segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Desmatamento volta a crescer no Mato Grosso
31/08/15 - 09:30
O Instituto Centro de Vida (ICV) divulgou dados do satélite Imazon que apontam um crescimento no desmatamento em Mato Grosso. Segundo o instituto, o estado registrou uma alta de 152% no atual calendário de monitoramento, que começou em agosto de 2014 e fechou em julho de 2015, em comparação com o mesmo período do ano anterior (agosto de 2013 a julho de 2014).
Os dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), apresentados pelo ICV, destacam que o monitoramento por satélite registrou 1.036 quilômetros quadrados de desmatamento nestes 12 meses, contra 411, do período anterior. Os dados foram divulgados nesta última quinta-feira (27).
Por conta disso, conforme análise do ICV, Mato Grosso lidera o ranking nacional de corte da floresta, sendo responsável por 31% de todo o desmatamento registrado na Amazônia Legal, que também teve aumento, de 63%.
A análise do Instituto Centro de Vida mostra ainda que o município de Colniza, na região noroeste de Mato Grosso, registrou 204% de aumento na comparação com os dois períodos, totalizando 171 quilômetros quadrados de retirada da floresta, entre julho do ano passado e agosto deste ano, o que representa 17% do total detectado em Mato Grosso.
O município, de acordo com o instituto, tem apenas 43% da área no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Além disso, Os dados do Imazon revelaram que o ranking estadual dos municípios que mais desmataram é composto ainda por Feliz Natal (84 km²) e Juína (62 km²). Com relação ao tamanho, a apreciação do ICV aponta que 53% da área tiveram desmatamentos entre 50 e 250 hectares.
Contudo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) contestou a interpretação dos dados do Imazon feita pelo Instituto Centro de Vida (ICV), revelando que Mato Grosso reduziu em 91% a área de desmatamento ilegal entre 2004 e 2014, conforme dados oficiais do Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), que conta, segundo a Sema, com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para atualização anual das taxas de desmatamento na Amazônia Legal.
A Sema ressaltou que, em números, isso significa que o desmatamento caiu de 11.814 km2 para 1.048 km2 nesse período. No ano passado, a secretaria informou que o percentual regrediu em 9%, variando de 1.139 km2, em 2013, para 1.048 km2 em 2014. O levantamento parcial do Inpe referente a 2015, a secretaria informou que será divulgado entre novembro e dezembro; e o oficial em março de 2016.
Diário de Cuiabá
Autor: Marcelo Ferraz
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