terça-feira, 30 de junho de 2015
SUPERÁVIT: Queda na arrecadação torna cumprimento da meta mais difícil
A meta do setor público é economizar R$ 66,3 bilhões, ou 1,13% do PIB, para pagar os juros da dívida neste ano
Mas boa parte dos economistas que acompanham as finanças do governo duvida do cumprimento desse objetivo. No geral, as previsões para o chamado superávit primário oscilam entre 0,6% e 0,8% do PIB.
Recessão - Uma das razões é a recessão. “O aumento de alíquotas não está sendo suficiente para compensar a queda na arrecadação”, diz Fabio Klein, analista de contas públicas da Tendências Consultoria. De janeiro a maio, as receitas totais do governo recuaram 3,5%. Para fechar suas contas, o Planalto conta com um crescimento de 5,5% até dezembro, cada vez menos provável.
Projeção - Vilma Pinto e José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), projetam um superávit de 0,6% do PIB. “Ainda que longe da meta, não é desprezível o esforço fiscal em curso, pois representa uma melhora de 1,2 ponto do produto ante o déficit primário oficial de 0,6% do PIB no ano passado”, escreveram os economistas em um boletim publicado na semana passada.
Esforço - Embora as medidas de redução de gastos e aumento de impostos possam contribuir com R$ 111 bilhões para o caixa do governo, Klein, da Tendências, estima que o superávit de R$ 66,3 bilhões exigiria um esforço na casa dos R$ 130 bilhões. “O governo vem de um déficit grande em 2014, e precisa transformar isso em superávit. Como a maioria das despesas públicas têm uma rigidez muito grande, um resultado ruim acaba se propagando para o ano seguinte. Por isso é preciso um esforço tão grande”, argumenta Klein.
Virada - A “virada” ainda parece distante. No acumulado de 12 meses até maio, o governo central registrou déficit primário de 0,57% do PIB. Incluindo estatais, estados e municípios na conta, o saldo negativo chegou a 0,76% do PIB em abril, em termos anualizados.
Data de Publicação: 30/06/2015 às 18:40hs
Fonte: Gazeta do Povo
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