Um levantamento feito pela Farsul apontou diferença expressiva entre o custo de produção do arroz no Brasil e nos países do Mercosul
Para formar a lavoura, os brasileiros desembolsaram, em média, R$ 6,049 mil por hectare em 2017. O valor é 51% superior ao gasto pelos argentinos e 24% superior ao gasto pelos uruguaios. A meta da Farsul e das entidades que defendem os arrozeiros é utilizar estes dados para defender uma flexibilização nas regras e facilitar a compra de insumos, pelos brasileiros, nos demais países do bloco.
A disparidade no custo deve-se principalmente aos preços de alguns produtos químicos, em especial herbicidas e inseticidas. Em um produto, o piretroide Karate, o preço praticado no Brasil é 426% superior ao do Uruguai. Segundo o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, a diferença é explicada em parte pela carga tributária, que representa em média 30% do custo operacional da lavoura de arroz no Brasil.
Por outro lado, conforme da Luz, a importação destes insumos não chega a ser proibida no Brasil, mas enfrenta uma série de exigências que apenas grandes produtores, na condição de pessoas jurídicas, podem atender. Segundo o economista, tanto os produtores argentinos quanto os uruguaios têm liberdade para comprarem seus insumos onde quiserem. O mesmo ocorre entre os países da União Europeia.
O presidente da Comissão de Arroz da Farsul, Francisco Schardong, afirma que a intenção é apresentar o levantamento, em breve, ao Ministério da Agricultura e aos parlamentares ligados ao setor. “Se não tivermos liberdade para comprar insumos mais baratos, não vamos ter competitividade nunca. A própria exportação fica muito difícil”, considera. O levantamento aponta ainda que os custos de produção aumentaram 50% nos últimos oito anos.
Data de Publicação: 31/10/2017 às 19:00hs
Fonte: Correio do Povo
Fonte: Correio do Povo
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