sábado, 30 de março de 2013
Argentina confirma plano de reestruturação semelhante a de 2010
Argentina confirma plano de reestruturação semelhante a de 2010
Ministro da Economia garantiu que país vai honrar suas dívO governo argentino confirmou neste sábado que os termos da oferta apresentada à Justiça americana para o pagamento de sua dívida são semelhantes aos da proposta de 2010, e garantiu que irá honrá-las, independentemente da decisão dos juízes.
"A Argentina continuará honrando (os pagamentos de sua dívida), seja qual for o resultado desta apresentação. Tem vontade e capacidade de fazê-lo", afirmou o vice-presidente argentino, Amado Boudou, em entrevista coletiva conjunta com o ministro da Economia, Hernán Lorenzino, e funcionários da pasta.
O governo apresentou, a pedido da Justiça Federal americana, uma proposta para cumprir uma decisão que favorece credores que reclamam bônus não pagos desde 2001. "A oferta possui condições idênticas as de 2010. Não implica nenhuma negociação sobre os princípios das reestruturações anteriores", afirmou Boudou.
Em 2010, a Argentina conseguiu mais de 93% de adesão à reestruturação da dívida com descontos em seu valor nominal de até 75% e prazos de até 33 anos. Lorenzino explicou que a oferta consta de "duas opções. Uma de bônus Par, sem desconto, com vencimento em 2038 e taxa anual de rendimento de 2,5% a 5,25%, destinada a pequenos credores de títulos abaixo de 50 mil dólares."
"A outra é de bônus Discount, com vencimento em 2033, taxa anual de 8,28% e oferta ilimitada", assinalou. O ministro indicou que "a Argentina reconhece o pagamento de juros para a opção Par em dinheiro, e, para os bônus Discount, mediante a entrega do bônus Global 17", com rendimento anual de 8,75%, "desde 31 de dezembro de 2003, até a data de cumprimento da ordem da corte".
Lorenzino acrescentou que o pagamento em dinheiro será limitado, uma vez que "99,99% da dívida está em poder de fundos abutres (especulativos)". Ambas as opções contam com bônus atrelados ao crescimento da economia, cujo gatilho de pagamento será disparado "quando o PIB crescer acima de 3% ao ano". O ministro ressaltou que a Justiça "não tem prazos", e estimou que o processo "levará meses".
idas30/03/2013 17:24 - Atualizado em 30/03/2013 17:40
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