domingo, 2 de agosto de 2015

Falta lugar para guardar o milho segunda safra no Mato Grosso

Edição do dia 02/08/2015 02/08/2015 08h45 - Atualizado em 02/08/2015 08h45 Falta lugar para guardar o milho segunda safra no Mato Grosso Necessidade de armazenagem do estado seria em torno de 25 milhões de toneladas, segundo associação de produtores de soja e milho do estado. Luiz Patroni Nova Mutum, MT GLOBO RURAL
O tempo aberto nunca foi tão bem vindo para o agricultor Claudecir Cenedese. Ele não quer saber de chuva pelos próximos dias na fazenda em Nova Mutum, Mato Grosso. O motivo é quantidade de milho exposto na fazenda. “É difícil e preocupante. Deitamos na cama, mas não dormimos, por conta da preocupação de molhar o milho. É uma situação delicada”,afirma. A falta de sono começou quando o silo e o armazém da propriedade ficaram completamente lotados. Esta é a primeira vez que o agricultor enfrenta este tipo de situação e a montanha de milho vai permanecer a céu aberto por pelo mais duas semanas. Apesar de já ter vendido 90% da produção, Claudecir não fechou nenhum contrato com entrega imediata. “Tentei na hora de vender, mas a retirada é só a partir de 15 agosto. A colheita chegou e está ai essa situação”, conta. Os agricultores enfrentaram complicações durante o primeiro semestre, principalmente no escoamento da soja, o que atrasou todo o calendário da colheita de agora. Em uma cooperativa em Sorriso, a soja colhida no primeiro semestre ainda ocupa 60% da estrutura de armazenagem e pelo menos 10 mil toneladas de milho foram parar no chão. “A gente fez uma programação de embarque de milho em junho, julho, em torno de 50% do que foi colhido, e devido ao atraso lá atrás, que começou com a greve dos caminhoneiros e acabou tendo problema em ferrovia, em porto, a gente não conseguiu embarcar nada. Então vem embolando os problemas e a gente ficou com o milho todo ai estocado”, diz Anderson Oro, diretor da cooperativa. tópicos: Economia, Mato Grosso, Nova Mutum

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