quinta-feira, 30 de março de 2017

Mais recursos para o Pronaf

Pronaf

Mais recursos para o Pronaf







Valor anual destinado para essa linha no início da safra, que era de R$ 870 milhões

A linha de financiamento de máquinas e equipamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) recebeu mais recursos do Governo Federal neste ano. O valor anual destinado para essa linha no início da safra, que era de R$ 870 milhões, foi elevado para R$ 936 milhões em janeiro. Neste mês de março, outra boa notícia, o valor anual passou para R$ 1.618 milhões. Totalizando uma ampliação de R$ 748 milhões para atender a demanda dos agricultores familiares por investimentos e dinamismo do setor.
Nos primeiros seis meses da safra 2016-17, os financiamentos de investimento agrícola cresceram 3,5% em comparação com o ano anterior e os recursos do BNDES na linha Pronaf de máquinas e equipamentos se esgotaram no final de 2016. Em janeiro deste ano já havia mais de R$ 300 milhões de solicitações de financiamento em espera, que agora poderão ser atendidas.
Para o diretor substituto do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção (DFPP) da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), José Carlos Zukowski, a ampliação da produção rural depende muito desses investimentos para a modernização e o aumento da produtividade e o Pronaf está aí para apoiar o agricultor familiar, através do financiamento para investimentos na atividade rural, com juros e prazos adequados.
“No início da safra, em 2016, a conjuntura do mercado gerava muitas incertezas, que levavam os agricultores a adiar investimentos. Havia uma expectativa de redução nos investimentos, o que resultou na alocação de um valor mais limitado para financiamento. Mas esse cenário vem mudando, aquecendo a demanda por máquinas, equipamentos e outros investimentos no setor rural”, explica Zukowski.
O diretor ressalta ainda que esses investimentos têm efeitos muito positivos de dinamização da economia, sendo muito importantes, sobretudo, no atual momento vivido pelo país. “Eles contribuem para aumentar a produção de alimentos e demais produtos rurais, ajudando a combater a inflação e gerando renda no campo, melhorando a qualidade de vida dos agricultores”, diz Zukowski. Para ele, esta movimentação estimula também a economia dos municípios vizinhos, reforçando o desenvolvimento do comércio, serviços e pequenas indústrias locais. Além disso, têm forte impacto sobre a indústria de máquinas e equipamentos e sua cadeia produtiva, gerando emprego e renda nos grandes centros urbanos e em diversos cidades onde atuam as empresas fornecedoras dos produtos financiados.
 Números do Pronaf
O Pronaf financiou mais de 543 mil operações de investimento no primeiro semestre da safra 2016-17, sendo mais de 32 mil operações de máquinas e equipamentos agrícolas, 147 mil em infraestrutura (silos, galpões, irrigação, eletrificação e unidades de processamento) e 3,9 mil para transporte da produção (caminhões, furgões e equipamentos), mais de R$ 5 bilhões aplicados em investimentos na produção rural.
De acordo com Carlos Viana, chefe do Departamento de Gestão do Crédito Rural (DEGCR) do BNDES, sem esses recursos, produtores rurais e agricultores familiares não associados aos sistemas cooperativos ficariam sem acesso às linhas de crédito de investimento. A alternativa encontrada pelo Governo Federal, juntamente com a Sead e o BNDES, é possibilitar, por meio dessa ampliação de recursos, o alívio para mais de 15 mil agricultores familiares, viabilizando o planejamento de seus investimentos ainda dentro deste ano agrícola.
“Foi uma alternativa acertada. Já operacionalizamos aproximadamente mais de R$ 200 milhões para contratação em poucos dias, desde que reabrimos o protocolo de acesso a fonte de recursos do banco. Isso mostra a retenção clara de demanda. Toda essa ação demonstra o interesse que o BNDES tem em continuar a promover o desenvolvimento agropecuário junto à agricultura familiar e o desejo de cada vez mais apoiar esse setor”, enfatiza Viana.   

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