Publicado em 01/01/2019 17:12 e atualizado em 01/01/2019 18:38
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro fez nesta terça-feira um discurso de posse marcado por temas da campanha eleitoral que o levou à Presidência e com a promessa de fortalecer a democracia e trazer para a economia a marca da confiança por meio da realização do que chamou de reformas estruturantes para criar um "círculo virtuoso" na economia.
Bolsonaro também prometeu construir uma sociedade sem discriminações e divisões e, ao levantar bandeiras de sua campanha eleitoral, a mais polarizada da história, defendeu a posse de armas de fogo por "cidadãos de bem" e disse que tirará o Brasil das "amarras ideológicas".
"Reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem divisão", disse Bolsonaro no discurso logo depois de fazer o juramento e ser empossado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), ao lado do general da reserva Hamilton Mourão, que tomou posse como vice-presidente.
"O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender. Contamos com o apoio do Congresso Nacional para os policiais fazerem seu trabalho", acrescentou, ao retomar dois temas caros que defendeu na campanha que o elegeu no final de outubro.
Bolsonaro também fez uma sinalização aos parlamentares, convocando-os a aprovarem medidas econômicas importantes, como o que chamou de "reformas estruturantes", sem, no entanto, nomeá-las.
"Aproveito este momento solene e convoco cada um dos congressistas para me ajudarem na missão de restaurar e reerguer nossa pátria, libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica", discursou Bolsonaro.
"Vamos valorizar o Parlamento resgatando a legitimidade e a credibilidade do Congresso Nacional. Na economia, traremos a marca da confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência. Confiança no cumprimento de que o governo não gastará mais do que arrecada e na garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitadas", afirmou o novo presidente.
Após ser empossado no Congresso, Bolsonaro segue para o Palácio do Planalto onde recebe a faixa presidencial do agora ex-presidente Michel Temer. O novo presidente também fará um discurso à população que acompanha a cerimônia no Planalto.
A FAIXA É DE BOLSONARO
Michel Temer acaba de passar a faixa presidencial a Jair Bolsonaro…
“O dia em que o povo começou a se libertar do socialismo”
Jair Bolsonaro, em seu discurso, disse que este é “o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo”.
Bolsonaro empossa seus ministros
Depois dos cumprimentos dos chefes de Estado estrangeiros, Jair Bolsonaro assina os termos de posse dos ministros.
Sergio Moro foi o primeiro.
Veja a lista dos novos ministros empossados
Abaixo, a lista dos ministros empossados, pela ordem em que foram chamados por Jair Bolsonaro para assinar a nomeação:
- Sergio Moro (Justiça)
- Onyx Lorenzoni (Casa Civil)
- Fernando Azevedo e Silva (Defesa)
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
- Paulo Guedes (Economia)
- Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura)
- Tereza Cristina (Agricultura)
- Ricardo Vélez Rodriguez (Educação)
- Osmar Terra (Cidadania)
- Luiz Henrique Mandetta (Saúde)
- Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior (Minas e Energia)
- Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações)
- Ricardo Salles (Meio Ambiente)
- Marcelo Álvaro Antônio (Turismo)
- Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional)
- Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)
- Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência)
- Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União)
- Carlos Alberto Dos Santos Cruz (Secretaria de Governo)
- Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
- André Luiz de Almeida Mendonça (Advocacia-Geral da União)
- Roberto Campos Neto (Banco Central)
Fonte: Reuters
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