quarta-feira, 2 de agosto de 2017

SOJA FECHA COM LEVES ALTAS EM CHICAGO MAS ALGUMAS REGIÕES EM MT TÊM MAIS DE 3% DE QUEDA

SOJA FECHA COM LEVES ALTAS EM CHICAGO MAS ALGUMAS REGIÕES EM MT TÊM MAIS DE 3% DE QUEDA

Apesar da leve recuperação dos preços da soja na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (2), os preços da oleaginosa voltaram a recuar no mercado brasileiro diante de uma nova baixa do dólar frente ao real. A moeda brasileira encerrou o dia com 0,20% de queda e valendo R$ 3,1197 diante da possibilidade da retomada das reformas pelo governo Michel Temer.
“Que a denúncia seria barrada, já estava no preço. Agora, parece que vai ser muito rápido e com um bom placar. Isso é boa notícia para as reformas”, disse o operador da corretora BGC Liquidez José Alexis Braga à agência de notícias Reuters.
No interior do Brasil, as baixas foram bastante intensas e chegaram, em alguns casos, a superar os 4%, como em Panambi/RS, onde a saca foi para R$ 58,50, ou em praças de Mato Grosso como Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, onde os preços perderam mais de 3% para, respectivamente, R$ 54,00 e R$ 53,00 por saca, e no Oeste da Bahia, onde a última referência foi de R$ 57,50.
Nos portos, porém, a movimentação dos indicativos foi menos intensa e a maior parte das referências fechou a quarta-feira com estabilidade. Em Paranaguá, disponível e safra nova terminaram o dia com R$ 71,00 por saca, e com uma alta de 0,7% no segundo caso. Já em Rio Grande, Santos e Imbituba não foram registradas referências. Em São Francisco do Sul, 0,43% de alta para R$ 69,70 por saca.
Os negócios no Brasil permanecem caminhando de forma lenta nestes últimos dias, com os vendedores distantes de novas vendas frente aos atuais patamares, segundo explicam analistas e consultores de mercado. “O dia foi de negócios pontuais, com um leve avanço nos portos e os produtores ‘correndo’ para fazer caixa, temendo novas baixas à frente e assim, os negócios fluíram, mesmo em negócios pequenos”, diz o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Ainda assim, as exportações brasileiras continuam apresentando números expressivamente positivos, com um acumulado no ano que passa de 50,9 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume indica um recorde histórico, com o total do mesmo período do ano passado em pouco mais de 44 milhões. recorde histórico até
agora, no ano passado tinha neste mesmo período 44.355 mil toneladas acumuladas. “Tudo caminha
para que cheguemos a marca das 62 a 64 milhões de toneladas, porque ainda temos fôlego para novos embarques”, acredita Brandalizze. E a demanda pela soja norte-americana segue aquecida. Ao contabilizar o total do complexo soja, o volume é de 60,5 milhões de toneladas.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa fecharam a sessão desta quarta-feira em campo positivo, buscando uma recuperação depois das intensas e severas baixas do pregão anterior. Entre as posições mais negociadas, os ganhos ficaram entre 5,75 e 7 pontos, com o novembro/17 cotado a US$ 9,77 por bushel.
O mercado internacional ainda reage ao clima no Corn Belt, o qual será decisivo para a cultura nos próximos 15 a 20 dias e as perspectivas de melhores condições de chuvas e temperaturas mais amenas seguem pressionando as cotações. Para os próximos 7 dias, os mapas ainda mostram volumes bastante elevados para algumas partes do Meio-Oeste, com regiões recebendo mais de 50 mm.

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