Da Redação - André Garcia Santana
28 Fev 2018 - 16:16
A Médio Norte do Estado, onde estão localizadas as propriedades mais afetadas pelo excesso de chuva nas lavouras, agricultores já começam a semear a safrinha de milho por cima da soja. Com prejuízo estimado entre 3 mil e 3,7 mil hectares, o município de Cláudia (587 km de Cuiabá), reflete o problema da região, onde empreendimentos menores registraram até 50% de perda na área plantada.
Safra de milho deve ser 22% menor em MT este ano, aponta IBGE; custo por hectare é de R$ 2,7 mil
Considerando esta área, o prejuízo ali pode passar de R$ 10 milhões, já que cada hectare produz aproximadamente 55 sacas de soja, vendidos pelo preço médio de R$ 50,00. Os atrasos, contudo, tem maior impacto sobre a qualidade do grão. É o que explica o vice-presidente norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Zilto Donadello.
Ao Agro Olhar ele contou que a maioria dos produtores continua colhendo, mesmo diante da situação. “O plantio começou atrasado em outubro, porque demorou pra chover, agora atrasamos pelos menos mais 12 ou 13 dias porque a chuva não dá trégua.” Para o milho, segundo ele, ainda não é possível estimar os resultados da safra. “Isso depende muito do decorrer do plantio, do fator chuva. Não temos como adiantar antes”.
Donadello reforça que o atraso faz com que o grão passe a ser considerado “ardido”, o que traz reflexos nas negociações. “Para o grão ardido, nós temos um índice padrão de 8%. Acima disso, passa a ser cobrado. No entanto, a soja não chega a perder proteína nem nada. O farelo sai normal e, no caso do óleo, a única diferença é que ele fica um pouco mais escuro, o que é resolvido na indústria”, diz.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, a Bolsa de Rosário, na Argentina, projetou uma produção neste momento de 46,5 milhões de toneladas, retração de 10,58% ante a última estimativa. Já a Bolsa de Buenos Aires prevê uma produção de 47,0 milhões de toneladas, redução de 3 milhões de toneladas em relação à última previsão.
Estas estimativas começam a dimensionar o tamanho do impacto da falta de chuvas sobre as lavouras do país, ainda assim, cabe salientar que as projeções climáticas ainda não trazem grandes volumes para os próximos dias, deixando este número ainda em aberto.
Por outro lado, o mercado começa a desacelerar o movimento de alta, passando por um momento de “digestão” destas informações e avaliação deste real impacto, assim o produtor mato-grossense deve estar atento a sua estratégia de comercialização, a fim de garantir os melhores resultados.
Safra de milho deve ser 22% menor em MT este ano, aponta IBGE; custo por hectare é de R$ 2,7 mil
Considerando esta área, o prejuízo ali pode passar de R$ 10 milhões, já que cada hectare produz aproximadamente 55 sacas de soja, vendidos pelo preço médio de R$ 50,00. Os atrasos, contudo, tem maior impacto sobre a qualidade do grão. É o que explica o vice-presidente norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Zilto Donadello.
Ao Agro Olhar ele contou que a maioria dos produtores continua colhendo, mesmo diante da situação. “O plantio começou atrasado em outubro, porque demorou pra chover, agora atrasamos pelos menos mais 12 ou 13 dias porque a chuva não dá trégua.” Para o milho, segundo ele, ainda não é possível estimar os resultados da safra. “Isso depende muito do decorrer do plantio, do fator chuva. Não temos como adiantar antes”.
Donadello reforça que o atraso faz com que o grão passe a ser considerado “ardido”, o que traz reflexos nas negociações. “Para o grão ardido, nós temos um índice padrão de 8%. Acima disso, passa a ser cobrado. No entanto, a soja não chega a perder proteína nem nada. O farelo sai normal e, no caso do óleo, a única diferença é que ele fica um pouco mais escuro, o que é resolvido na indústria”, diz.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, a Bolsa de Rosário, na Argentina, projetou uma produção neste momento de 46,5 milhões de toneladas, retração de 10,58% ante a última estimativa. Já a Bolsa de Buenos Aires prevê uma produção de 47,0 milhões de toneladas, redução de 3 milhões de toneladas em relação à última previsão.
Estas estimativas começam a dimensionar o tamanho do impacto da falta de chuvas sobre as lavouras do país, ainda assim, cabe salientar que as projeções climáticas ainda não trazem grandes volumes para os próximos dias, deixando este número ainda em aberto.
Por outro lado, o mercado começa a desacelerar o movimento de alta, passando por um momento de “digestão” destas informações e avaliação deste real impacto, assim o produtor mato-grossense deve estar atento a sua estratégia de comercialização, a fim de garantir os melhores resultados.
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