quinta-feira, 30 de abril de 2015

‘Agricultura vive negatividade controlada’

30/04/15 - 08:30 Números negativos no primeiro trimestre de 2015 e uma leve recuperação das vendas a cada trimestre do ano, com um segundo semestre melhor é o que estima a New Holland, que teve de 15% a 20% de participação no mercado de tratores e de 35% a 40% no de colheitadeiras em 2014. "Os concessionários e os clientes se assustaram com o aumento nos juros do Moderforta, foi um impacto psicológico, mas temos boas perspectivas para o futuro", declarou o vice-presidente da marca para a América Latina, Alessandro Maritano, que vê a Agrishow como um termômetro para o segundo semestre. "A agricultura brasileira vive uma negatividade controlada, mas não é uma situação dramática", complementou Maritano, que também espera manter a participação histórica de mercado da marca para conter as perdas com a baixa comercialização de máquinas agrícolas. "A queda nas vendas no primeiro semestre deve ficar entre 15% e 20%, mas no segundo não deve passar de 5%", calculou. A estratégia de ofertar novos produtos também é adotada pela New Holland, que trouxe para a feira no interior paulista as novas colheitadeiras CR 8090 e CR585, o trator T7.260 e a plantadeira PL5000 - a primeira produzida 100% pela montadora no Brasil. "Creio que as montadoras não serão impactadas pela crise nos setores onde as marcas têm história", opinou Maritano, reforçando que o mercado da New Holland tem foco na produção de grãos e cereais, especialmente soja, além de apostar no bom momento da pecuária de corte e leite e no café, "que vem se recuperando" e em culturas especiais, como laranja e uva. Para os executivos da Massey Ferguson, a realidade é difícil, mas o foco também está em ações a longo prazo, principalmente no lançamento de novos produtos capazes de aumentar a participação da empresa no mercado. O diretor comercial da marca no Brasil, Carlito Eckert, estima queda de 15% a 20% na comercialização de tratores e de até 30% na venda de colheitadeiras em 2015. Ele espera que o governo disponibilize recursos na mesma ordem do Plano Safra passado, quando a agricultura teve à disposição R$ 156 bilhões para financiamentos em geral. Para Eckert, diferentes oportunidades promocionais fazem a diferença no momento de conquistar o cliente. Entre as estratégias da montadora para incrementar as vendas estão demonstrações de produtos, lançamentos e consórcios. "Hoje, o cliente busca empresas que entendam seu negócio e o ajudem a ser mais competitivo", comentou o diretor, ressaltando que o consórcio representa cerca de 20% da venda de tratores da empresa. Na Agrishow, a empresa estima queda de 15% a 20% na realização de negócios. (M.G.) Folha Web

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