quarta-feira, 2 de agosto de 2017

MILHO TEM DIA DE RECUPERAÇÃO TÉCNICA EM CHICAGO; TANGARÁ DA SERRA TEM ALTA DE 3%

MILHO TEM DIA DE RECUPERAÇÃO TÉCNICA EM CHICAGO; TANGARÁ DA SERRA TEM ALTA DE 3%

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Após duas sessões seguidas de perdas, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (2) com ligeiros ganhos. As principais posições da commodity finalizaram o dia com valorizações de 2,50 pontos. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,65 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,79 por bushel. O março/18 fechou o dia a US$ 3,91 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado exibiu um movimento de correção técnica depois das perdas registradas recentemente. O comportamento do clima registrado no Meio-Oeste dos EUA permanece como o principal fator de influência aos preços do milho.
O NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país – aponta para chuvas em algumas localidades do Corn Belt nos próximos 8 a 14 dias. Outras áreas deverão ficar com precipitações abaixo da média. No mesmo período, todo o cinturão produtor do cereal terá temperaturas abaixo da normalidade.
Nos próximos dias, as previsões climáticas ainda indicam chuvas para as regiões produtoras. “Em julho, houve uma quantidade significativa de variabilidade no clima observado em todo o Corn Belt”, lembrou o MDA, conforme dados reportados pelo Agrimoney.com, especialmente no que diz respeito às precipitações.
“O estresse térmico durante a polinização da safra de milho foi provavelmente nas Dakotas, Nebraska, Iowa, oeste de Illinois, Missouri e Kansas”, destacou o portal internacional. Nos EUA, as lavouras de milho estão finalizando o período crítico de polinização.
Há muita especulação sobre a safra americana e os impactos do clima adverso, registrado em algumas áreas, nas lavouras de milho. De acordo com levantamento da INTL FCStone, a produção dos EUA deverá somar 345,21 milhões de toneladas, com produtividade estimada em 172,3 sacas por hectare.
“Esses números são amigáveis para os futuros do milho”, disse Terry Reilly na Futures International. As projeções estão abaixo das estimativas oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de uma safra próxima de 362,1 milhões de toneladas e um rendimento médio de 180,67 sacas do milho por hectare. O órgão atualiza as projeções na próxima semana.
No mercado interno, a quarta-feira foi, mais uma vez, de ligeiras movimentações nos preços do milho. De acordo com levantamento diário realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, na região de Campo Novo do Parecis (MT), a queda foi de 3,45%, com a saca a R$ 14,00. Em Ponta Grossa (PR), a perda ficou em 2,08%, com a saca do cereal a R$ 23,50.
Em contrapartida, na localidade de Tangará da Serra (MT) a saca subiu 3,23% e finalizou o dia a R$ 16,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura registrou alta de 1,92%, com a saca a R$ 26,50.
Os analistas ainda reforçam que o foco do mercado interno é o andamento da colheita do cereal. Até o dia 28 de julho, a colheita já estava completa e, 87,94% da área plantada no maior estado produtor, Mato Grosso, segundo dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Já no Paraná, em torno de 57% da área plantada já foi colhida, de acordo com levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). 88% das lavouras apresentam boas condições.
Além disso, os participantes do mercado também acompanham as operações de apoio à comercialização do cereal, realizadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Nesta quinta-feira (3), a entidade oferta mais 692 mil toneladas de milho através do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e mais 60 mil toneladas de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto).

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