadamente neste período de estiagem, mantém as lavouras com boa umidade no solo, evitando perdas aos produtores.
As lavouras de milho já implantadas no Estado alcançam 95% da área total, estimada em aproximadamente 740 mil hectares. Atualmente, 27% das áreas estão em desenvolvimento vegetativo, 18% em floração, 45% em enchimento de grãos, 9% das lavouras estão maduras e por colher e 1% da área já foi colhida.
As precipitações dos últimos períodos também amenizaram o déficit hídrico nas lavouras de soja, em especial no Norte do Estado. Já em municípios das regiões da Fronteira Oeste e Campanha, a chuva da semana prejudicou os trabalhos de finalização do plantio de algumas áreas e o desenvolvimento das áreas já plantadas. Percebem-se problemas fitossanitários e a necessidade de alguns replantes das lavouras devido à alta umidade do solo. Em alguns municípios das regiões da Fronteira Noroeste e Missões, foram identificados diversos focos de ferrugem asiática, sendo antecipado o controle com fungicidas, o que vai acarretar um aumento de aplicações nesta safra que se inicia.
Restando poucas áreas a serem implantadas, a cultura avança no Estado, com 89% das lavouras na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, 10% em floração e 1% em enchimento de grãos.
Com uma área estimada em torno de 40 mil hectares já implantada no Estado, a cultura do feijão 1ª safra chega aos 25% da área já colhido, apresentando bom desenvolvimento até o momento. Atualmente, 33% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 10% em floração, 17% em enchimento de grãos e 15% estão maduras e por colher. Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, o retorno da chuva e o correto manejo do solo elevaram a umidade e beneficiou a cultura em todas as fases de desenvolvimento.
No arroz, a cultura apresenta boa perspectiva em relação ao potencial produtivo nas regiões da Fronteira Noroeste e Campanha. As lavouras têm demonstrado bom desenvolvimento vegetativo, favorecido pela umidade do solo e por dias com ótima luminosidade e calor. Nas regiões Central, Vale do Taquari e Jacuí Centro, as lavouras estão sendo manejadas para controle de plantas daninhas com adubação em cobertura e irrigação.
Atualmente, a lavoura de arroz encontra-se na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, com 90% da área, percentual próximo aos 88% verificados na média dos últimos cinco anos para a cultura, nesta mesma época. Outros 10% de área estão em floração.
OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS
Cebola: na Serra, segue tranquila a colheita da safra, já em finalização na região Colonial e avançando forte na região dos Campos de Cima da Serra. Áreas não atingidas pelo temporal de final de outubro demonstram boa qualidade e rendimentos dentro do esperado, ou seja, média de 35 toneladas por hectare. Embora as chuvas sejam frequentes, são rápidas, ditas de verão, e as temperaturas mais altas e os ventos regulares configuram quadro favorável à secagem e cura dos bulbos estocados nos galpões.
Cebola: na Serra, segue tranquila a colheita da safra, já em finalização na região Colonial e avançando forte na região dos Campos de Cima da Serra. Áreas não atingidas pelo temporal de final de outubro demonstram boa qualidade e rendimentos dentro do esperado, ou seja, média de 35 toneladas por hectare. Embora as chuvas sejam frequentes, são rápidas, ditas de verão, e as temperaturas mais altas e os ventos regulares configuram quadro favorável à secagem e cura dos bulbos estocados nos galpões.
Viticultura: está finalizada a colheita da variedade mais precoce produzida na região da Serra, a Vênus, com bons rendimentos físicos, ótima qualidade e cotações remuneradoras. Intensifica-se agora a colheita da principal cultivar de mesa agricultada nos vales de rios da região, a Niágara Rosa. Até o momento, a qualidade dessa fruta também se mostra boa, porém as chuvas praticamente diárias, se por um lado favorecem o desenvolvimento vegetativo das plantas, também começam a deixar os viticultores em alerta, pois, persistindo essa frequência, poderá haver influência na qualidade das bagas. Demais vinhais com boa sanidade e desenvolvimento; porém aumenta a incidência da mufa. A variedade Bordô demonstra início de mudança da coloração. Mercado comprador para oferta nas festividades de final de ano; a precificação média na propriedade para fruta classificada e embalada, pronta para ofertar, está em R$ 4,00/kg.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
Os campos nativos de maneira geral continuam com boa brotação, e a produção de forragem está proporcionando grande disponibilidade de pastos com alta qualidade nutricional, proporcionando assim melhores condições nutricionais para os animais. Os produtores estão adequando a lotação animal dos potreiros de pastagens naturais, conforme a disponibilidade de oferta de forragem para os rebanhos. Alguns produtores aproveitam para realizar roçadas.
Os campos nativos de maneira geral continuam com boa brotação, e a produção de forragem está proporcionando grande disponibilidade de pastos com alta qualidade nutricional, proporcionando assim melhores condições nutricionais para os animais. Os produtores estão adequando a lotação animal dos potreiros de pastagens naturais, conforme a disponibilidade de oferta de forragem para os rebanhos. Alguns produtores aproveitam para realizar roçadas.
As temperaturas elevadas e a volta das chuvas estão contribuindo para o bom desenvolvimento das pastagens anuais e perenes de verão, assim como das lavouras de milho destinadas à produção de silagem. O produtor de leite deve estar atento ao bem-estar animal com vistas ao melhor despenho do rebanho, pois o calor em maior intensidade pode causar estresse nos animais, que reduzem a produção ao consumir menos alimentos durante o pastejar. Para compensar a menor ingesta de alimentos, os produtores aumentam a oferta de silagem, feno, grãos, farelos e ração no cocho.
Fonte: Emater/RS-Ascar
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