A regularidade das chuvas acelera o plantio.
Entretanto, os preços não animam o agricultor a vender o grão agora.
Na região central do Mato Grosso do Sul os agricultores aproveitam a umidade ideal do solo para semear a soja. O produtor, Bruno Godoy, que tem duas áreas de cultivo em Campo Grande, está otimista com o desenvolvimento da lavoura. “Tá bom. A expectativa é que tenha um clima bom esse ano. E agora, essa semana, deu uma chuva aqui nessa área de 110 milímetros. Na outra, 100 milímetros. Tá bom para plantar.”
Nesta safra, com a perspectiva de melhorar a rentabilidade, a família do agricultor aumentou os investimentos no campo. “Esse ano nós reforçamos bem a adubação. Aumentamos em cerca de 40% na adubação, né. Essa área aqui a expectativa é de colher 75 sacas por hectares, média.”
Mato Grosso do Sul deve cultivar 2,5 milhões hectares nesta safra. Até agora os agricultores já semearam 40% da área prevista. Por outro lado, a comercialização antecipada da soja segue em ritmo lento no estado. Até agora, os agricultores negociaram apenas 17% da produção estimada para esta safra.
Na mesma época do ano passado chegava a 25%. A explicação estaria nos baixos preços ofertados no mercado.
Hoje, os contratos para entrega na época da colheita pagam entre R$ 55 e R$ 60 por saca. Valor 10% menor em relação à safra passada. Por esse motivo o agricultor Bruno Stefanello só negociou 30% da produção, a um preço médio de R$ 60 reais a saca. “Foi o máximo que conseguimos até agora. O mercado tá querendo dar uma reagida e conforme, se tiver alguma alta considerável, vamos fazer mais um pouco pra garantir uma rentabilidade mínima.”
O economista Leonardo Carlotto, da Federação da Agricultura e Pecuária, explica o que está segurando as cotações da soja. “Os compradores dentro de Mato Grosso do Sul acabaram comprando produção da safra passada e os seus estoques estão de certa forma regulados.”
Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de soja do país.
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