quarta-feira, 29 de maio de 2013
Economia desaponta no 1o tri com fraqueza da indústria e consumo
Economia desaponta no 1o tri com fraqueza da indústria e consumo
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 29 Mai (Reuters) - A economia brasileira não conseguiu acelerar o passo de janeiro a março, com expansão de apenas 0,6 por cento sobre o trimestre anterior e consolidando apostas de que o crescimento do país será inferior a 3 por cento em 2013.
O Produto Interno Bruto (PIB) mais recente veio abaixo do esperado, com o desempenho ruim da indústria e do consumo mostrando que os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff para estimular a atividade não estão surtindo o efeito esperado.
O resultado também repetiu a taxa de crescimento de 0,6 por cento do quarto trimestre de 2012 sobre o terceiro.
"Foi um crescimento medíocre e ficou claro que não estamos conseguindo dar competitividade para a indústria da transformação por um problema cambial e de infraestrutura gravíssimo", disse à Reuters o presidente da associação da indústria elétrica e eletroeletrônica Abinee, Humberto Barbato.
Sobre o primeiro trimestre de 2012, o PIB teve uma expansão de 1,9 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Na comparação trimestre a trimestre, a indústria teve retração de 0,3 por cento, prejudicada pelo segmento extrativo mineral (-2,1 por cento). Esse resultado foi particularmente ruim porque o próprio IBGE, no início de maio, havia informado que a produção industrial subiu 0,8 por cento no trimestre sobre outubro a dezembro de 2012.
Para o economista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, os números mostram que a economia tem "sérias dificuldades para ganhar ritmo", apesar de todo o estímulo injetado. "A principal decepção foi a indústria, que acabou puxando o resultado para baixo", afirmou ele, que vê o PIB crescendo 2,9 por cento neste ano, mas com viés de baixa.
O governo tomou uma série de medidas para incentivar a economia desde o fim de 2011, ao desonerar a folha de pagamento de diversos setores e reduzir tributos.
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