quarta-feira, 29 de maio de 2013
BC endurece combate à inflação e eleva juro para 8%
BC endurece combate à inflação e eleva juro para 8%
quarta-feira, 29 de maio de 2013 22:
Por Luciana Otoni e Alonso Soto
BRASÍLIA, 29 Mai (Reuters) - O Banco Central endureceu o combate à inflação nesta quarta-feira ao acelerar o ritmo de alta da taxa básica de juros, em um movimento comemorado pelo mercado, no mesmo dia em que foi divulgado um crescimento decepcionante da economia brasileira no primeiro trimestre.
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual -- maior elevação desde janeiro de 2011-- para 8 por cento ao ano.
"O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", disse o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado.
Com a decisão, o BC mostra que está priorizando o combate à inflação, a despeito do nível de atividade ainda tímido, e isso deve ajudar a segurar as expectativas de inflação, que já começaram a abalar a confiança do consumidor e do empresariado.
"Foi um momento oportuno para o BC se mostrar coeso no engajamento de controlar a inflação. Portanto, acho que vai surtir um efeito na expectativa das inflação e ele ganha em credibilidade", avaliou o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno. "Havia preocupação do fator político pesar nisso e o BC deu uma sinalização de mais independência."
A decisão, contudo, não foi bem recebida pelo setor produtivo brasileiro, que teme que a alta dos juros comprometa a fraca recuperação da economia brasileira.
"A nova elevação da Selic..., apesar da intenção correta de segurar a pressão nos preços, traz ganhos modestos na contenção inflacionária e impõe mais dificuldades para o setor industrial retomar o crescimento", disse a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em comunicado.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 0,6 por cento no primeiro trimestre ante o período imediatamente anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, decepcionando o mercado e o governo que esperavam um desempenho melhor da economia neste início do ano.
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