segunda-feira, 31 de agosto de 2015

31/08/2015 - 18:38

Alta do dolar chega a 55% nos últimos 12 meses e deixa commodities agrícolas valorizadas De Sinop - Alexandre Alves
O preço do dólar valorizou cerca de 55% desde agosto de 2014, saltando de R$ 2,28 naquele mês, para os atuais R$ 3,62 – cotação desta segunda-feira (31). Este fato acaba beneficiando as principais commodities agrícolas de Mato Grosso, que têm a exportação como sua principal demanda, “tornando assim o produto mais competitivo no mercado internacional e valorizando o preço interno”, informa o boletim mensal da conjuntura econômica, divulgado hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Pontua o Imea que, apesar da queda do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária, em torno de 2,7%, o setor em Mato Grosso ainda prossegue com boas perspectivas, pois a maior produção de milho no Estado e o aumento do dólar, que tem possibilitado preços mais remuneradores para as commodities agrícolas, contribuem para mais um ano positivo para o Valor Bruto da Produção Agropecuária. A disparada do dólar ocorreu devido ao momento ruim na economia brasileira, reforçada pela crise mundial. O primeiro semestre de 2015 foi marcado por diversos fatores negativos, como a alta inflação, acompanhada por crescimento da taxa de desemprego e a falta de confiança dos investidores. Isso fez com que aumentassem as incertezas políticas e econômicas do país, afetando assim a cotação da moeda. Para se ter ideia como a alta do dólar está ajudando o agronegócio mato-grossense, em agosto de 2015 a soja registrou aumento de 7%, o milho de 35% e o algodão de 31%, se comparado ao mesmo período do ano passado. “Para os próximos meses, o dólar pode continuar nestes patamares devido à recessão da economia brasileira, em contrapartida, o novo cenário chinês poderá influenciar na demanda destes produtos”, analisa o instituto. Outro fator que comprova a influência do dólar no agronegócio de Mato Grosso é a elevação na balança comercial do Estado, que apresentou crescimento de 22,2% no acumulado até julho, se comparado com o acumulado do ano até junho. “Este fato ocorreu devido ao aumento das exportações, que tiveram como destaque os cereais”, diz o Imea.

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