quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Temer enterra denúncia e sai fortalecido: 263 a 227. Viva o Brasil!

Publicado em 02/08/2017 16:46 e atualizado em 02/08/2017 22:09


Provocação de hoje: Malas X pixulecos, de que lado você está?
Confira a entrevista com João Batista Olivi - Jornalista

Temer enterra denúncia e sai fortalecido; Fim da votação na Câmara:Placar final favorável a Michel Temer

Contra a denúncia:    263
A favor da denúncia: 227
Abstenções:                 02
Ausências:                   19

Cumpre lembrar que o presidente poderia ter tido zero voto, desde que seus adversários não somassem 342. Mas ele sempre esteve bem acima dessa lona
A Câmara rejeitou nesta 4ª feira (2.ago.2017) a admissibilidade da denúncia por corrupção passiva contra Michel Temer. Às 20h42 foi atingido o quórum de votos, e já era matematicamente impossível aprovar o andamento da denúncia. A votação continua.
Sem o aval da Câmara, o STF (Supremo Tribunal Federal) não pode julgar o presidente da República. Para autorizar o andamento do caso, seriam necessários pelo menos 342 votos.
A decisão é uma vitória para Michel Temer. Agora, o Planalto poderá se concentrar em tocar seus projetos no Legislativo.
VOTAÇÃO POR ESTADOS
De Roraima, 6 deputados votaram a favor de Temer, 1 contra e 1 ausência.
Do Rio Grande do Sul, 17 votaram contra Temer, 12 a favor e 2 ausentes.
De Santa Catarina, 9 votaram a favor de Temer e 7 contra. Do Amapá, 5 votaram a favor de Temer e 2 contra e 1 ausente. 
Do Pará, 12 votaram a favor de Temer e 5 contra.
Do Paraná, 16 votaram a favor de Temer, 11 contra e 3 ausências.
Do Mato Grosso do Sul, 4 votaram a favor de Temer e 4 contra. Do Amazonas, 6 votaram a favor de Temer e 2 contra.
De Rondônia, 5 a favor e 3 contra.
De Goiás foram 12 votos a favor de Temer, 4 contra e 1 ausente. 
Do Distrito Federal foram 5 votos a favor, 2 contra e 1 ausente.
Do Acre foram 2 votos a favor de Temer e 6 contra.
Do Tocantins foram 5 votos a favor, 2 contra e 1 ausente.
Do Mato Grosso foram 7 votos a favor e 1 contra.
De São Paulo foram 29 votos a favor de Temer, 39 contra, 1 abstenção e 1 ausência. 
Do Maranhão foram 11 votos a favor e 7 contra.
Do Ceará, 9 votaram a favor, 11 contra e 1 ausente.
Do Rio de Janeiro, 20 foram a favor de Temer, 23 contra e 2 ausências. Do Espírito Santo, 2 a favor e 8 contra.
Do Rio Grande do Norte, 5 a favor e 3 contra.
De Minas Gerais, 33 votaram a favor e 18 contra. 
Da Paraíba, 6 votaram a favor e 5 contra.
De Pernambuco, 13 votaram a favor, 11 contra e 1 ausente
De Sergipe, 5 votaram contra, 3 a favor.

Rosângela Gomes, do PRB do Rio, dá o simbólico 172º voto pró-Temer;  poderia ter sido Maia (REINALDO AZEVEDO)

Lembrei aqui muitas vezes que o presidente Michel Temer não precisava de voto nenhum, desde que seus opositores não conseguissem 342 contra ele. Fui ao limite do exemplo: 341 a zero em favor do envio da denúncia ao Supremo, e esta seria arquivada. Mas, ora vejam!, contrariando a imprensa do fim do mundo, o presidente conseguiu, certamente mais cedo do que se esperava, o número de votos necessários para barrar a denúncia. Rosângela Gomes (PRB-RJ) deu o 172º voto em favor do relatório do deputado Paulo Abi Ackel (PSDB-MG), que defende o arquivamento da denúncia.
Ironia: o simbólico 172º voto poderia ter sido de Rodrigo Maia (DEM-RJ, que, por presidir a Câmara, dispensa-se de votar. Ironia por quê? Ele era apontado como uma alternativa a Temer caso o presidente viesse a ser afastado. Para lembrar: ainda que os deputados decidissem enviar a denúncia ao Supremo, o presidente só teria de se afastar se o STF autorizasse a abertura do processo.
E por que os 172 têm especial importância? Para que a peça de Janot seguisse para o Supremo, seriam necessários 342 de 513 votos. Ora, se o governo faz 172, sobram apenas 341…
A oposição apelou a tudo, muito especialmente à baixaria, ainda que não tenham faltado exemplos negativos do outro lado. Tudo em vão.
A denúncia de Rodrigo Janot, parida sob os auspícios da ilegalidade, está arquivada.

 Os iluminados de Caetano, Letícia e Wagner Moura não veem país além e aquém da orla (por REINALDO AZEVEDO)

Sabem onde a deposição de Temer é muito popular? Na casa do cantor, no Projac e no circuito descolado Ipanema-Leblon-Capacabana. Ou: os iluminados sorrateiros... Wagner Moura, Letícia Sabatella e Caetano Veloso: longe do povo antes e agora
Leio na Folha que a deposição de Michel Temer é muito popular na casa de Caetano Veloso e Paula Lavigne. “Ozartista” que lá dão plantão têm na ponta da língua a receita para o Brasil.
Escrevo muito à vontade sobre esse assunto porque, como sabem meus leitores, posso ter noticiado uma coisa ou outra, mas jamais dei muita visibilidade àqueles que eram favoráveis ao impeachment de Dilma. Lembro-me de ter chamado a atenção para o fato de que havia um ou outro, registrando a estranheza: “Olhem, ainda há artistas que não caíram reféns das esquerdas”…
Mas a nenhum deles dispensei a condição ou de supercidadão ou de pensador. Não sendo uma coisa, a sua opinião tem a importância da de qualquer um; não sendo outra, não tem importância nenhuma. Ou deveria me dizer alguma coisa o fato de Caetano, Paula e Letícia Sabatella pregarem a queda do presidente?
Que amor seletivo tem essa gente pelo dinheiro público, não é mesmo?
Sim, há alguns artistas que tinham caído na “black list” de Ipanema, Leblon e Copacabana porque apoiaram a deposição da petista. Mas logo foram lá se ajoelhar no altar do casal mais poderoso do “Jegue Set” do pensamento nacional. Parte considerável é formada por assalariados da Globo. Aliás, no Projac e nas empresas do grupo, o “povo” também é bem “mais consciente”: sabe muito mais do que a Dona Maria da padaria.
E não que eu seja do tipo que dê razão às Donas Marias só por serem quem são. Eu lhes atribuo o mérito, segundo o meu juízo, se o tiverem. Mas faço questão de distinguir um movimento que tinha povo — aquele em favor do impeachment de Dilma — de um que não tem: este que pede a saída de Temer.
Curiosamente, Wagner Moura estava gritando “golpe!”. Vale dizer: ele e sua patota achavam que os manifestantes eram golpistas porque, embora aos milhões, pediam o que esses iluminados consideravam injusto. O ator, com a expertise que lhe é própria no assunto, pagou o mico de escrever um artigo negando que Dilma tivesse cometido crime de responsabilidade. Intolerante, resolveu processar quem o criticou, a exemplo do que fez com este escriba.
Ocorre que seu divórcio com o povo continua. Antes, os brasileiros estavam nas ruas, e ele estava nos bunkers culturais da esquerda acusando os adversários de golpistas. Agora, as ruas estão vazias, e Moura e seus amigos pedem o que, sem favor nenhum, é, sim, um golpe porque nasce de uma penca de ilegalidades.
Não! Eu não tenho uma dupla moral. Eu não me dedico ao “duplipensar”. Com a devida vênia, não há jornalista ou militante de esquerda que tenha desmontado, com tantas minúcias, a sentença de Sergio Moro que condenou Lula, como fiz. Também sou aquele que criticou a condução coercitiva do ex-presidente. À diferença do que dizem fascistas de esquerda ou de direita, não passei a ser crítico da Lava Jato só quando ela chegou aos tucanos — até porque, já escrevi isto, dizer-me um “tucano” é uma tentativa de distorcer o pensamento tanto meu como dos tucanos… Ou a maioria do partido não estaria fazendo o papelão que vemos aí.
Sim, defendi o impeachment de Dilma porque a) ela cometeu crime de responsabilidade; b) perdeu as condições de governar. A questão era técnica e era política. Só uma dessas evidências não teria chegado a lugar nenhuma. Em 2005, a razão para o impedimento de Lula veio à luz. Por que não prosperou? Porque não teria dado em nada, contribuindo apenas para fortalecer o demiurgo. A denúncia jamais seria aceita pela Câmara dos deputados.
Aliás, já escrevi aqui, na Folha e em toda parte: sou grato a Dilma por ter cometido crime de responsabilidade. Ou teríamos sido forçados a aturá-la. Deus sabe aonde ela poderia ter chegado. O país já saiu do abismo ao menos. Com isso, sustento agora, como sustentei antes, que impopularidade não é motivo para depor um presidente. Temer nunca foi um presidente popular. Mas, apesar das brutais dificuldades, a governabilidade foi resgatada. Votou-se em pouco mais de um ano o que não se votou em seis — no caso da reforma trabalhista, rompeu-se um atraso de 74 anos… Se “ozartista”, os petistas e os demais esquerdistas não gostam, bem, isso é outra coisa. Dilma nos dava recessão de quase 4% com inflação de 9,28%. A economia voltou a crescer, com inflação de 3,5%.
Infelizmente, os deslumbrados da Casa de Caetano não têm, compromisso, a não ser no discurso, com o que está além e aquém da orla. Pretendem exercer, em plena democracia e com a multiplicação imensurável de vozes proporcionada pela tecnologia e pelas redes sociais, aquele mesmo papel de iluminados que exerceram durante a ditadura. Acontece que, felizmente, vivemos numa democracia. Milhões de brasileiros podem ouvir a música do cantor e gostar dos filmes do ator, mas nem por isso com considerá-los guias morais.
De resto, no caso do tal site “342”, o gato escondido com o rabo de fora logo se mostrou. A página pertence a um coletivo que é ligado ao tal grupo Mídia Ninja e, pois, ao PT e à CUT. Rostinho bonito ou carranca de pensador já não conduzem mais a opinião de ninguém. Especialmente quando, sob o pretexto de ser iluminada, ela se mostra sorrateira e comprometida com partidos e ideologias.


 
Fonte: Notícias Agrícolas

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