Por volta das 08h54, o contrato setembro/16 registrava 144,70 cents/lb com 70 pontos de alta, o dezembro/16 tinha 145,35 cents/lb com 25 pontos de avanço
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de terça-feira (30) e estendem os ganhos registrados na sessão anterior. O mercado segue atento ao câmbio e o clima no cinturão produtivo do Brasil. Com essa nova alta, os preços externos da variedade ficam ainda mais próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso e completam a quarta sessão seguida de valorização.
Segundo mapas climáticos, essa semana promete ser de chuva forte em áreas produtoras do Paraná e Oeste de São Paulo, com acumulados entre 20 e 50 milímetros. No entanto, em Minas Gerais, principal estado produtor do grão, no Espírito Santo e na Bahia, as chuvas devem ser fracas e esparsas. Na segunda metade da semana, as temperaturas devem cair em todo o cinturão produtivo.
Por volta das 08h54, o contrato setembro/16 registrava 144,70 cents/lb com 70 pontos de alta, o dezembro/16 tinha 145,35 cents/lb com 25 pontos de avanço. Já o vencimento março/17 estava cotado a 148,45 cents/lb com 20 pontos de valorização e o maio/17 anotava 150,55 cents/lb com 40 pontos de valorização.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de NY fecha em alta pela terceira sessão consecutiva com suporte do câmbio e incertezas com safra do Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (29) com a terceira alta consecutiva e avançaram acima do patamar de US$ 1,45 por libra-peso nos principais vencimentos. O mercado externo segue atento ao clima registrado nas principais origens produtoras do Brasil, que podem impactar a safra 2017/18, e também ao câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity.
Os lotes de café arábica com vencimento para setembro/16 encerraram a sessão de hoje cotados a 144,00 cents/lb com 10 pontos de alta, o dezembro/16 teve 145,10 cents/lb com 25 pontos de avanço. Já o contrato março/17 fechou o dia a 148,25 cents/lb e o maio/17, mais distante, registrou 150,15 cents/lb, ambos com 25 pontos de valorização.
O dólar comercial fechou o pregão desta segunda com queda de 1,21%, cotado a R$ 3,2323 na venda, repercutindo o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e o discurso da presidente do Fed (Federal Reserve), Banco central dos Estados Unidos, na semana passada que endossou as expectativas sobre os juros no país.
A moeda estrangeira menos valorizada em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity. Por outro lado, os preços externos do grão tendem a subir. "No caso do café, além da ansiedade cambial temos a expectativa da chuva por chegar às regiões produtoras de café no Brasil", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Apesar de registrar alta bem menos expressiva do que nos últimos dias, o mercado do arábica também segue repercutindo as incertezas em relação ao potencial produtivo da próxima safra do Brasil, que pode ser impactada pelas condições climáticas. Por conta das chuvas nos últimos dias, algumas áreas produtoras receberam precipitações nos últimos dias e que favoreceram a abertura da florada. No entanto, é preciso a continuidade dessa condição climática nos próximos meses para que as floradas tenham pegamento.
"A previsão climática dá conta de que o mês de setembro será mais chuvoso no Sul e Sudeste do Brasil e isso, pode validar floradas futuras e por tabela, indicar um novo ciclo produtivo interessante para o parque cafeeiro do Brasil em 2017", afirma Marcus Magalhães.
Além disso, a próxima safra deve ser bienalidade baixa para a maioria das regiões, o que deixa os cafeicultores temerosos e os investidores atentos. "Por ora os agentes compartilham a percepção de que o arábica inevitavelmente produzirá menos depois de um ano grande de produção. Preocupante e de característica explosiva para os preços dos terminais são as condições do conilon, que vem de um ano muito baixo de produção com árvores que sentiram demais a seca e precisam de chuva no Norte do Espírito Santo para não repetir o aperto vivido no atual ciclo", reportou em seu informativo semanal o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa
Segundo mapas climáticos, essa semana promete ser de chuva forte em áreas produtoras do Paraná e Oeste de São Paulo, com acumulados entre 20 e 50 milímetros. No entanto, em Minas Gerais, principal estado produtor do grão, no Espírito Santo e na Bahia, as chuvas devem ser fracas e esparsas. Na segunda metade da semana, as temperaturas devem cair em todo o cinturão produtivo.
As chuvas previstas para algumas áreas produtoras nesta semana não devem impactar tanto a colheita da safra 2016/17. Os trabalhos no robusta já foram concluídos e no arábica estão próximos do fim. Segundo estimativa da Safras & Mercado, divulgada na quinta-feira (25), a colheita brasileira estava em 91% até dia 23 de agosto. Com a previsão de produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg no Brasil da consultoria nesta temporada, é apontado que já foram colhidas 50,06 milhões de sacas. Os trabalhos evoluíram 5% em relação à semana anterior.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, seguem lentos os negócios com café. O produtor espera melhores patamares. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas", explica Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 590,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,12% e saca a R$ 531,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 564,00 a saca e avanço de 0,89%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu na Média Rio Grande do Sul com R$ 500,00 a saca e alta de 2,04%.
Na sexta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 482,49 com alta de 0,29%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta não funciona hoje devido ao feriado Nacional no Reino Unido.
Na sexta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 422,66 com queda de 0,82%.
Data de Publicação: 30/08/2016 às 11:00hs
Fonte: Notícias Agrícolas
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