Publicado em 26/12/2018 14:34
Os contratos futuros do petróleo operavam em alta nesta quarta-feira (26), com o Brent perto de 51 dólares o barril, depois de ter atingido o nível mais baixo desde junho de 2017, em meio a uma visão de que a queda das cotações impulsionada por preocupações com a economia global possa ter sido exagerada, uma vez que há um esforço da Opep para conter a oferta.
O petróleo Brent subia 4,88%, a US$ 53,27 por barril, às 14h55 (horário de Brasília) na Bolsa de Londres.O petróleo dos Estados Unidos, o WTI, avançava 6,07%, a US$ 45,12 por barril.
O petróleo tem sido atingido por uma fraqueza mais ampla no mercado financeiro, à medida que a paralisação do governo dos Estados Unidos, a alta taxa de juros norte-americana e a disputa comercial entre os EUA e a China intensificaram as tensões dos investidores e exacerbaram as preocupações com o crescimento global.
"Eu acho que há um pouco de extrapolação para o lado negativo ligada aos receios quanto ao mercado global", disse Olivier Jakob, analista da Petromatrix. "Isso é tudo relacionado ao preço das ações."
"A Opep mostrou que deseja preços mais altos e está trabalhando para atingir esse objetivo", acrescentou ele.
O nível de negociações era baixo devido aos feriados de Natal. Os mercados acionários asiáticos recuaram novamente nesta quarta-feira, enquanto os mercados no Reino Unido, Alemanha e França permaneceram fechados.
Embora as preocupações econômicas pesem, a perspectiva não é tão fraca quanto em 2016, quando houve também um excesso de oferta, uma vez que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo está tentando estimular o mercado, disse Jakob.
Preocupados com a possibilidade de que um novo excesso de oferta possa surgir, a Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, decidiram no início deste mês retomar a política de cortar a produção em 2019, voltando atrás em uma decisão tomada em junho de 2018 de produzir mais petróleo.
Na Investing: Preços do petróleo se recuperam depois de colapso do Natal
Investing.com - Os preços do petróleo subiram na quarta-feira, com a referência se recuperando depois de atingir seu nível mais baixo desde junho de 2017 na véspera de Natal.
Enquanto isso, os futuros internacionais de petróleo Brent subiam 4 centavos nesta quarta-feira, para US$ 50,81 o barril.
Com muitos comerciantes fora para os feriados, espera-se que os volumes sejam mais fracos e que os movimentos possam ser exagerados.
O petróleo bruto perdeu mais de um terço de seu valor desde outubro, no que se tornou uma das maiores quedas desde o colapso dos preços em 2014, com o aumento da oferta e o espectro de demanda vacilante assustando os investidores.
Com menos de uma semana até o final de 2018, o WTI permanece em baixa de cerca de 29% este ano, enquanto o Brent caiu cerca de 24% no ano, uma vez que os estoques inchados diminuíram o sentimento de queda.
Leia a notícia na íntegra no site da Investing.
Opep e aliados devem estabilizar preços do petróleo no 1° tri, diz Cazaquistão
ASTANA (Reuters) - O Cazaquistão espera que os participantes de um pacto para conter a produção global de petróleo estabilizem os preços no primeiro trimestre de 2019 e façam um comunicado conjunto no próximo mês "para apoiar o mercado", disse nesta quarta-feira o ministro de Energia do país, Kanat Bozumbayev.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, e um grupo de não membros que inclui nações como a Rússia, fecharam neste mês um acordo para começar a cortar a produção em janeiro com o objetivo de reduzir uma sobreoferta global que derrubou os preços ao menor nível em mais de um ano.
"Todos esses países devem estabilizar a situação com medidas enérgicas em janeiro, fevereiro e março. Os preços devem se estabilizar e entrar em um intervalo mais ou menos positivo", disse Bozumbayev.
Ele não deu detalhes sobre o comunicado esperado para janeiro, mas disse que discutiu a situação com importantes membros do acordo, como Arábia Saudita, Rússia, Emirados Árabes Unidos e o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo.
O Cazaquistão planeja reduzir sua própria produção para 89,5 milhões de toneladas no próximo ano, de 90,3 milhões de toneladas neste ano, em parte devido a atividades de manutenção programadas para três de seus maiores campos, Kashagan, Karachaganak e Tengiz, segundo o ministro.
(Por Tamara Vaal)
Fonte: Reuters
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