terça-feira, 30 de agosto de 2016

Milho: Em Chicago, mercado inicia o pregão desta 3ª feira com leve oscilação, próximo da estabilidade



As principais posições do cereal registravam quedas entre 0,25 e 0,50 pontos, por volta das 8h45 (horário de Brasília)




No início da sessão desta terça-feira (30), as cotações futuras do milho exibem ligeiras movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal registravam quedas entre 0,25 e 0,50 pontos, por volta das 8h45 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,11 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,20 por bushel.
De acordo com as informações das agências internacionais, as projeções de uma safra recorde nos Estados Unidos nesta temporada permanecem pressionando as cotações. E, os boletins meteorológicos ainda indicam a continuidade de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras do país. Com isso, a perspectiva é que sejam colhidas mais de 384 milhões de toneladas de milho no ciclo 2016/17.
Ainda no final da tarde de ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório de acompanhamento de safras. No caso do milho, os números foram mantidos pelo departamento. 75% das lavouras ainda permanecem em boas ou excelentes condições, 18% têm condições regulares e 7% apresentam condições ruins ou muito ruins.
O departamento também apontou que 60% das plantações estão na fase de milho dentado. Na última semana o número era de 40% e a média dos últimos anos é de 52%.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Focado na safra dos EUA, mercado consolida nova queda no pregão desta 2ª feira em Chicago
Nesta segunda-feira (29), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão em campo negativo. Os contratos do cereal encerraram o dia com desvalorizações entre 3,50 e 4,50 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,11 por bushel e o dezembro/16 finalizou a sessão a US$ 3,20 por bushel.
Os analistas ponderam que, a perspectiva de uma grande safra nos EUA nesta temporada ainda pesa sobre os preços. "Parece que o mercado não acreditou muito nos números trazidos pelo Crop Tour na última semana", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Na semana anterior, o tour, que percorreu os estados de Dakota do Sul, Nebraska, Minnesota, Iowa, Illinois, Indiana e Ohio, estimou a produção de milho norte-americana em 374,11 milhões de toneladas, com produtividade média de 180,15 sacas por hectare. A projeção está bem abaixo do indicado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último relatório de oferta e demanda, de 384 milhões de toneladas.
"Previsões do tempo continuam favoráveis para milho e soja com chuvas que se deslocam em todo o Centro-Oeste nesta semana. Condições quentes são previstas para a próxima semana, juntamente com chuva em toda a porção ocidental do Meio-Oeste", ressalta o analista e editor do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Segundo o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as temperaturas deverão ficar acima da média no período de 6 a 12 de setembro. No mesmo período, as chuvas também deverão ficar acima da normalidade em grande parte do Meio-Oeste americano.
E, nem mesmo, os bons números dos embarques semanais deram suporte aos preços. Conforme dados do USDA, na emana encerrada no dia 25 de agosto, os embarques de milho somaram 1.422,274 milhão de toneladas. O número ficou acima do divulgado na semana anterior, de 1,279,604 milhão de toneladas e, das apostas dos participantes do mercado, entre 800 mil a 1,2 milhão de toneladas.
"Contudo, também é preciso ponderar que, os atuais patamares de preços não cobrem os custos de produção dos produtores americanos. Para dezembro/16, o valor deveria estar próximo de US$ 4,20 por bushel. Com isso, vemos as vendas no mercado físico nos EUA paradas nesse momento", explica Brandalizze.
Mercado interno
A semana começou com ligeiras movimentações para os preços do milho no mercado interno. Em Ponta Grossa (PR), o valor subiu 2,50%, com a saca a R$ 41,00, em São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 0,61%, com a saca a R$ 33,20. Já em Sorriso (MT), o preço recuou 3,57%, com a saca a R$ 27,00. Em Londrina (PR), a queda foi de 2,94%, com a saca a R$ 33,00.
Na região de Ubiratã (PR), a desvalorização foi de 1,49%, com a saca do cereal a R$ 33,00. Em Cascavel (PR), o preço cedeu 1,47%, com o a saca a R$ 33,50. Já no Porto de Paranaguá, a alta foi de 1,54%, com a saca a R$ 33,00.
"Temos nesse instante os grandes compradores parados, apostando em uma melhora na oferta no final do ano. Isso em decorrência na safra no Sul do Brasil. O aumento das temperaturas ajudou na germinação das plantas. E os negócios têm acontecido de maneira pontual", reforça o consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a segunda-feira (29) a R$ 3,2323 na venda, com queda de 1,21%. A sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios, segundo a agência Reuters. Isso porque, os investidores ainda aguardam os dados de emprego nos Estados Unidos no fim da semana e do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.


Data de Publicação: 30/08/2016 às 10:20hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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